marceloe escreveu:
Considero que o VagLigeiro, não quis discordar do Ezenecom, apenas colocou seu ponto de vista, e percebo (posso estar enganado) que o mesmo está nos forçando a uma auto reflexão do como nos comportamos no transito para então ver se estamos reclamando ou não com razão do outro.
Cara, você falou tudo com tudo. Perfeito. É nisso que eu queria chegar, apesar de minha rispidez.
Eu não encho a cara do outro de porrada, mas me dou o direito de xingar o cara de corno, idiota, besta, entre outros adjetivos perjorativos que provavelmente provocará a ira do condutor desrespeitoso. E vale tanto para carro quanto para moto. Canso-me de xingar um monte de gente na cidade. Ah! E quando vejo cara empinando moto, fico gritando: "CAI! CAI" CAI!' Só uma vez tive a felicidade que gritar: "EEEE, CAIU, SEU BESTA!!!! ".
Eu gostaria muito que fosse possível que um cidadão comum desse voz de prisão a caras que cometem erros no trânsito. Seria algo intereressante.
Sim, é contraditório ao fato de eu não admitir usar o termo idiota aqui no fórum (fica uma coisa de dois pesos e duas medidas, admito), mas aqui se busca um respeito, enquanto na situação da rua, o cara quer respeito, mas esquece que pela lei, isso não é respeitado..
Enfim, retomando o que eu estava escrevendo.
Acho que a legislação até é um pouco justa com as motos, mas precisa realmente de mudanças já que a mesma é muito arbritária e pesada, mas onde eu queria chegar é no seguinte.
Como eu estava falando: "O ponto é que não existe uma fiscalização efetiva e atuante 100% no Brasil. As fiscalizações são pontuais, ocasionais e apenas em lugares onde se fez exigida a fiscalização. "
Vou retomar a partir daqui.
Posso estar errado, pois não pesquisei sobre estatísticas relativas ao que vou escrever, mas grande parte das atuações de trânsito são feitas em cidades grandes (como São Paulo ou Rio) e em Rodovias. Um fiscal de trânsito não é um robô, e não tem a capacidade de ver todas as ocorrências do momento e escreve-las ao mesmo tempo. Ele vai pegar as ocorrências que forem mais plausíveis de ele lembrar com certeza e anotar para fazer as multas. Não duvide que um motorista de ônibus com celular enquanto dirige já tenha sido multado por algum fiscal em São Paulo. Não só multado como também visto por algum fiscal da própria autarquia de trânsito e afastado por um tempo.
Mas como falamos de motos aqui, nos atemos a isso. Motos são muitas vezes multadas pois a legislação em si é pesada, prevendo qualquer atitude de um motociclista a qual possa com um simples erro causar uma fatalidade. Uma viseira aberta, por exemplo, deixa mais exposto o rosto, os olhos, e com isso há o risco de pedregulhos, poeira e afins incomodarem a vista, muitas vezes a ponto de prejudicar permanentemente a mesma. Por isso existe uma previsão de multa para quem anda de viseira aberta. Um veículo tem que ter espaço de manobra suficiente para escapar de algum evento que possa acabar em acidente. Por isso existe a legislação sobre manter um espaço grande entre os veículos.
Enfim, multas são aplicadas a qualquer um, sem cerimônias. Mesmo que exista uma estatística que diga que "moto é mais multada que carros", todos são de alguma forma multados.
Existe claro a possibilidade de corrupção (no caso, a coisa da "indústria das multas", mas a verdadeira referência a esta frase é quando uma prefeitura cria multas sem ter acontecido o evento), existem abusos de fiscais e policiais, mas isso deve ser discutido sobre fiscalização.
Há o fato que há cidades e locais onde a fiscalização é zero, nula. Quem está acostumado a andar em lugares assim, raramente vai conseguir se dar bem em locais como São Paulo por exemplo. A propósito, me lembrou uma reportagem onde uma cidade começou a fazer uma atuação severa do código de trânsito e toda a população se revoltou, até alegando que o comércio diminuiu o movimento. Se alguém souber que reportagem é, agradeço se trazerem
De fato, é cansativo e caro ter uma moto. Vocês podem duvidar, mas ter carro também é a mesma coisa: multas, impostos, pedágios, manutenção, etc... Qualquer veículo particular é um martírio, e qualquer veículo particular é alvo do governo em cobranças e afins. Como mudar isso? Eu não falo exatamente em fazer manifestações na rua (digo isso como opinião minha), mas sim de atuar mais politicamente, de quando se fala em se unir, não é "vamo pra rua", mas sim de fazer um grupo (ou entrar e aumentar um grupo já existente) e usar esta força para conversar com políticos. Com isso, talvez seja mais possível ter melhoras para que seja mais cômodo ter uma moto. E claro, fazer mais campanhas educativas para mostrar que moto não é vilã, mas sim uma companheira.
Como dito pelo Stranger in Black:
Precisamos mudar nosso modo de pensar, para poder mudar nosso modo de agir, e depois nosso modo de viver.
Eu posso estar completamente errado sobre o que penso, mas é ao que no momento acredito e imagino que desta forma seja mais interessante. Só acredito, dizendo como alguém que conheceu políticos, que não adianta xingar ou se vitimizar. De fato, é mais cômodo se sentir "vitima do sistema", mas quando se vê que no final fazemos parte de uma sociedade, as coisas mudam.