ROTA 66

19 Abr 2010 13:09 #1 por JF-HD/FAT
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Prólogo


Confesso que até alguns anos atrás jamais tinha pensado em percorrer a Rota 66 e, muito menos, de moto.





A rigor, o motociclista que sempre existiu em mim hibernou de 1.994 a 2.006, ou seja, de quando vendi minha última moto da "primeira fase", uma Yamaha Ténéré 600, até quando me enchi de coragem e retomei meu destino, comprando em maio de 2.006 uma Honda Shadow 750 zero KM.





Essa moto não durou muito no "arsenal" e um ano depois eu estava adquirindo minha moto atual, uma Harley-Davidson Fat Boy 1600.





Nesse meio tempo, a idéia de percorrer a Rota 66 foi ganhando força, apesar de esbarrar numa questão bastante delicada.





Por razões evidentes, minha filha de oito anos não teria condições de fazer a viagem comigo e com minha esposa, o que implicaria em deixar minha mulher no Brasil.





Minha esposa é que chegou e falou: vai sozinho! Vc. Não sonha com a viagem? Então vai, pô.


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19 Abr 2010 13:11 #2 por JF-HD/FAT
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GUARULHOS – LOS ANGELES





Já era noite alta do dia 04 de outubro de 2.008 quando o Boeing 767-300 da American Airlines decolou de Cumbica com destino ao Aeroporto Dallas-Forth Worth.





Sentado junto ao corredor, espremido entre as poltronas da classe econômica, eu começava para valer a grande viagem que, na verdade, tinha iniciado ainda no ano anterior, através de conversas informais que vinha mantendo com o Carlos, meu amigo e vizinho, proprietário de uma Harley–Davidson Road King.





Em abril, ou seja, seis meses antes daquela noite, as conversas informais haviam se transformado em um contrato com uma empresa de turismo especializada em turismo sobre motos que tradicionalmente organiza uma viagem pela Rota 66, com várias partidas ao ano.


A longa distância entre os aeroportos foi cumprida em aproximadamente dez horas pelo 767, que despejou em Dallas sua carga de sonolentos passageiros, a maioria brasileiros.





Perguntas respondidas, carimbo de entrada batido, imigração feita, bagagem encaminhada, sentava em outro avião, desta feita um Boeing 717, que nos levaria do Texas à Califórnia.





Quatro horas depois da decolagem aterrissamos no LAX – Los Angeles Int´l Airport - , amassados, cansados e felizes.





Mala na mão, alguma espera, sinal para o Shuttle, entrada no Hotel situado na área do LAX, rápido Check-in e pronto.





Instalados em Los Angeles.





Acima: manhattan Beach, L.A.


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19 Abr 2010 13:12 #3 por JF-HD/FAT
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LOS ANGELES – LOS ANGELES





Uma vez feito o check–in combinamos que desceríamos em uma hora para o lobby, a fim de verificar a melhor forma de aproveitar o tempo livre em Los Angeles.





Chegamos à conclusão de que deveríamos ir a uma tal de "Manhattan Beach", acessível através de ônibus turístico que passava a cada meia hora em frente ao Hotel.





Tomamos o ônibus e pudemos apreciar melhor a cidade, que se revelava limpa e com calçadas desertas naquela manhã ensolarada de Domingo.





Manhattan Beach, onde chegamos após uns 30 minutos de percurso, fica próxima ao LAX e é muito charmosa, tendo restaurantes variados, boutiques, etc.





Tem ainda um interessante pier onde as pessoas vão pescar e apreciar a paisagem do Pacífico.





Almoçamos em um restaurante italiano, demos bela volta a pé e pegamos o ônibus para retorno ao hotel, não sem antes descermos em um pequenino shopping center no caminho, onde pudemos exercitar a arte de tudo olhar e nada comprar, apesar do apelo de uma loja Apple.





Chegando ao hotel, o cansaço se abateu sobre todos e combinamos encontro às 20:00 horas no Lobby.





Horas de descanso cumpridas, banho tomado e roupas trocadas, encontramos no Lobby o diretor da Agência de Turismo, Carlos, que seria nosso guia e babá durante toda a viagem.





Conhecemos, ainda, os demais integrantes do passeio: o casal Wille/Sonia e os irmãos Luís/Ana Paula.





Esqueci de contar que comigo já estavam o Carlos e sua esposa, a Márcia e o Celso, que estava sem a esposa da mesma forma que eu.





Portanto, totalizamos 8 turistas e um guia, atingindo o portentoso número nove.





Como todos estivessem com fome e precisássemos nos conhecer, aceitamos sugestão de nosso guia e fomos jantar em restaurante próximo, cujo nome esqueci, que é adornado por belos warbirdies da Segunda Guerra Mundial e serve grelhados honestos com grandes porções de batatas, legumes etc.





Conversa feita, estômago forrado e cerveja bebida, voltamos alegres para o hotel, pois a Segunda-feira prometia.


Abç


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19 Abr 2010 13:16 #4 por JF-HD/FAT
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LOS ANGELES - LOS ANGELES - 2





Rápido café da manhã ( Starbucks ), embarcamos todos no carro de apoio ( um gigantesco Ford Expedition e seguimos direto para a Eagle Rider, empresa especializada na locação de motos Harley-Davidson.





