Depois de 10.000km com a 695, troquei pela 696.
A 695 vai deixar saudades, pois curti bastante a motinho. Como já foi dito, a moto é um pouco avessa ao trânsito urbano, apresentando alguns engasgos em marcha lenta (2000 a 2500 rpm). Há algumas soluções no mercado, mas por incrível que pareça, não há Power Commander para este modelo específico da Ducati. As alternativas vão de um cabo para bypassar o sensor de O2 (tanto em versão nacional quanto importada), que custa cerca de R$200,00, até o Rapid Bike (similar ao Power Commander), que custa algo em torno de R$3500,00. Eu consegui importar um Kit Ducati Performance, com centralina, filtro e caixa de ar de alto desempenho.
Sem dúvidas a moto mudou de caráter! Sumiram os soluços em baixa, houve sensível aumento de torque disponível, e motor muito mais liso. Sem comentar que a partida a frio ficou muito mais "redonda" (pela manhã a moto apresentava uma tendência a "morrer" até atingir o aquecimento ideal).
Cheguei a testar o cabo para enganar a sonda de O2, mas sempre que havia alteração de temperatura, combustível, ou mesmo humidade era necessário re-ajustar o ponto (que não ocorria "on time", o que era um comlpicador).
Com relação à dinâmica, a moto na estrada se "sentia em casa". Uma delícia! Torcuda, dava trabalho a motos de maior cilindrada e potência, e fazia curvas com muita facilidade.
Também notei uma certa tendência a apresentar shimmy ao passar por desníveis abruptos, que me deram alguns grandes sustos. Acredito que a frente da moto, qwue conta com suspensões Marzocchi invertidas é um tanto quanto leve, e demanda um amortecedor de direção, como nas boas esportivas.
Assim sendo, comprei um amortecedor Arrow, em titânio, com regulagens. Quanta diferença! Nunca mais tive qualquer problema, e até as curvas, que já eram uma delícia, ficaram ainda melhores, permitindo a re-aceleração ainda mais cedo, nas saídas de curvas, e com mais entusiasmo.
Como bom Ducatista, comprei alguns mimos, como espelhos novos, slider, escapamento elevado (em Carbono), e monoposto (também em carbono). A moto ficou linda!
Bom, como disse, após 10.000 km, chegou a hora de trocar, e peguei a 696. Sei que muitos preferem o visual clássico da 695, mas pessoalmente achei a 696 ainda mais bela.
O motor tem funcionamento mais liso, similar ao da 695 após a instalação do kit de performance (inclusive na potência). A posição de pilotagem é um pouco menos agressiva, deixando os braços um pouco mais relaxados. Na estrada senti menos turbulência na cabeça, em velocidades maiores, e um acerto melhor de direção (até agora não senti falta do amortecedor de direção).
O único ponto que me pareceu nitidamente desfavorável à 696, em comparação com a 695, é a sensação termica no trânsito. Apesar do motor trabalhar em temperaturas similares às da anterior, a nova transimte bastante calor às pernas. Creio que se deva à nova posição do piloto sobre a moto, e mesmo à configuração do quadro, que permite uma área mais vazada sob o tanque.
Abs!