Sevla,
a busca pelo óleo ideal envolve escolhas.
O óleo perfeito será aquele que cumprir com êxito a tarefa de bem proteger o motor de desgastes prematuros e aumentar-lhe o período útil de uso.
Assim, o que seria o ideal para um motor a ar Suzuki?
Depende. No meu caso, moro em um lugar um pouco mais frio que os demais (temperaturas noturnas de até 5ºC e manhãs muito frias e úmidas também), o que já me obriga à utilização de um lubrificante mais fluido na fase fria do motor, de modo a permitir uma rápida circulação do mesmo e evitar desgastes precoces.
Esta uestão do clima é interessante pelo fato de haver alteração na viscosidade do óleo a medida que a temperatura abaixa. Quanto mais baixa a temperatura ambiente e quanto mais frio o óleo estiver antes do 1º funcionamento do motor, maior será a viscosidade do mesmo, o que atinge diretamente a questão da fluidez e da qualidade da lubrificação.
Para a fase quente do motor, pouco importa o clima, pois a temperatura final de funcionamento do motor será sempre compreendida dentro de uma faixa muito próxima, com variações pequenas.
Aí, o que eu desejava era um óleo 10W - 40 muito estável, mas acabei por achar um 15W - 40 muito bom por um preço muito pequeno (R$ 7,00). Pensei, então, que melhor seria trocar mais frequentemente este óleo de boa qualidade ao invés de gastar os tubos num óleo sintético e rodar mais tempo sem trocar.
Pronto, achei o óleo certo para mim.
Mas, realmente, o óleo mais fluido e não mais fino seria o ideal para a partida a frio da máquina. Digo isto pelo fato da noção de óleo fino ou óleo grosso enfrentar, na verdade, a questão da densidade g/cm³ de um lubrificante, ponto no qual todos os óleos são iguais.
Pois é, um óleo 20W - 50 tem densidade g/cm³ de 0,8. Curiosamente, um óleo 0W - 40 tem densidade de 0,8 g/cm³ também, o que me faz pensar que não existe óleo de motor mais grosso ou óleo de motor mais fino, mas sim óleo mais fluido (menos viscoso) e óleo menos fluido (mais viscoso).
Só que quanto menos viscoso na fase fria um óleo é, mais complicado fica encontrar um produto convencional quimicmente estável em uma faixa de viscosidade 40 a 100ºC, razão pela qual digo que a busca pelo óleo ideal envolve opções.
Um óleo mineral 20W - 40 realmente tende e a ser mais estável do que um mineral 15W - 40, mas, como postei antes, isto decorrrá de uma série de fatores dentre os quais destaco um que considero o principal: a qualidade da aditivação.
Um óleo mineral 20W - 40 com aditivação de melhoradores de índice de viscosdade de baixa ou péssima qualidade, sofrerá rápida perda de viscosidade ao se deparar com situações de maior demanda, ao passo que um 15W - 40 preparado para "sofrer", com aditivação de alto nível, manterá suas características físico-químicas mesmo após muitos esforços do motor.
Por isso e minha pção por um óleo de uso severo.
Se na moto, em função do câmbio e da embreagem, já sei que o lubrificante enfrentará esforços extras, preciso de um produto que seja feito para esforços maiores. Uma outra vantagem dos óleos para motores diesel de uso severo que observei é a melhor capacidade de disiparem o calor produzido pela máquina, o que, em última análise, é benéfico para a longevidade do conjunto.
Não sei qual será a tua opção de óleo, Sevla, mas fuja destes produtos com API muito defasado. Eles simplesmente não prestam diante da realidade dos nossos motores e acabam por acarretar desgastes prematuros, além de exigirem manutenção mais constante, com trocas a cada 1.000 kms, quando já não mais se apresentam em bom estado.
E moto gosta é de óleo bom, novo e muito limpo.
OK!?!