Cadastro preenchido, fui ao pátio conhecer minha moto, uma Fat Boy 1600 cc cereja com a luz de ponto morto queimada.





Perguntam-me se me importo com a luzinha queimada e, louco que estava para rodar, ao invés de dizer sim, digo não.





De fato a inexistência da luzinha não me aporrinhou nem um pouco, mas a moto deveria ter sido entregue em condições perfeitas, o que não ocorreu.





Aproveitei e retirei o windshield ( detesto...) da moto e o devolvi à locadora.





Turma motorizada, primeiras voltas em torno da... locadora.





Hehehehehehehehe, verdadeiro Shakedown doméstico para saber se estava tudo ok.





Algumas voltas mais longas, retorno à locadora, troca de uma das motos e nos dirigimos a uma revenda multi-marcas, onde um dos nosso comprou um capacete e de lá à Bartel´s Harley Davidson, em Marina Del Rey, onde todos pudemos fazer umas compritas.





Tarde caindo, voltamos ao Hotel, amarramos as motos umas nas outras e, após banho tomado e roupas trocadas, nos dirigimos de carro a Hollywood.





Conhecemos o Kodak Theatre, onde ocorre a entrega do Oscar, o Chinese Theather, famoso pela calçada da fama etc.





Jantamos numa lanchonete anos 50 e voltamos para o Hotel, pois na manhã seguinte nos encontraríamos com a viagem que havíamos encomendado.





retirada da moto na Eagle Rider, L.A.


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19 Abr 2010 13:19 #5 por JF-HD/FAT
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LOS ANGELES - BARSTOW





Grande expectativa.





Terça-feira ensolarada e quente em Los Angeles.





Arrumo a bagagem, fecho as malas, dou uma última verificada nos meus pertences e saio do quarto, arrastando mala, sacola, capacete, jaqueta, luvas etc.





Ando uns trinta metros até o lobby do hotel, onde alguns de meus companheiros de viagem já se encontravam, também de mala, em frente ao caixa do Starbucks, que na ausência de uma padaria vem bem a calhar, pois serve café expresso e uns pãezinhos gostosos.





Café tomado, a primeira dica de viagem do guia: - tragam as malas apenas após o café, pois dá menos trabalho.





Recado anotado, malas colocadas no Expedition e às oito e trinta nos dirigimos à garagem do hotel, onde as motos tinham ficado amarradas na véspera.





Algum trabalho provocado principalmente pela falta de hábito, nos colocamos em fila e subimos a rampa que dá acesso à saída da garagem.





Em fila indiana seguimos a Expedition que contorna o quarteirão e acessamos a Freeway em direção a San Bernardino.





75 mph riscados pela agulha no velocímetro ( 120 km/h), vamos nos habituando ao tráfego pesado dessa via expressa. O pavimento é todo de concreto com "grooving" no sentido longitudinal, de forma que as eventuais mudanças de faixa sempre geram algum desconforto pelo atrito extra dos pneus contra o piso.





Caminhões para todo o lado, carros de todos os tipos, muitas picapes e poucas motos.





Seguimos em frente na freeway de umas 6 faixas de rolamento, ao lado das quais há uma linha férrea do ainda incipiente metrô de Los Angeles.





Após uns 40 minutos, seta para a direita e saímos em direção a uma loja da Harley, a Laidlaw.





Pessoal simpático nos atende na concessionária que tem uma filial da Eagle Rider e som no estacionamento.





Saio de lá com um impermeável e uma camiseta a mais e alguns dólares a menos.





Retomamos a estrada.





Sol de rachar, seguimos por mais uns 40 minutos, até que viaduto pego á direita sobe e cruza a estrada para a esquerda, em direção às colinas que estavam postadas ao norte.





Pouca milhas depois, paramos na loja multimarcas Chaparral, que segundo nos foi informado, é a maior dos EUA.





Se é a maior eu não sei, mas que é gigantesca eu posso assegurar.





Deve ter o tamanho de uns dois pavilhões do Expo Center Norte juntos, totalmente ocupada por motos, triciclos, quadriciclos, jetsky, lanchas, roupas, capacetes, etc, etc, etc.





Baita calor, criamos coragem para recolocar capacete e roupa de segurança, montamos nas motos e prosseguimos rumo norte.





A auto-estrada se converte em estradinha de mão dupla com asfalto e sinalização perfeitos e iniciamos a subida da serra fazendo curvas e mais curvas.





Aos poucos a temperatura e a paisagem vão se modificando.





Passa do calor tórrido do semiárido de Los Angels de 36º C para um fresquinho 20º C.





A paisagem vai perdendo as moitas e começa a ganhar pinus e mais pinus. Subimos e subimos.





Passamos por grande estação de esqui, ainda totalmente sem neve, com os teleféricos paralisados com as cadeiras colocadas como se fossem roupas secando num varal gigante.





Para nossa surpresa, o alto da serra revela um bonito e grande lago.





Chegamos à cidade de Big Bear Lake, que é uma estação de inverno.





Paramos num restaurante à beira da estradinha que corta a cidade, onde fomos muito bem recebidos pelo proprietário, que nos preparou um almoço honesto.





