Prezados,
apenas elucidando alguns pontos.
Não há que se falar mal da OCTANAGEM da gasolina brasileira.
As nossas gasolinas apresentam octanagem elevada e a Podium é a maior octanagem do MUNDO.
Na comum em cerca de 95-97 e na Podium é "overscale", estimada em 102-103.
Os dados da Petrobras são expressos em IAD, conforme abaixo:
Método MON (Motor Octane Number) ou método Motor - ASTM D2700 - avalia a resistência da gasolina à detonação, na situação em que o motor está em plena carga e em alta rotação.
Método RON (Research Octane Number) ou método Pesquisa - ASTM D2699 - avalia a resistência da gasolina à detonação, na situação em que o motor está carregado e em baixa rotação (até 3000 rpm)
Alguns países utilizam a octanagem MON, RON, e outros o Índice de Octanagem IAD (Índice Antidetonante) = (MON + RON)/2. Para uma mesma gasolina, o RON tem um valor típico superior ao MON de até 10 octanas. Portanto, ao comparar gasolinas de deiferentes países é importante verificar se está sendo utilizada a mesma base (MON, RON ou IAD).
fonte:
Petrobras - BR Distribuidora
O grande problema que temos são os seguintes:
- baixo índice MON, que faz alguns motores detornarem em subidas de serra entre outras situações (não é o caso da Ducati);
- excesso de álcool na mistura (25%) o que faz com que o rendimento térmico seja baixo, menos potência e mais consumo;
- o excesso de álcool dificulta a adaptação de motores importados pois os mesmos acabam trabalhando em mistura muito abaixo da estequiométrica, o que acaba por superaquecer o motor, especialmente se refrigerado a ar (o que ocorre na Ducati);
Isso ocorre em quase todas as motos importadas com Euro III. Resultado se vê em pinturas de cabeçote queimadas (vide ducati); escapamentos azulados e outros.
Observem que, a mistura de gasolina é algo na faixa de 14,7:1; no álcool seria 9,0:1.
Imaginem o motor em dada situação alimentando com exatos 14,7:1. No nosso caso resulta em mistrura pobre, pois há muito álcool.
No nosso caso, a mistura estequiométrica resultaria em MAIS combustível.
A massa injetada deveria ser calculada pela injeção considerando: 0,75x14,7 +0,25x9=
13,3:1, e ao que vejo, a sonda lambda não consegue monitorar adequadamente mistura pobre, só rica.
O máximo que a injeção consideraria é algo em torno de 10% de álcool, que muitos países adotam.
Por conta disso ocorre aquecimento e embaralho no motor da Ducati em faixas de 4000rpm na aceleração.
Acho que as temperaturas que percebemos em nossas motos são maiores que o usual esperado. Por isso coloquei radiador de óleo, preocupado com a vida do motor, pois achava as temperaturas excessivas, chegando fácil à 150-160ºC e algumas vezes acima, com facilidade.
Também coloquei um enriquecedor de mistura, com regulagem bem baixa (pouco incremento) controlando as temperaturas na faixa de 110-120ºC.
No caso do BR, as gasolinas têm índice RON adequado, mas composição ruim.