Paulo Couto,
Parabéns pela história. Acompanho o Motonline há anos e ela foi uma escola para mim. Fiquei realmente emocionado pela história da "Carmem" e nunca um texto mexeu tanto comigo...
Eu também trabalho muito com a cabeça... Infelizmente sou mais racional do que emocional e talvez por estas algumas oportunidades passam... Já fui usuário de Motos Custom também (duarante dois anos) e hoje sou usuário de 4 cilindros.
Minha esposa sempre quando comenta sobre motos sempre lembra com muito carinhos da minha ex-Kawa Vulcan e de nossa Virago 535...
Hoje estamos com uma Bandit, e a filosofia é realmente outra. É um tipo de emoção que não há como descrever...
O "coice", a força bruta, velocidade... E pura emoção... Engraçado como as motos e as filosofias são são diferentes... As motos são para todos os gostos e estilos. As Speeds são bonitas, porém não tenho votade de tê-las (tenho vários amigos que possuem). Acho legal para os outros.
Estou caminhando para meu terceiro ano de Bandit e estou realmente muito satisfeito. Me desloco rápido dentro da cidade ou na estrada, são mais flexíveis que as Customs e é um estilo Moto com M! Moto sem frescura, como diz o Tite.
Sou um verdadeiro fã das CB1300, principalmente a Vermelha e Branca... As Bandits também são excelentes motos e não deixam nada a dever.
Quando peguei a moto 4 cilindros imaginei que iria me tornar um maníaco suicida... Mas não é bem assim. O importante é nos impormos limites e saber impor um controle mental bastante forte dentro da gente. Creio que a filosofia das motos custom são importante para impor estes limites dentro da gente.
Alguns acessórios que vão passar a fazer parte desse novo mundo: Luvas boas, Boa Bota, Macacão (vulgo gorila...). Sem sombra um mundo que deve ser descoberto.
Por enquanto virei um fã adpto da filosofia 4 cilindros e estou bastante sossegado com minha máquina. Mas com certeza, quando me enjoar dos 4 cilindros, voltarei a filosofia Custom!
A você, Paulo, desejo boa sorte em sua escolha!
E que venham novas histórias com sua futura máquina!
Grande abraço,
Flávio
Muito bom o texto, acho que o melhor de moto que eu já li. Isso mostra como a nossa "Alma Selvagem" é determinante para o que ocorre em torno dela, faço das palavras de Giacomo Agostini as minhas: "Eu nasci para pilotar motos".
Desde o momento que eu tive que negociar a minha Fazer, estou em desespero por não saber quando vou poder andar de moto de novo. Ainda nem entreguei ela e já estou triste.
Pessoal, obrigado pelos elogios. Eu gosto muito de escrever aqui no Motonline, pena que me falta tempo (e andando pouco de moto, as vezes me falta assunto...)
Bom vê-lo de volta, Paulo! Elogiar uma coluna sua já virou redundância, tanto aqui quanto no FPCs.
Já tive muito apreço por bens materiais, mas hoje em dia tento seguir a filosofia de seu sábio amigo, tendo apenas o necessário. Já me desfiz de muita coisa (continuo me desfazendo) e perdi um bom dinheiro, mas parece que me sinto mais leve, sei lá...
Boa sorte com a próxima moto! Entre as mencionadas, iria de CB. Além do preço atual excelente, parece ideal para o seu uso.
Já senti algo parecido, mas não foi com a moto(ainda estou na minha primeira), e sim com o carro, com a Jurema(minha ex-Caravan), quando garoto vivia babando nos Opalões, até que um dia pude botar o traseiro no banco de um, ou uma no caso
, foram mais de 4 anos juntos, chegou ao ápice quando gastei um saco de dinheiro preparando o motor
, me diverti muito com a usina de torque que era o 6 cilindros, mas ultimamente quase não a usava, ficava parada, então chegou a hora triste
, ela se foi...
Espero sentir isso devolta um dia, só que por algo com duas rodas(ou quatro tbm, por que não?), e talvez com toda a relevância que tem uma Harley, porque quando sentimos isso ao nos desfazer de um carro ou moto, significa que aquele objeto nos proporcionou bons momentos, que com toda certeza irão ficar para sempre em nossas memórias.
Frank
Curitiba-PR
Ex: Suzuki Yes Azul 08/08
Atual: XTZ 250 X 2010 Laranja
NÃO PATROCINEM O CRIME! NÃO COMPREM PEÇAS USADAS!
Belíssimo texto Paulo parabéns!
Realmente é de emocionar.....lembro-me tbm com saudosismo das minhas ex-namoradas! por incrível q pareça gostava mais da minha ex-CB 500 do q da atual H6!...rs...acho q não me apaixonei ainda por ela...é inexplicável!..rsrsrs.
Mas devemos entender q tudo na vida é um ciclo pois devemos deixar os bens materiais partirem para serem mais úteis para outras pessoas, e deixar as pessoas irem tbm se for melhor para elas...
Devemos ter desapego, já q tudo na vida é passageiro, e viver da melhor forma possível o hj.
Mais uma vez parabésn pelo texto
Monareta S-50
CBX 200- Strada
CB 500 LE
Hornet
"As motos não foram feitas para cair, e sim para pessoas equilibradas"
Ufa, enfim um texto do Paulo depois de um longo e tenebroso inverno.
