"Resolveram aquele "absurdo tecnológico" do afogador presente na 695 e, a posição de dirigir realmente é bem menos esportiva."
Caro Mgueiros, lamento informar que o querido afogador ainda está lá... Por outro lado, concordo que a atenção aos detalhes, como se espera de uma Ducati, realmente se faz presente. Também sentia a 695 um pouco carente nesse aspecto.
Assim como você, sonho um dia ter uma bela carenada na garagem. É senso comum dizer que a família 848, 1098, 1198 é das mais belas na atualidade.
Com relação ao shimmy, já havia ouvido falar que uma boa afinada nas regulagens e balanciamentos poderiam amenizar sensivelmente essa tendência, mas ainda assim, achei o amortecedor um bom investimento pois, como dito acima, a moto teria um detalhe a mais de sofisticação, muito merecido. Isso sem contar no aspecto prático da coisa, ou seja, eliminar possíveis vibrações e aumentar a segurança.
Entendo perfeitamente que extrair alguns cavalos a mais de um mesmo bloco muito provavelmente traria uma dose adicional de temperatura. O que acho injustificável é que as novas válvulas, cabeçote, etc, deveriam amenizar um pouco desta ineficiência, reduzindo a perda de potência transformada em calor.
Já que o resultado foi uma moto que, apesar dos ganhos de performance e comportamento (talvez em parte derivadas da troca de fornecedor da injeção), se mostra mais calórica, por que não dotá-la de um arrefecedor de óleo ou água.
Por certo que esses itens encareceriam a moto, mas já se trata da moto mais cara da categoria, não é verdade? Até mesmo motos trail, como a XT660 da Yamaha, ou as CRF da Honda contam com um radiador. Aliás, tomando a Yamaha como exemplo, por que não fazer na família monster o que a fábrica japonesa fez com sua R6?
A meu ver, a Ducati poderia dotar as monster com uma versão "amansada" da 848, que teria um desempenho muito superior em todos os aspectos, e apresentaria um bem vindo ganho de escala na produção dos motores, que ajudaria a reduzir a acréscimo resultante da motorização mais moderna.
Que tal seria uma monster 850, arrefecida a óleo e água, com 95 cavalos e uns 9kgf.m de torque? Seria suficiente para deixar Hornets, Z750s e Fazers um degrau abaixo, e justificar ainda mais o já compreensível sobrepreço sobre as "concorrentes".
Bom, devaneios à parte, como mencionei anteriormente, achei a 696 mais suave em todos os regimes, notadamente em baixa. Na estrada me parece mais disposta que a 695 a atingir seu limite. Chegando ao corte em 6ª marcha com entusiasmo.
Uma notável diferença é a rigidez da suspensão que me pareceu bem mais ajustada para uma pilotagem racing que sua predecessora. Farei a revisão dos 1000km esta semana, e talvez mude um pouco o atual set-up.
Por fim, creio que o Ribeiro se referia à Multistrada em seu post.