Estômago forrado, seguimos em frente até um posto de gasolina, onde gasto aproximadamente dez dólares para encher o tanque.





Estômago e tanque cheios, seguimos em frente, atravessando a cidade de Big Bear Lake em direção a Barstow.





O verde dos pinus prossegue até que numa curva, no topo da montanha, tenho a primeira e emocionante visão do Mojave, que chega a amedrontar .





Descemos a serra com todo cuidado, sendo forçados a manter ritmo bem lento por conta de um pesado caminhão de serviço que segue à frente.





O caminhão sai da estrada e aumentamos um pouco o ritmo até finalmente nos colocarmos no nível do deserto, onde entramos num vilarejo perdido no meio da areia.





Cidadezinha empoeirada atravessada, pegamos o primeiro trecho reconhecido de Rota 66 em direção a Barstow.





Alegria pura acelerar no deserto, numa estrada cuja fiscalização é feita por avião, ou seja, olhe prá cima, se não avistar um teco-teco pode enrolar o cabo.





Seguimos em frente, não sem paradas estratégicas para fotos, até a entrada de Barstow, onde novamente abastecemos as motos.





Mais dois minutos e nos instalamos no Hotel ( Ramada Inn).





Banho e roupas trocadas, vamos ao restaurante do Hotel, onde a jarra de cerveja é chamada de caneca para espanto da garçonete.





Muita risada, pizza, coxinha da asa apimentada e cerveja.





Cansaço e cama.











Big Bear Lake





a caminho de Barstow


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19 Abr 2010 13:22 #6 por JF-HD/FAT
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BARSTOW – LAUGHLIN





Acordei cedo, por volta das 7:15 horas.





Abri a cortina e olhei para o céu, no típico comportamento paulistano, talvez receando dar de cara com um tempo fechado ou chuvoso.





Dei risada ao lembrar que me encontrava em pleno Deserto do Mojave, cujo céu permanecia de um azul indescritível.





Apronto-me, lembrando das palavras do Carlos na véspera, nos aconselhando a usar roupas claras, pois o calor do deserto iria bater de frente conosco.





Seguindo o conselho, visto-me guardando a jaqueta de couro preto e tirando da mala a jaqueta de brim azul claro.





Fecho as malas, deixo-as no quarto conforme indicado e vou tomar café.





O café, americano, poderia ser tachado de " chá de batata" ou algo que o valha.





Sento-me e entre uma garfada e outra de ovos mexidos tento acompanhar o debate entre o Mcain e o Obama, sem sucesso, confesso.





Café tomados, companheiros reunidos, malas na Expedition, briefing e vamos às motos.





Correntes guardadas, capacetes postos e jaquetas fechadas, seguimos em direção á Rota 66, que se encontra distante zero metros do Hotel, pois a "rua" da frente já é a mítica Sixty Six.





Gás ligeiro, vamos primeiramente a Calico, que hoje é uma cidade fantasma que vive do turismo e fui fundada por mineradores, chegando a possuir 3.500 habitantes na última década do século XIX.





As lojas de Calico hoje exibem bugigangas que vão de souvenirs da Rota 66 a artigos mias do que duvidosos do "velho oeste", certamente feitos na China.





Saímos de Calico e retomamos a rota 66.





Seguimos por esta sob sol inclemente até a cidade de Ludlow.





Ludlow surgiu como parada de abastecimento de água para as Locomotivas da Western Pacific que se dirigiam a Los Angeles e hoje deve contar com uma população em torno de 100 pessoas.





Em busca de sombra, estacionamos as motos sob a marquise de um posto de gasolina abandonado, distante uns 30 metros do local onde se ergue o restaurantezinho onde almoçaremos.





O guia nos pede o cuidado de deixar um dos lados da bomba de gasolina ( que não está mais lá há décadas) livre, pois o proprietário do lugar reclama que as motos fecham o "caminho"...





O restaurante de Ludlow certamente saiu de um filme.





Decadente, exibe layout que, no máximo, cehga ao início dos anos 70.





O cardápio é o de sempre: ovos, hambúrgueres, bifes, saladas, etc, mas vejo que há um "special of the day" e o peço.





A velhinha que nos atende pergunta se quero sopa ou salada.





Arrisco sopa e me dou bem, pois aparece uma gostosa sopinha de ervilhas com bacon ( super light, hehehehe).





Na seqüência, carne assada, legumes cozidos e purê de batatas com molho.





Tudo em porções generosas do interior e com sabor caseiro.





Valeu o almoço.





Como rápido e enquanto meus companheiros ainda almoçam, olhando através da janela vejo o vento levando aquelas "moitas de velho oeste" pela únice e empoeirada rua de Ludlow.





Almoço concluído e alguns pins e patchs comprados, atravessamos a rua, pegamos as motos e andamos uns 30 metros para abastecer no posto de gasolina que fica na diagonal do restaurante.





Abastecemos, saio à frente do grupo e dobro á direita. Ouço uma buzina, olho para trás e percebo que tomei o caminho errado.





Orelha crescendo dentro do capacete, faço o retorno e sigo atrás de meus companheiros.





