Genocídio sobre duas rodas

25 Jun 2012 14:59 #16 por aderpa
Respondido por aderpa no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas
Enquanto muitos falam: "Educação no Trânsito!"
Não precisariam, se tivessem tido educação em casa.
Mas, vai ainda além disso. Percebo uma grande intolerância aos erros dos outros. Nínguém pode errar e retardar a fluidez o trânsito, que já logo recebe um palavrão aos berros.
É uma cobrança, é um vídeo game, é um estresse dirigir. Tudo parece uma competição. O prêmio ou a medália é chegar vivo em casa.

Andar de moto não é perigoso. Perigosos são os carros que batem nelas.
Belo Horizonte, Minas Gerais.

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25 Jun 2012 16:26 #17 por wilson forps
Respondido por wilson forps no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas
Amigo a melhor frase para definir viver no lisarb não importa se a pé de carro ou moto chegar vivo em casa !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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25 Jun 2012 17:38 #18 por Rodrigonh
Respondido por Rodrigonh no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas

Patriarca escreveu: ... Não se trata desse ou daquele veículo e sim do que as pessoas carregam dentro de si. ...


É a velha e conhecida tendência de se definir culpados da forma mais simplista e imediata. Em relação aos acidentes de trânsito, mais especificamente em relação à motocicleta normalmente se ouve coisas do tipo "A culpa é das motos." Em relação aos pedestres: "A culpa é dos carros". É a mania nacional de se taxar culpados (que nem vida própria tem), de forma a se justificar medidas surreais (mas talvez bem motivadas?), como proibir a circulação.

Como bem frisou o aderpa, já que muitos (a maioria? :( ), não tem educação, o que realmente surtiria efeito seria fiscalização intensa e punição efetiva, do tipo suspensão da carteira por 6, 12, 24 meses, dependendo da infração. Em algumas cidades da europa por exemplo se o sujeito cospe no chão da rua e é flagrado por um guarda, essa pessoa é multada. Mas isso é dever do Estado, mas o Estado só cumpre seu dever com participação popular (voto, pressão, mobilização * ).

Estive vendo um vídeo no Youtube, uns caras andando (aqui no Brasil), numa rodovia complicada e movimentada, fazendo curvas a 165km/h quando derrepente dão de cara com uma fila de carros parados depois de uma curva, por pouco não acaba em tragédia, o cara tirou um fino. Na minha opinião: Suspensão da habilitação por 12 meses, curso de reciclagem e laudo psicológico.

A pessoa entra no carro, fecha o vidro, liga o ar, liga o som ou então monta na moto e coloca o capacete na cabeça, a partir daí estão em seu mundo individual onde na cabeça do indivíduo ele deve ter preferência sobre todos pois tem o melhor carro, a maior habilidade ou seus compromissos são mais importantes que o dos outros. Infelizmente esta falta de espírito de coletividade e óbvia infantilidade é muito comum, tudo se torna uma banalidade como num vídeo game, uma cobrança sem sentido como já frisado.

Em relação aos motociclistas: Existe uma cultura geral que define o motociclista como a escória do trânsito, não porque são piores que os motoristas mas sim porque são em menor número entre outros motivos. Por exemplo, o primeiro veículo de muitos é uma moto, por ser mais acessível. Desta forma existe um grande número de pessoas muito jovens em cima de motocicletas, e em muitas vezes jovens aventureiros e sem miolos, ou então motoboys que ganham por número de corridas e mal equipados e formados, fórmula perfeita para tornar a moto um problema realmente preocupante (como o próprio nome deste post sugere). Apesar destes fatos a sociedade não pode generalizar e tomar essa classe de motoqueiros como ponto de partida para basear as leis de circulação, isto infringe o direito de ir e vir dos motociclistas responsáveis, pra variar os justos às vezes acabam pagando pelos irresponsáveis.
Por outro lado, não sei a situação na localidade do colega eduardoalmeida. Caso a questão dos motociclistas seja realmente gritante, com uma taxa de atropelamentos e acidentes realmente muito alta, isto é o suficiente para que exista uma mobilização social muito alta (com alienação ou não através da mídia). Essa mobilização pode acabar em medidas radicais como a citada vontade de proibição de tráfego. O pior é que em tal caso isto pode ter validade como medida emergencial e ser realmente implementado, pois a partir deste ponto está se falando de vidas humanas e não de motos.

