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luizf escreveu: Continuam usando exageros, como o de comparar ladrão de frutas com ladrão de colarinho branco, isso sim é fugir do assunto!
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VinnyRun escreveu: Bem, Luiz,
Agora vem a lenha. Sei que vou apanhar de todo lado, mas lá vai.
Um dos maiores males (dentre os muitos) que a igreja cristã proporcionou à cultura ocidental advém de uma passagem singularmente semelhante à essa história: a passagem do apedrejamento de Madalena.
Nessa passagem Jesus impediu o apedrejamento de Madalena invocando os pecados dos potenciais apedrejadores. Embora por força da coerência a igreja tente dar a essa passagem a entonação de perdão, compaixão e bondade, o que o povo aprendeu, aprende e aprenderá é que não devemos acusar e fazer cumprir a lei caso tenhamos faltas também. Com isso, todas as falhas, erros, crimes da igreja são relevados e seu poder se mantém intacto ou crescente. Para a igreja é ótimo. Para o fiel é péssimo. Pois ao invés da busca da melhoria o que se obtém é a conivência com o erro alheio.
Não. Não sou a favor do apedrejamento. Mas nosso mundo seria muito melhor se as pessoas não tivessem compaixão para com o errado. Se as punições previstas em lei para um determinado erro forem muito pesadas, a lei deve ser mudada. Da mesma forma, se forem muito leves. Mas deve ser aplicada a lei. SEMPRE. Para conosco e para com os outros.
Nas culturas orientais esse efeito é menor pois existe um culto extremamente arraigado à honra. Não a essa honra de matar a mulher que te traiu, honra de botequim. À honra de buscar a perfeição, ainda que não se alcance. Nessas culturas não há compaixão para com os erros. E quem menos tem compaixão é o próprio errado, que se sente terrivelmente mal por ter manchado sua honra.
Mas se ao invés de questionarmos nossos próprios erros no momento em que se fala dos erros dos outros, questionarmos os nossos erros a cada segundo de nossas vidas, aí sim teremos um crescimento verdadeiro.
É uma questão de "timing". O momento correto de fazer uma coisa. Se você estiver na piscina de sunga, é normal, mas se estiver de sunga no casamento da sua filha, não é normal. Não é o momento.
Questionar os nossos próprios erros no momento em que se discute o erro alheio é, por qualquer lado que se olhe, uma mudança de assunto. É fugir à pergunta. É aceitar a mediocridade.
E isso que somos, como ocidentais influenciados fortemente pela igreja cristã, ainda que cristãos não sejamos, há milhares de anos ensinados a aceitar como natural: a mediocridade.
Nós, como pessoas instruídas que somos, não podemos dar continuidade a esse ciclo. Não podemos aceitar a mediocridade nem, muito menos, incentivar outros que a aceitem (mesmo que numa interpretação subjetiva de um texto).
Temos que ser duros com nossos erros. E temos também que ser duros com os erros dos outros. Só assim construiremos uma humanidade que busque o crescimento, a melhoria, a perfeição. Enquanto não quebrarmos a cultura da mediocridade estaremos condenados a uma humanidade que aceita americanos matando pelo mundo afora, que aceita muçulmanos que explodem bombas (coisa que Alah nunca recomendou), que aceita políticos que desviam dinheiro da merenda escolar, da saúde e da segurança, em que a morte de um é uma tragédia mas a morte de milhares é apenas estatística. Uma humanidade, enfim, medíocre.
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luizf escreveu: Faz parecer que tu tens resistência em reconhecer teus erros e corrigí-los. Antes de cobrar postura dos motoristas que fazem barberagens na minha frente, eu tive que rever minha postura. Esta é a proposta do tópico.
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VinnyRun escreveu: Discordo da mensagem transmitida pela historinha.
... Mudar por dentro para mudar por fora.
Muito poético. Mas tragicamente errado. É o tipo de mensagem que perpetua os maus comportamentos. Na busca de querer despertar o desejo de um bom comportamento em todos termina por pregar a não fiscalização dos erros enquanto não formos perfeitos.
É exatamente a postura que qualquer governante quer que seu povo tenha: que fique tão preocupado com os seus próprios erros que não dê importância ou não de atenção aos erros e crimes cometidos pelo governo.
Se apenas quem nunca cometeu um erro puder cobrar a correção do comportamento dos outros NADA mudará NUNCA. Pois não existe pessoa que não erre. Mas o erro de um não pode ser justificativa para o erro do outro.
Já pensou: o policial ao deter um assassino sendo interpelado: "O sr., seu guarda, nunca atravessou fora da faixa? Pois então: somos iguais. Ambos cometemos erros e o sr. não tem moral para me prender."
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