Por mais xiíta e sem noção que eu pareça, entendo perfeitamente o seu ponto de vista. O que você está dizendo que, basicamente, que uma quantidade pequena de álcool deveria ser permitida, pois não afeta de maneira drástica a capacidade de um cidadão de conduzir um veículo auto motor. Acho que até aqui eu estou te acompanhando, certo?
O que eu estou criticando é algo simples: havendo tolerância, vai ficar p/ o sujeito decidir se o que ele bebeu alcança, ou não, ou se ultrapassa, ou não, o limite estipulado. Como essa quantidade de álcool está ligada ao tamanho do indivíduo, não haveria uma forma padrão p/ saber o quanto ele poderia ingerir. Pior: cada pessoa é afetada de maneira diferente pela mesma quantidade de álcool, mesmo quando estamos falando de pessoas de massas similares. É fácil encontrar uma explicação na sabedoria popular - p/ quem pouco bebe, pouco álcool é suficiente p/ causar uma alteração. Posso falar isso com conhecimento de causa, pois uma latinha de cerveja já me deixa bem "alegre", e com duas já tenho dificuldades p/ falar direito. Sou parte de uma minoria? Provavelmente. Mas se você considerar que o prazer de beber socialmente é um bem maior do que o da vida das outras pessoas, vai ter que colocar no mesmo saco muitos outros prazeres que você certamente não consideraria mais valiosos do que a iida, a integridade física e/ou patrimonial sua e daqueles que lhe são caros. Basta pensa em exemplos bem simples, como cocaína, maconha ou mesmo o tabaco. Ou você se sentiria bem estando com um bebê no colo e compartilhando um elevador com uma pessoa que seja fumante. Antes que você diga que isso é absurdo, pergunte ao Paulo Couto - fumar dentro de elevadores é uma prática comum na China.
Contudo, há uma coisa com a qual eu concordo plenamente com você: a gravidade da pena deveria ser vinculada ao quanto o indivíduo está acima do limite estabelecido. É o que acontece, por exemplo, com as multas por excesso de velocidade emitidas em Ontário, Canadá (não sei se funciona da mesma forma nas outras províncias). Três anos atrás foi emitida uma multa recorde (na época), de pouco mais de CAD$ 8,000.00, contra um motorista americano em uma Ferrari. Pode ser pouco em relação ao valor da Ferrari, mas é realmente isonômica: tanto faz o veículo ou os bens que você possua, o que interessa é quão gravemente a lei foi infringida.
Abraços e paz,
LA
Doesn't matter how far something or someone is from you, but how close it is to your heart!
Se houvesse bom senso da pessoa que está bebendo, como no seu caso que claramente se sente incapacitado com uma lata de cerveja, não teriamos problemas. Não existiriam regras se todos usassem o bom senso, você não acha?
Agora mudando a discussão... Acredito que todos já tenhamos entendido o ponto de vista do Logan.
Todo mundo fala do condutor mas esquece de falar do pedestre.
Analisando o ponto de vista da vítima... alguém sabe quantas pessoas embriagadas são atropeladas todos os meses por estarem incapacitadas de atravessar uma rua?
Não vejo muita diferença entre um condutor embriagado e uma vítima embriagada neste caso. Posso processar este bebum pedestre por homicídio doloso porque ele não tinha condições de andar quando atropelei ele (de carro ou pior, de moto)?
E se o pedestre estiver visivelmente embriagado. A polícia pode prender e multa-lo por ser potencialmente perigoso para os veículos quando esta besta for atravessar a rua?
E então se eu desviar de um bebum no meio da rua, perder o controle e entrar em um ponto de onibus cheio de gente, o que acontece comigo? Tô ferrado pelo resto da minha vida. E o bebum se safa.
Esse tipo de análise ninguém faz, os pedestres são sempre as vítimas e nunca são potencialmente perigosos ou displicentes.
Cordiolli, vc é uma cara sensacional. Não tinha pensado nisso!!! O bebum pedestre, atravessando uma avenida ou uma rodovia, se atropelado é algoz ou é vítima???
Óbvio que é o algoz!! Mas não tinha pensado nisso. Realmente, sempre achamos que os veículos são os algozes.
Mas respondendo sua pergunta. Se vc está de moto ou carro e um infeliz bebum transita em local não permitido (rodovia) ou fora da faixa de segurança de maneira abrupta é considerado excludente e vc não responde por tal morte ou lesões corporais. Terá dor de cabeça, mas o próprio MP (Ministério Público)pedirá pelo arquivamento.
Se não o fizer, o Juiz o faz!!!