Meia hora de Rota 66 e paramos no famoso Bagdad Café, onde encosta um ônibus repleto de turistas franceses que ficam a nos fotografar, certamente encantados com a sorte de unir Harley-Davidsons com o mítico bar na mesma foto.





Entro no Bagdad, tiro fotos e fotos e, na Jukebox suspeita, enfio uma moeda e escolho "suspicious mine" do Elvis.





Tudo a ver com o lugar, cuja limpeza é altamente suspeita.





Saímos e continuamos a encarar o longo trecho de intermináveis retas. A experiência é quase mística e a luminosidade fantástica.





Deixamos a Rota 66 e vamos em direção a Laughlin, cidade do Estado de Nevada, ás margens do Rio Colorado, com o qual ainda vamos nos encontrar várias vezes.





Seguimos umas 30 milhas em estradinha de mão dupla e acessamos a freeway que dá acesso a Laughlin, logo após a divisa de estado California – Nevada.





Trecho maravilhoso, com mais de 10 milhas de descida, asfalto perfeito serpenteando colinas que vão se fazendo escuras com o cair da tarde.


O asfalto maravilhoso contrastando com trecho de 66 bem ruizinho que enfrentamos umas 20 milhas após o Bagdad Cafe, depois do cruzamento com a linha férrea.





Laughlin é uma Las Veguinhas, com cassinos e cassinos e está debruçada sobre o Rio Colorado .





Nos hospedamos em um Hotel Cassino chamado Aquarius, que é enorme.





Seguimos de novo a rotina: malas para o quarto, banho, roupa trocada e jantar.





Desta feita o jantar foi no buffett do Cassino.





Comida boa e variada, apesar de industrial.





Delicio-me com o Frozen Yogurt cujo acesso à máquina está franqueado aos usuários do restaurante.





Cervejas por conta do Carlos, da Agência de Turismo.





Piadas, piadas, brincadeiras e...piadas sobre os acontecimentos do dia.





Começo a achar que o roteiro é muito pequeno...





Bagdad Cafe





Cidade fantasma de Calico





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19 Abr 2010 13:25 #7 por JF-HD/FAT
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LAUGHLIN , NV – WILLIAMS,AZ





Rotina de sempre.





Acordar, vestir, fechar as malas.





Tomar café da manhã, pegar as malas e colocá-las na Expedition.





Briefing, desamarrar as motos, pé na estrada.





O dia hoje promete.





Sairemos de Laughlin, Nevada e atingiremos a cidade de Williams, no Estado do Arizona.





Comboio andando, a primeira tarefa é atravessar o Rio Colorado, o que implica em entrar no Estado do Arizona, o que é feito em poucos minutos, pois Laughlin fica exatamente na barranca do rio.





Já no Arizona, prosseguimos sob sol intenso observando a paisagem árida que caracteriza tal região.





Vinte milhas percorridas e chegamos à cidade fantasma de Oatman, cujo símbolo é o Burrinho.





Oatman também é uma cidade que nasceu e morreu com a mineração e sua rua principal é exatamente a Rota 66.





Burrinhos, souvenirs para turistas, sol e calor.





Mais uma vez bate aquele sentimento de respeito em relação aos mineiros que trabalhavam sob tão árduas condições de aridez, calor, sol e conforto ínfimo.





Montamos nas motos e pegamos um trecho de 66 cujo estado de conservação é muito precário.


A estrada serpenteia as colinas, passando ao lado de altos precipícios sem nenhum tipo de guard-rail ou muro ou defensa ou o que quer que fosse.





Vencida a serra, paramos para fotos num posto de gasolina abandonado, cuja principal característica são as colunas de pedra que sustentam o telhado sob o qual estão as bombas de combustível.





Poucas fotos e seguimos em frente, rodando pela paisagem semi-árida até a cidade de Kingsman, onde paramos para almoço num JB.





Não escuto o guia e ao entrar no restaurante, respondo à indagação da garçonete, informando que precisamos de uma mesa para nove pessoas.





Encrenca.





Segundo o guia me informa, segurando a irritação, minha "precipitação" vai causar um grande atraso, pois o cozinheiro somente liberará os pratos quando estiverem todos prontos.





Fico meio chateado mas, fazer o quê?





Comer feijão!!





Sim uma bela tigelinha de Chili com carne, que eu adoro, seguido de carne assada e legumes.





A comida ficou pronta rapidinho, o que limpou minha barra e deixou o Carlos, nosso guia, meio que incrédulo.





Muito vento, ligamos as motos e vamos para a H-D Local, que atende pelo sugestivo nome de " MOTHER ROAD".





Não resisto e compro uma jaqueta dupla face impermeável, além de alguns patches com o logo da revenda.





Pessoal extremamente simpático nessa loja da H-D, onde fotografei uma bela Electra SE 110 e uma Fat Boy bem bandida.





Motores ligados, dá-lhe estrada!!!





A paisagem árida começa a dar lugar a pradarias.





O calor infernal, por sua vez, desaparece, com a temperatura despencando de 36º C para 14º C.





Cruzamos com vários grupos de motos e paramos à beira de postos na Route 66, dentre os quais o de Hackberry cujas fotos estão no álbum.





Acaba o trecho de Route 66 e temos que pegar uma free-way, a Interstate 40.