Aqui em BH a algum tempo atrás colocaram uma campanha dessas que vão atrás dos ônibus, colocando a figura do motociclista de forma preconceituosa e totalmente pejorativa. Achei aquilo um absurdo (e nem tinha moto ainda), a campanha não durou muito tempo, parece que foi motivada pelas empresas de ônibus da cidade. Hoje em dia existem campanhas realmente educativas legais.

* Sugestão para eduardoalmeida: O motociclista já é mau visto. O tal cara tem apoio popular e da imprensa. Desta forma se você chegar para bater de frente (sugiro não o chamar de idiota na frente da platéia), e isto gerar confusão, adivinha o que é que vai acontecer, considerando que são maioria articulada? Vão logo te taxar de motoqueiro bandido arruaceiro, então pronto perdeu de vez a voz nessa oportunidade e ainda deu mais força pra eles (OBS: pensando no pior dos casos). Tente não levar nada para o lado pessoal, seja muito político e educado (de nada adianta sair com o orgulho preservado mas a causa perdida). Este tipo de "guerra" se ganha com tática, calma e paciência. Nessa altura do campeonato acho que apenas contraposição de argumentos tem pouco efeito pois já existe uma opinião formada (mesmo que burra e manipulada). Desta forma minha opinião o mais efetivo seria começar a mostrar que nem todos os motociclistas são iguais e que para aqueles que são responsáveis o direito de trafegar deva ser garantido. Eu no seu lugar faria o seguinte (eu sei que falar é fácil, tanto é que aqui na minha cidade também está precisando algo do tipo): Contrapor a situação não com argumentos mas sim com ações. Quem sabe a fundação de um grupo organizado para reunir as pessoas que tem interesse em praticar e divulgar a direção segura? Com a criação de um site; cadastro dos participantes; controle de acidentes e quase acidentes acontecidos com membros de tal grupo; criação de uma camisa para os integrantes; uma carteirinha de participante; organização de reuniões e fórums locais educativos entre os membros e aberto à sociedade entre outros. Com uma certa organização pode-se até mesmo conseguir parcerias com MP, polícias, prefeitura etc. Parece complicado e é mesmo, infelizmente do meu ponto de vista esta seria a melhor tática para se ganhar tal "guerra". Opcionalmente tal grupo ou organização teria um assessor jurídico, mas eu sei que isto é bem mais complicado (talvez consiga encontrar um bom advogado que ame motos ;) .

Me desculpe, gostaria de ter sugestões mais simples mas por enquanto o que passa pela minha cabeça é isso que escrevi.

Boa sorte ! :)
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Patriarca

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25 Jun 2012 19:00 #19 por eduardoalmeida
Valeu Rodrigo, o problema não é simples é complexo, sua contribuição é muito boa, continue assim precisamos de pessoas como vc para minimizar este problema. Valeu mesmo, Eduardo Almeida

atitude e liberdade Dyna Super Glide, ER6n, CB 400 e agora também a G 650GS moto uma paixão

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26 Jun 2012 09:08 - 26 Jun 2012 09:13 #20 por marceloe
Respondido por marceloe no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas
Mais um excelente tópico da nossa comunidade!

Não tenho o que escrever (de momento) considero que os colegas expressarem muito bem o que passamos no transito diariamente.

Eduardo, acho válida sua preocupação, indignação e inicio do tópico, mas como dito pelos colegas "eles" (os lideres da campanha em sua cidade) tem o apoio da mídia !! cuidado :huh:

Patriarca:
Não se trata desse ou daquele veículo e sim do que as pessoas carregam dentro de si. :cheer:

Wilson:
não importa se a pé de carro ou moto chegar vivo em casa! :cheer:

Soueu:
O problema tem nome e endereço:
Nome : EGOISMO.
Endereço: Dentro de cada pessoa.

Aderpa:
Enquanto muitos falam: "Educação no Trânsito!" Não precisariam, se tivessem tido educação em casa. :cheer:

Vou contribuir com o Aderpa, não precisaríamos de campanhas "gentileza gera gentileza" se "fossemos" um povo educado!