Por outro lado, nada obsta que vc processe o desgraçado.Se ele morreu, vc pode requerer a abertura do inventário, para o patrimônio dele cobrir seus prejuízos.
Esse tipo de análise ninguém faz, os pedestres são sempre as vítimas e nunca são potencialmente perigosos ou displicentes.
Aqui em Brasília se um pedestre for atropelado numa via chamada de "Eixo Rodoviário" é multado em quase 4 mil Reais. Caso o pedestre venha a falecer, a multa vai para seus familiares.
Neste caso específico, o motorista nunca é o culpado. E mesmo assim, diariamente diversas pessoas teimam em atravessar esta avenida sem utilizar a passagem subterranea... falta educação para o nosso povo, falta cultura, falta cidadania. Bem, tudo isso já foi aqui comentado.
Em alguns paises (Austria por exemplo), se um pedestre atravessar qq rua fora da faixa, é multado, e caso venha a causar um acidente(mesmo que ele seja o atropelado) é considerado culpado.
Concordo com seu ponto de vista a respeito dos pedestres, e acho que já esclareceram essa dúvida. Apenas a título de curiosidade, vou comentar a postura canadense a esse respeito: o condutor do veículo é SEMPRE o culpado, até mesmo no caso de pessoas que tentam o suicídio. Estranho, né? Isso acontece porque ele partem do princípio de que todos, em seu estado natural, são pedestres, e, portanto, apenas aqueles que desejam assumir os riscos de conduzir um veículo que pode causar dano à outrém pode ser responsabilizado. A idéia é mais ou menos essa: se todo mundo andasse a pé, não haveria nenhum acidente envolvendo veículos, o que quer dizer que quem quer conduzir um veículo tem que ter tanto a habilidade quanto a precaução necessária p/ conduzí-lo. Um dos resultados dessa postura é que, de tempos em tempos, aparece algum espertinho que se joga na frente de um carro (de preferência um bem caro) p/ pedir uma indenização. Como a lei cria um nexo causal objetivo, não adianta dizer que o cara fez aquilo propositalmente - você sempre será o responsável.
Paz,
LA
Doesn't matter how far something or someone is from you, but how close it is to your heart!
O que eu DEFENDO mesmo, é que deveria haver uma tlerância, mas nem para beber, por conta de remédios, e aquelas tralhas todas q já foram discutidas, um brinde no ano novo.......
Acho q deveria haver tolerância zero... mas por parte do cidadão, não por uma lei imposta de tal maneira...
E que deveria aumentar a fiscalização com o limite antigo, aumentando só as penas.. que daria o mesmo resultado.
Concordo com você que qualquer quantidade de alcool no sangue é prejudicial, Principalmente na moto, que qualquer oleo, areia, VAI te derrubar... mas vai explicar isso pro brasileiro...
esses dias andando na rua tinha 2 "cidadões" conversando (parece até piada, mas não é)
"Quanto mai eu bebo, mai de boa eu fico, mai baum eu fico"....
sobre este tópico, Lei Seca ou “a Pura” Demagogia , segue abaixo teste obrigatório para todo motociclista fazer antes de subir em suas respectivas bikes:
Essa matéria não me passou absolutamente nada informativo. Apenas entendi que o seu criador não gostou da lei e fim. Quem não quiser pagar táxi, combine com os amigos para ser o amigo da vez. Esse negócio de "beber um pouco" e achar que está bem já matou muita gente. Péssima matéria.
Você leu o título da matéria? Ela diz se essa lei vai resolver ou não as coisas. Se você quer conhecer a lei, entre no site do detram e veja as regras na integra.
Bom, como em qualquer campo econômico, uma demanda vai encontrar quem a satisfaça, eventualmente. Se queremos beber e dirigir, e formos sorteados para sermos fiscalizados numa daquelas reconhecidamente raras fiscalizações e decidirmo-nos por corromper o policial ao invés de pagar a multa, certamente encontraremos alguém disposto a receber um "incentivo" p/ fazer vista-grossa. E, com o aumento da gravidade da pena, certamente haverá uma correção na tabela de propinas da "puliça"...
Paz,
LA
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Interessante a matéria citada pelo Paulo Couto. Numa primeira analise(mesmo que simplista) podemos constatar que a causa principal dos acidentes, não são os bebuns e sim outros fatores.
Vamos aguardar a próxima lei... refletivos, estojo médico, garupas, etc. Talvez proibam de andar de carro e/ou moto... seria uma medida interessante para acabar com os acidentes.
No fundo, o que falta é educar o povo...
Abs!!