Acelero a 80 mph com muito vento lateral e alguns sustos provocados pelos sucessivos deslizamentos da roda traseira.





A noite começa a cair quando chegamos à entrada de Williams sob um frio de 12º C, o que é explicado pelo fato da cidade se situar a aproximadamente 2.400 m acima do nível do mar.





Motos guardadas, vamos a um restaurante no centro, que funciona como microcervejaria.





Churrasco, milho cozido, cerveja e mais cerveja feita no próprio local.





Prá variar, piadas, mais piadas, brincadeiras e comentários sobre os fatos do dia.





Apesar do frio, eu e mais dois companheiros de viagem voltamos à pé para o Hotel, distante uns 3 kms do restaurante.





Frio, cidade deserta e muita alegria no coração.





posto abandonado na Rota 66





Moto em Kingman


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19 Abr 2010 13:28 #8 por JF-HD/FAT
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WILLIAMS, AZ – PAGE, AZ





Acordei com a batida na porta.





Meio que dormindo, abri a porta do quarto com receio de que houvesse perdido a hora.





Para minha surpresa dou de cara com o Carlos, guia da excursão, informando que teremos tempo livre pela manhã porque durante a noite havia ocorrido um imprevisto médico e que ele e alguns outros companheiros precisavam descansar um pouco.





Soube que a Márcia tinha sofrido oscilações muito fortes na pressão arterial e que ela, os Carlos, guia e marido, bem como o Willi, tinham ido a um hospital durante a madrugada, no qual após exames feitos, se constatou felizmente que não era nada grave apesar do grande susto.





Diante da inesperada manhã livre, tomei café no restaurante Doc. Holliday e saí para perambular por Williams.





A cidade é conhecida como Gateway do Grand Canyon e dela parte um trem turístico para lá que nós infelizmente não teríamos como pegar, pois o tempo era escasso.





A rua principal de Williams é a própria Rota 66 e há restaurantes, bares e lojas alusivos ao fato.





Às 11:00 horas , após a rotina de sempre ( bagagens, briefing etc), partimos em direção ao Grand Canyon, distante 30 milhas de Williams.





Podem achar engraçado, mas lembrei muito do Parque Nacional do Iguaçu, onde temos nossas inigualáveis Cataratas.





Sem ufanismo ou favor algum, afirmo com segurança que nosso parque está com um serviço de recepção de visitantes mais bonito e bem organizado que aquela portaria do Grand Canyon.





O Grand Canyon, em si, é espetacular.


Possui em torno de 400 (quatrocentos...) kms de cumprimento por 25 kms de largura e profundidade média de 1500 m.





Ou seja, é seguramente o maior buraco do mundo, hehehehe.





Nenhuma foto ou filme é capaz de captar o cenário grandioso que a natureza instalou naquele lugar, é necessário ir até lá e "sentir" o lugar.





Simplesmente fantástico e cheio de gente, insuportavelmente cheio de gente, ainda mais para quem vinha há dias perambulando pelo deserto.





Após bons momentos de contemplação, almoçamos e seguimos adiante para outro ponto do Grand Canyon, onde involuntariamente viramos atração turística para um grupo de franceses (novamente...).





O segundo ponto por nós visitado no Grand Canyon é chamado de "Grand View" e faz jus ao nome, pois permite uma vista muito ampla.





No século XIX, aquele ponto abrigou um Hotel, que acabou sendo desativado na década de 30 do século passado e posteriormente foi totalmente demolido.





Na seqüência, trecho de 30 milhas morro abaixo, primeiro num caminho enfeitado por floresta de Pinus Ponderosa e depois através de extensa pradaria com muito, muito vento mesmo.





Referido trecho é visualmente muito bonito, mas não consegui desfrutar da vista, pois a pilotagem ficou bastante complicada por conta do vento lateral fortíssimo.





A Fat Boy avançava como que sobre um interminável filme de água, deslizando lateralmente de forma imprevisível e forçando bastante a pilotagem.





Confesso que passei muitos sustos nesse trecho.





Ao cabo da descida, chegamos a um lugarejo chamado Cameron, que fica dentro da Nação Najavo.





Todos lá são índios e a reserva é gigantesca.





Posto de gasolina bastante chinfrim.





Vou ao caixa e deixo 20 dólares para que a bomba seja liberada.





Volto à moto, aciono a bomba, coloco o bico da mangueira dentro do tanque e..... gasolina prá todo lado, menos dentro do tanque.





O vento é tão forte que a gasolina mal sai do bico esparrama-se, pulverizando o tanque e a mim.





Meio que órfão naquela insólita situação, o Carlos se aproxima e, sabe-se lá como, consegue postar-se de forma a bloquear o vento e encher o tanque.





Ufa!!





Resta agora ir até Page, distante 80 milhas de Cameron onde estávamos.





Tarde caindo, saio à frente e torço o cabo do acelerador, pois o vento que vinha totalmente na lateral agora está quase que "de popa".





80 mph (aproximadamente 130 km/h) , vou seguindo num entardecer muito bonito por uma estrada de mão dupla, asfalto perfeito e faixa adicional nas subidas.





Distancio-me de meus colegas por um bom tempo.





Após uma meia hora, aparecem luzes em meu retrovisor.