Rodrigonh - Excelente seu texto! :cheer:
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Patriarca, Soueu, Rodrigonh

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26 Jun 2012 12:25 #21 por Harada
Respondido por Harada no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas

aderpa escreveu: Enquanto muitos falam: "Educação no Trânsito!"
Não precisariam, se tivessem tido educação em casa.
Mas, vai ainda além disso. Percebo uma grande intolerância aos erros dos outros. Nínguém pode errar e retardar a fluidez o trânsito, que já logo recebe um palavrão aos berros.
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Neste último workshop da abraciclo, num dos temas falou a responsável pela Educação do CET Nancy Reis Schneider, arquiteta, é superintendente de Educação e Segurança da CET-SP : em visita a um país da europa, perguntou pela área responsável pela Educação de Trânsito. A resposta que ouviu: isto vem de casa e da escola, cabe ao órgão de Trânsito Fiscalizar de acordo com a lei...

Valorize quem promove a ética e transparência !

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26 Jun 2012 15:27 #22 por wilson forps
Respondido por wilson forps no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas
Um tapa com luva de pelica !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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27 Jun 2012 10:59 #23 por Harada
Respondido por Harada no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas
Educação de Trânsito precisa ser parte da grade escolar. Cabe a cobrança em nivel federal, estadual e municipal :unsure:

Valorize quem promove a ética e transparência !
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: marceloe

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27 Jun 2012 12:44 #24 por Rodrigonh
Respondido por Rodrigonh no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas

Harada escreveu: Educação de Trânsito precisa ser parte da grade escolar. Cabe a cobrança em nivel federal, estadual e municipal :unsure:


Considerando que o Brasil fica sempre nas primeiras posições em acidentes e que o trânsito faz parte da vida diária de praticamente todas as pessoas (alguns moram na mata e não tem trânsito :lol: ), concordo plenamente com isso.

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27 Jun 2012 15:38 #26 por marceloe
Respondido por marceloe no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas

Harada escreveu: Educação de Trânsito precisa ser parte da grade escolar. Cabe a cobrança em nivel federal, estadual e municipal :unsure:


Harada. com certeza que é importante a atenção desta cultura na escola.

Minha filha com 2 anos e 9 meses, estes dias na rua começou a "me explicar" !

- Papai, no verde anda, e no vermelho para! :silly:

A minha filha mais velha com 8 anos, não permite em hipótese alguma que eu atenda o celular enquanto dirijo, tenho de passar o telefone ou para a mãe, ou para ela ou não atender. :blush: :woohoo:

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27 Jun 2012 22:24 #27 por eduardoalmeida
Marcelo é certo que tenho que ter cuidado, o Presidente deste Comitê tem apoio do Governador que é uma especie de imperador local, conheço ele o governador pessoalmente a muitos anos e sei da sua capacidade maligna, nefasta e bandida, entre outras coisas sou Farmacêutico especializado em Saúde Pública, estou montando e esta em estágio final a criação de um Jornal de circulação estadual, vau acatar as ideias do Rodrigo, montar o site e depois vou divulga-lo estou tentando ir a um debate com o dito cujo em uma Radio local de maior audiência por isso pedi esta contribuição de vcs e depoimentos para me subsidiar junto com meus dados de pesquisas e análise. Valeu mesmo continuem publicando que está sendo de grande valia. Eduardo Almeida

atitude e liberdade Dyna Super Glide, ER6n, CB 400 e agora também a G 650GS moto uma paixão
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28 Jun 2012 11:11 #28 por marceloe
Respondido por marceloe no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas
Achei esta página no Facebook:

www.facebook.com/Samu192SalvaSP

Interessante! alguns relatos e fotografias de e sobre acidentes!

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28 Jun 2012 11:16 #29 por marceloe
Respondido por marceloe no tópico Re: Genocídio sobre duas rodas
Imagem do facebook de Jacqueline de Alcantara!

camiseta desenvolvida pela mesma!

www.facebook.com/photo.php?fbid=15708324...0000395460937&type=1

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28 Jun 2012 11:37 #30 por Paulo Ceará l
Alguém sabe me informar quanto custa um acidente de trânsito para o poder púlblico,estou tentando fazer um trabalho em cima de custos,e levar à prefeitura da minha cidade,e tentar convence-los a tomar algumas medidas que tornem mais seguras as ruas,principalmente a minha,que já se "tornou uma pista de corrida".
Tentar mostrar que é mais barato,ter um tráfego seguro com um mínimo de acidentes,do que investir em hospitais/médicos,para cuidar dos feridos,e também mostrar que uma pessoa inativa não produz,na verdade ficará dependente do seguro saúde,criando uma conta maior ainda.
Quem sabe mostrando o tamanho do furo no bolso,acontece alguma coisa.

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