Isaú escreveu:
JF está certo. Mas, ainda acho que os motores HD já evoluiram, de certa forma, primeiro para os "evolutions", depois elevando sua potência e cilindrada, e, por fim, utilizando umas das melhores injeções eletrônicas do mercado. Além disso, tecnologia não se resume em motor. Hoje temos freios abs na linha touring (e da respeitada marca brembo), acelerador eletrônico, piloto automático etc. Também, as modificações nos chassis da linha touring a partir do ano passado foi uma grande evolução. Com todo respeito aos críticos, mas esse negócio de que as harleys são defasadas tecnologicamente está mais para mito do que para a realidade atualmente.
Obs: Hoje as harleys freiam, fazem curva e andam.
Isaú
Concordo com o Isaú quanto à evolução tecnológica das Harleys ao longo dos anos. Um dos aspectos que mais me causou boa impressão na Heritage Custom foi justamente sua estabilidade e capacidade de fazer curvas muito bem, respeitadas as características desse tipo de motocicleta, claro. O motor funciona "redondo", tem torque de sobra e é um "pão duro" no item consumo de combustível, gastando apenas um litro para percorrer 20 km na estrada, o que não deixa de ser um mérito considerando seus 1600 cc. Conheço as principais propostas custom existentes no mercado e posso afirmar que para quem quer uma moto clássica, será difícil encontrar uma opção que se aproxime daquilo que uma Harley representa em termos de prazer de pilotar na estrada, confiabilidade e robustez. Mas realmente não é a moto do Jaspion ...
Eu moro numa região que as estradas são cheias de curva, e posso garantir que pelo menos a minha Dyna 1.6 faz curvas de forma ótima, segura e firme...e é difícil arrastar pedaleira, mesmo deitando bastante. Outro teste que fiz, como já mencionei, é pilotar debaixo de (muita) chuva...peguei um trecho de 170 km debaixo de chuva torrencial e achei a Dyna ótima, pois o peso dela a deixa firme e sem tendencia à aquaplanagem...comparando com a XT 600 que eu tinha, dá de mil à zero.
Harada escreveu: O assunto saiu publicado no Estadão de hoje. Leram?
É mesmo, Harada, e tem um detalhe interessante na matéria do ESTADÃO:
"No processo, a Harley Davidson cita, ainda, diversos blogs e comunidades na internet em que consumidores reclamam da qualidade do serviço prestado pela Izzo. "Para a Harley Davidson, a satisfação do cliente é a grande prioridade. Com a frustração dos consumidores, a empresa viu que precisava agir", diz Ronald Mincheff, presidente da agência de comunicação Edelman no Brasil e porta-voz da fabricante americana.
Izzo rechaça as acusações. "Qualquer marca recebe reclamações. Somos premiados pela Harley Davidson por nosso desempenho há anos. Só em 2009, ganhamos prêmios globais da empresa de melhor design de loja, maior taxa de crescimento e excelência em serviço", diz Izzo. "Como alguém pode ganhar tanto prêmio e ser tão incompetente como a empresa diz?"
Para Izzo, a explicação para a disp**a judicial movida pela fabricante americana está na intenção da Harley Davidson em mudar seu modelo de atuação no Brasil. "Fui comunicado pela matriz que a empresa queria assumir a gestão do negócio no Brasil e abrir espaço para novos concessionários antes do fim do nosso contrato, que vai até dezembro de 2015", diz. Hoje, muitas das decisões estratégicas da Harley Davidson no Brasil estão sob responsabilidade da HDSP, como a política de marketing e comercial. A Harley Davidson afirma, no entanto, que a ação contra a concessionária foi motivada apenas pelo desrespeito às regras contratuais. "
Creio que nossas reclamações chegaram à H-D USA, hehehehe.
só mais um detalhe sobre o motor Revolution, que a maioria chama de "novo". Ele não é novo, seu desenvolvimento é do final do seculo passado (prototipos em 1996, ao que me parece), lançado comercialmente em 2000/2001 na VROD com 1130cc, depois passou para 1250cc e há uma versão de 1300cc.
é um motor de giro alto, faixa vermelha na casa dos 9 mil rpm, taxa de compressão acima de 11:1, e que não tem ABSOLUTAMENTE NADA de vocação custom. Seria necessario mudar sua concepção, curva de torque, potencia, faixa de uso, etc, para se comportar de forma parecida a uma custom tradicional. Eu creio que mesmo sendo moderno, com apenas 1250cc e devidamente "amansado", ele será menos potente e menos "torcudo" que os atuais 1600cc e 1800cc.
"Para Izzo, a explicação para a disp**a judicial movida pela fabricante americana está na intenção da Harley Davidson em mudar seu modelo de atuação no Brasil. "Fui comunicado pela matriz que a empresa queria assumir a gestão do negócio no Brasil e abrir espaço para novos concessionários antes do fim do nosso contrato, que vai até dezembro de 2015", diz."
Se eu quiser um motor que gire a 9.000 rpm, prá quê miséria?
Vou logo comprar uma CBRR 600, que vai a 16.000 rpm e tudo bem.
A palavra é adequação.
Motos custom se caracterizam por motores de baixo giro, baixa potência específica, simplicidade técnica ( defasagem tecnológica poderão dizer) e um torque poderoso desde os mais baixos giros.
E é assim porque tais características se casam com o restante da moto, formando um todo coerente.
mas que cacete... a utilização do Revolution em um modelo tradicional visa apenas mudar tudo, sem mudar nada (filosofia do Willie G).
Alguém acha impossível fazer o Revolution privilegiar a faixa de giro baixo?
Ou então inventa um jeito de colocar um radiador para refrigerar o motor 2.3 que vai ser necessário daqui há alguns anos para adequar a moto aos limites de emissão de gases sem perder as características existentes...
Voltando ao tema central do fórum, "...o Izzo está fora", acho que o bom disso tudo é que o Izzo vai ser reduzido à sua insignificância: perderá o direito de comercializar harleys e a quase provável parceria com a Triunpf para montar motos em Manaus vai p'ro brejo, pois parece que tudo que esse grupo faz tem o traço da má-fé.
Isaú
Motos fazem barulho, harley faz som!
I ride, ergo sum.
Foz do Iguaçu-PR - RK 2008 e FXDC 2009