Duas motos de meus colegas me ultrapassam,





Acelero para acompanhá-los e passoamos a andar a 90 mph ( 145 km/h) com a noite caindo, chegamos ao ponto combinado de reagrupamento com todos felizes pelo trecho de plena aceleração sob um cenário de John Wayne.





Entramos em Page e vamos até nosso hotel, com parede imitando adobe.





À noite, rodada de scotch 12 anos por conta do Celso, seguido de belos grelhados e, prá variar mais uma vez, piadas, brincadeiras e conversa solta sobre os felizes acontecimentos do dia.





O Oeste é belo!





PRONTO PARA ENTRAR NO G. CANYON





Trem que era usado para ir ao g. Canyon antigamente





Seligman, Arizona


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19 Abr 2010 13:31 #9 por Chicolau
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1º parte está boa

F 700 GS 17/17
NÃO COMPREM PEÇAS USADAS...
São Paulo SP

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19 Abr 2010 13:31 #10 por JF-HD/FAT
Respondido por JF-HD/FAT no tópico ROTA 66
PAGE, AZ – KANAB – UT





Café da manhã tomado, carro carregado, motos ligadas, inicia-se um novo dia de viagem.





A primeira etapa a ser cumprida é tão curta que, na verdade, dá para ver o destino do próprio estacionamento do hotel.





Vamos seguir até a Represa Powell, que uma das três ou quatro que foram feitas no Rio Colorado aproveitando que o leito deste situa-se em profundo canyon que favorece a construção de usinas.





A represa é muito parecida com sua irmã mais famosa, a Hoover.





A altura é estonteante e a ponte sobre o canyon é guarnecida de altas cercas de arame, certamente objetivando impedir que algum desgostoso dê cabo da vida naquele lugar.





Fotos tiradas e interjeições de espanto pronunciadas, montamos nas motos, atravessamos a ponte, fazemos o retorno no local apropriado e retornamos o caminho que fora feito pouco antes.





Passamos em frente ao Hotel e novamente pegamos a Rodovia 89, que fora percorrida na tarde da véspera, só desta vez no sentido contrário.





Após umas 20 milhas ( 32 kms) pegamos a 89-A em direção norte e seguimos umas poucas milhas até chegarmos ao Marble Canyon.





Altura imensa, duas pontes em homenagem aos índios Navajo e uma feirinha de artesanato indígena.





Venta de forma absurda.





Tão absurda que alguns barcos que tentam descer o Rio Colorado não conseguem, pois o vento os empurra correnteza acima...





Após mais fotos e interjeições de espanto, cruzamos o Colorado e paramos em um trading post para abastecer.





O vento é tão forte que chega a provocar uma pequena "tempestade de areia" cobre minha moto e a mim mesmo com uma camada de terra bem no momento em que estou parado no posto de gasolina esperando meus companheiros de viagem reabastecerem suas motos.





Me limpo, ligo a moto e saio.





O roteiro prevê que a próxima parada seja no Estado do Utah, num lugar chamado Lago Jacó ( Jacob Lake, heheheheheh).





A paisagem é magnífica, pois à minha direita se situa o Vermilion Cliffs Monument, que é uma seqüência de chapadões vermelhos do tipo que povoam os filmes de faroeste.





Sigo bem rápido aproveitando que o vento deu uma parada o terreno é totalmente plano e com poucas e suaves curvas.





Empreendo uma "perseguição" ao Celso, que saíra uns minutos antes.





Ultrapasso-o andando a umas 90 mph ( 145 km/h) e lentamente vou abrindo distância dele e dos meus demais companheiros de viagem.





O asfalto perfeito, a paisagem, a topografia e as curvas suaves convidam à velocidade.





O tráfego de automóveis é reduzidíssimo.


Distraio-me um pouco contemplando a paisagem e o Celso volta a encher meus espelhos retrovisores, ultrapassando-me logo em seguida.





Prossigo na brincadeira e acelero prá valer, passando meu amigo de novo .





Começa uma seqüência mais forte de curvas, o Celso fica prá trás e eu quase que me perco numa curva mais acentuada.





O susto me faz fechar o acelerador e prossiguir com mais cautela, a estrada sobe e sobe serpenteando a encosta do platô.





Não vejo sinal de meus companheiros, reduzo ainda mais a velocidade e logo a serra termina e a estrada ingressa num bosque de Pinheiros muito bonito.





O frio começa a se tornar desconfortável.





Sigo meio que preocupado em ter perdido alguma entrada mais escondida.





Quando estou quase a ponto de retornar vejo uma placa indicando Jacob Lake adiante.





O frio está brabo.





Brabo mesmo!!





Encosto a moto no amplo estacionamento do Jacob Lake Inn.





Lugar muito bonito, rodeado de enormes pinheiros.





A fumaça que sai da chaminé indica que lá dentro há uma lareira acesa.





Estou com frio.





Muito frio.





Um companheiro de viagem, o Luís, chega com sua H-D penteadeira. Um americano muito simpático chega até nós.





Ele é do Hog de Page e tem duas H-D, mas está de picape e agradece o fato, pois não tem que encarar o frio.





Chega o resto de nossa tropa


O Carlos diz que o termômetro da Expedition indica temperatura de 4º C.