A história dele com a Carmen é igualzinha a do meu pai com o Jaspion (que, inclusive, foi tema de uma matéria minha aqui no Motonline)... meu pai anda pouquíssimo com ele (uma média de 6 km por fim de semana, isso quando não tá chovendo), ele vive empoeirando e "zinabrando" na garagem.
Mas pensa se meu pai pensa em vendê-lo? Necas de pitibiriba. E por que? Porque, andando pouco ou muito, é a realização de um sonho que ele acalentou por três longos anos, de ter um Burgman 400. Pra ele o que conta é saber que o Jaspion está na garagem, de prontidão, pronto pra levá-lo em sua procissão semanal.
Eu penso que você não deveria vender a Carmen apenas pela razão de andar pouco com ela. Andando pouco ou muito, o que importa é andar. Seja pra comprar pão na esquina ou em Ushiaia, o importante é andar.
Se for pra vender, que seja por uma razão muito forte mesmo.
Paulo, belo texto esse.
Ainda sou novo no mundo das motocicletas, estou começando a
trilhar meu caminho nas 2 rodas.
Quem sabe um dia eu não possa pilotar uma "Carmem". Sonho
que um dia realizarei.
Não entendo o porque deste fim de ciclo.
Se é algo que te fez tão bem, que te fez tão feliz e realizado, a questão financeira(o valor da moto, impostos, blá, blá, blá...) se torna secundária!
Eu, pessoalmente, adoro a minha moto. Não é uma Harley mas eu não a vendo nem a cacete! É um pedaço de mim de tal forma que sentiria muito a falta dela! E ela, embora já meio velha e muito bem preservada, ainda me é muito útil e curto até os eventuais problemas que aparecem! Se eu tiver/puder que ter outra moto, terei duas, ou seja, ela e a segunda moto! Não entrego barato algo que me custou muito, está muito bem e me faz tão feliz!
Me perdoe a ousadia, mas acho que você não deveria tê-la vendido.
Talvez você fique menos do que você é sem ela.
Abraço cordial,
Carlos Antônio.
Faço coro a todos os posts anteriores. Este foi um texto que encheu meus olhos de lágrimas, como raramente acontece ao se ler texto sobre motos.
Eu sou descendente de japoneses, e tive um infarto com 40 anos de idade, num período crítico da minha vida. Isto me mostrou a relatividade de nossa existência e percebi que estava deixando para depois uma série de sonhos. Um deles, era ter uma moto, de preferência uma Harley. Falei para minha mulher a vontade de comprar uma, e ela me impôs como condição para isso, tirar a carta de moto que eu não tinha. Após levar pau por 3 vezes, finalmente tirei a dita cuja e comprei uma Fazer 250. Mas não era aquilo que eu queria e 2 meses depois, vendi-a, para comprar uma Harley Fx softail, que era meu sonho. Após 3 anos, já viajei para muitos lugares, fiz viagens de 2500 km e quase todo final de semana, dou minhas voltas com ela. As vezes, dá vontade de vendê-la e comprar uma moto mais confortável para viagens longas, mas a paixão por ela fala mais alto e me sinto um traidor.
Entendo os seus sentimentos e o parabenizo pelo seu desprendimento.
Forte abraço
Takeshitakeshim40321,4778819444
Vi alguns comentarios recomendando não vender a moto. De fato, se fosse algo "barato" não venderia. Tive uma Ranger V6 lindíssima que me acompanhou por anos em diversas aventuras, e que vendi por uma miséria porque não precisava mais dela (coisa de 15 mil reais) e hoje me arrependo.
mas a Harley vale bem mais que isso, não posso me dar ao luxo de ter um "saco de dinheiro" desses sem uso na garagem.
Desculpe, depois de vc falar tão bem da Carmem, eu acabei me apaixonando por ela. Mas se vc resolver continuar com ela, eu não vou ficar com ciumes pois sei que continua em boas mãos.
Falando sério, acho que vc vai morrer de saudades da Carmem e tb sentir um troço muito ruim no peito quando a vir na mão de outro dono/amante (por mais que queiramos, não somos só racionais, somos também irracionais/emocionais, e são essas duas forças que nos completa e nos torna humanos). No seu lugar eu não venderia.
Veja bem, se a questão for dinheiro, a única economia que vc vai ter no final é a diferença entre o vr dessa HD e a moto que vc vai camprar. Para quem tem 5 veículos na garagem e vai continuar com 5, isso é pouca coisa.
Certa vez eu vendi uma S10 cabine simples em troca de uma cabine dupla por esta ser mais adequada para viajar com a família. Quando eu vi uma pessoa andando com aquela S10, eu quase fui atrás para tomá-la de volta.
Hoje brinco com os amigos que não tenho coragem de desfazer de minhas coisas velhas que gosto muito desde quando eram novas. Até minha mulher, que já está velha, não tenho coragem de trocá-la por outra, nem que seja "zero quilômetro".
Em todo caso, Paulo, se for vender, não venda rapidamente sem amadurecer bem a idéia.
Isaú
Motos fazem barulho, harley faz som!
I ride, ergo sum.
Foz do Iguaçu-PR - RK 2008 e FXDC 2009