Almoçamos no restaurante do Jacob Lake Inn.





Conhecemos Rachel, uma simpática garota de uns 20 anos de idade.





Ela veio eufórica conversar conosco quando soube de onde éramos, pois já morou no Brasil, e num português com forte sotaque yankee nos informa que ficou um ano e meio em Belém do Pará (!) mas chegou a conhecer S.Paulo e tem um irmão morando em Curitiba.





Certamente tudo isso em função de ser da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, cujo integrantes são conhecidos por "mórmons" e têm sua sede no Utah.





Saímos do Jacob Lake Inn e tornamos e encarar o frio.





Agora vamos descer até nosso destino de hoje, a cidade Kanab.





O frio não diminui mas pelo menos não aumenta.





Estrada agradável com algumas curvas e paisagem suave, os pinheiros dando lugar a pradarias.





Vejo a placa diante indicando a cidade de Fredonia e lembro das palavras do Carlos: cuidado em Fredônia, pois o Xerife fica esperando que um incauto passe mais rápido do que deve. Passe devagar e acene.





Começo a rir, pois o tal do Xerife está lá mesmo.


Passo devagar e aceno sem obter resposta.





Fredonia é uma cidade "de primeira" e poucas milhas adiante chego a Kanab.





Kanab é uma cidade que serviu de locação para dezenas e dezenas de filmes de faroeste e possui até um museuzinho dedicado ao tema.





Instalamo-nos no hotel e, olhando para fora, por volta das 17:00 horas, noto uma coisa.





Chamo meus companheiros de viagem para fora do hotel: está.... NEVANDO!!!!





Brinco um pouquinho com a neve rala que cai e rapidamente resolvo entrar, pois está muito frio.





Depois de irmos ao museu do faroeste de visitar uma grande ‘lodjinha" dedicada ao tema, vamos jantar por volta das 18:30 antes que a cidade inteira feche.





Pela primeira vez, o jantar é regado a ... refrigerante.





Os mórmons, definitivamente, não gostam de bebida alcoólica.





Volto ao hotel .





O frio está de rachar e fico a perguntar como será o dia seguinte...





Jacob Lake c/ motociclista americano





a caminho de Utah





idem.


Abç


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19 Abr 2010 13:35 #11 por JF-HD/FAT
Respondido por JF-HD/FAT no tópico ROTA 66
KANAB, UT – LAS VEGAS, NV





Dois ovos mexidos, torradas, café com leite e suco de laranja.





Horário: 8:20 a.m.





Pode parecer estranho, mas o hotel onde passamos a noite em Kanab tem o procedimento de solicitar aos hóspedes que apontem o que quererão para o breakfast e o horário.





Havia pedido tudo para as 8:00 horas mas o horário já estava preenchido, de forma que ficou para as oito e vinte mesmo.





Tudo feito na hora, com sabor bem caseiro, salvo o café "água de batata", que não fica bom nem com uma paisagem exuberante como a das colinas rochosas que cercam a cidade de Kanab.





Para minha alegria, o céu está muito azul, mas parece que o frio não cedeu.





Após tomar o café me encho de coragem e saio do hotel para ver as motos no pátio.





Frio intenso e percebo que os bancos, o velocímetro, as bolsas laterais etc. estão com uma camada razoável de gelo sobre elas.





Fotografo, filmo e vou me vestir adequadamente para o frio intenso.





Coloco: cueca ( óbvio...), ceroula, segunda pele, meia social e meia de algodão, calça de brim 14 oz e botas de couro. No tronco, segunda pele, camiseta de manga cumprida, moletom aflanelado comprado na véspera no Museu do Faoreste, jaqueta de couro e, por cima de tudo, o impermeável H-D comprado em Kingman na Mother Road.





Gelo retirado, motores ligados e entusiasmo crescente, tomamos o rumo da estrada em ritmo bem suave ( 40/50 mph).





A primeira parada ocorre após uns 30 minutos de estrada, junto a um posto de gasolina no trevo da estrada que nos levará ao Zion National Park.





Alguns ônibus estão parados no pátio do posto e logo nos tornamos atração turística para os que saem dos ônibus, que descobrimos serem alemães.





Como o Willi fala alemão, é destacado para conversar fluentemente na língua de Goethe com os nosso novos amigos.





Atravesso a estrada e vou tirar umas fotos junto à neve que se acumulou no campo de golfe em frente ao posto.





Volto com mais frio ao descobrir que a temperatura é de módicos 5º C NEGATIVOS!!!!!!





Seguimos em frente e ingressamos no Zion, abrindo mão de 12 dólares por pessoa.





Formações rochosas incríveis, montanhas magníficas e túneis escavados na rocha.





Lembro do relato dos biduzidos sobre a Serra do Rio do rastro ao descer a serra dentro do Zion, pois nas curvas fechadas dá quase para ver a traseira da própria moto, hehehehe.





Saindo do parque entramos na cidade de SPRINGDALE, que é muito bonita, charmosa, cheia de "lodjinhas" e originalmente seria nosso ponto de pernoite ao invés de Kanab.





Abastecemos.





Na seqüência, deveremos seguir até Las Vegas, num percurso de 120 milhas.





Após umas 20 milhas de estradinha de mão dupla, chegamos à freeway.





Cabo enrolado, mantemos ritmo de 80 a 90 mph o tempo todo sem ver sequer sinal de polícia.





Entrada em Las Vegas, tráfego pesado nas vias expressas que cortam a cidade para todo lado.





Entramos na Strip, que é a avenida principal de Las Vegas e a rasgamos de cabo a rabo, chegando ao final dela, próximo ao Luxor, à loja da Eagle Rider, onde devolvemos as motos.





Essa certamente foi a hora mais triste de toda a viagem, pois todos sentimos que o alegre périplo havia chegado ao fim.





moto com gelo





tunel no zion National Park


Abç


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19 Abr 2010 13:36 #12 por JF-HD/FAT
Respondido por JF-HD/FAT no tópico ROTA 66
O SALDO





Foram sete dias sobre uma Harley-Davidson em meio a um cenário de incrível beleza e diversidade.





Da moita rolando ao vento do deserto tórrido à floresta de Pinus Ponderosa.


Do sol de 40º C à neve sob 5º C negativos.





Da poeira do Mojave às águas esverdeadas do Colorado.





Das cidades fantasma de Calico ou de Oatman ao frenesi ininterrupto de Las Vegas.





Da imensa Los Angeles à minúscula Ludlow.





Da vazia Rota 66 à trepidante I-40 saindo de Las Vegas.





Contrastes e mais contrastes.





Fiquei com a sensação de que vi muito, mas também a de que faltou ver muito mais.





Serviu como iniciação e aperitivo para futuras viagens em futuro que espero não estar muito distante, quem sabe em companhia daqueles que pacientemente acompanharam estas letras sem graça.





Abraço





JF-GI


Route 66


I traveled.


I´ll be back soon





ABÇ


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19 Abr 2010 14:18 #13 por Penna
Respondido por Penna no tópico ROTA 66

JF-HD/FAT escreveu: Serviu como iniciação e aperitivo para
futuras viagens em futuro que espero não estar muito
distante, quem sabe em companhia daqueles que pacientemente
acompanharam estas letras sem graça.


Sem graça nada, o relato foi muito bacana, aumentando
inclusive a minha ansiedade pela chegada do final de
agosto.

E quanto ao convite para viagens, pode ter certeza que eu
estou dentro, é só avisar.

Comboio Mineiro para o 1º Encontro Nacional Motoliners

Junte-se a nós!

Belo Horizonte, MG

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19 Abr 2010 21:51 #14 por Andressa-RIDER
Respondido por Andressa-RIDER no tópico ROTA 66
Cara, muito show. Pena somente que depois de tanto sacrifício, você tenha cruzado apenas um 'décimo' da '66, e, assim mesmo, de modo inverso, mas tá valendo. Importa é que você esteve num trecho dela!





Também estou nessa rota, devo chegar por lá, mais ou menos em novembro, ou dezembro, vou empurrar o máximo com a 'barriga' pois quero passar o Natal em Nova York.


Também não devo fazer ela toda, uma vez que entro por Laredo, Piedras Negras ou Juarez, mas de qualquer forma estarei descendo e, se for o caso, quando voltar da Califórnia, para Nova York e de lá Canadá, aí sim farei toda ela, mas como você, a rota inversa, mas vou deixar com certeza uma peça da 'Guerreira' no Santuário, para me dar sorte no restante da jornada pelo mundo.


Parabéns pela sua viagem, a realização do seu sonho e que de fato seja só um aperitivo para as próximas e vindouras aventuras. Roda pra Frente!!!

Viajando o Mundo em sua Kansas 150cc - No momento em Milton, Florida, EUA

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20 Abr 2010 03:43 #15 por JF-HD/FAT
Respondido por JF-HD/FAT no tópico ROTA 66
Caros,





Obrigado pelas mensagens.


Penna, quem sabe um dia dê para fazermos uma bela viagem pelos states.


Andressa, minha viagem deu algo em torno de 1100 milhas, ou pouco mais de mil e seiscentos quilometros.


Desse total, apenas uns 800 quilometros foram rodados na 66, que tem de Chicago a L.A algo em torno de 2400, 2500 milhas.


De fato o sentido de rodagem leste-oeste é histórico, pois era o rumo tomado por aqueles que na primeria metade do século XX saiam da costa leste ou do meio-oeste rumo ao sonho dourado da California.


A rodagem invertida (oeste-leste) tem a vantagem de não por vc. de frente para o sol poente, hhehehehe, além de ajudar na logística do transporte aéreo a partir do Brasil ( oferta de bilhetes, fuso, etc).


Em diversos trechos, infelizmente a Rota simplesmente desapareceu, pois foi duplicada ou simplesmente acabou mesmo, de forma que o trecho mais preservado, talvez ajudado pelo deserto, segundo soube, é o oeste que, mesmo assim, tem alguns pedaços muito cênicos deteriorados e outros nos quais é impossível saber exatamente qual era a rota original ( caso das colinas de San Bernardino em direção a Barstow..


O bom de ter faltadop grandes trechos para serem percorridos é que a desculpa apra voltar é excelente!!!


Fico aqui torcendo pela sua viagem.


Abç


JF

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