História - imagens

06 Dez 2009 18:41 #391 por Velcy
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É Harada, nossa contribuição é mais ou menos contar história pois hoje a garotada nem quer saber com "era", quer saber o que vai sereheheh.

Velcy - Cascavel
Ninja 1000ABS

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06 Dez 2009 18:47 #392 por Soueu
Respondido por Soueu no tópico História - imagens

Velcy escreveu: Recordar tbm é viver sim senhor, e como é bom lembrar do que passou, sejam elas boas recordações (melhor) ou as más (pra esquecer) pois isso é pura experiência.






O Matusa que lembrou desse

Sempre na boa / sempre de moto - Biker since 1975.

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06 Dez 2009 19:37 #393 por Harada
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Esta marca escreve uma história de quase três décadas - escreverá a sua parte brasileira?

Valorize quem promove a ética e transparência !

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07 Dez 2009 11:23 #394 por Velcy
Respondido por Velcy no tópico História - imagens
Pra que possamos "experimentar" de todas, espero que sim. Ainda não tive Kawa, devem ser boas (me esqueça Kasins...Daf...etc..) melhor ficar sem? ou não?

Velcy - Cascavel
Ninja 1000ABS

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10 Dez 2009 10:57 #395 por Correa
Respondido por Correa no tópico História - imagens
A história do pioneiro que fabricou motos no Brasil bem antes da chegada das japonesas

RIO - Naquele tempo, poucos no Brasil sabiam o que era Honda ou Yamaha... Para a garotada que curtia motocicletas, o barato era a Leonette, uma "cinquentinha" fabricada em Bonsucesso. A marca nacional, que foi coqueluche na década de 1960, hoje está praticamente esquecida. Mas os registros de sua existência resistem nas memória do fundador da empresa, Leon Herzog, e de seu filho Alex.



Para lembrar a saga da fábrica pioneira é preciso contar a vida de seu Leon, que foi atropelada pela História.

Aos 20 anos, ele era um judeu em um péssimo lugar para se estar em 1939: a Polônia. Sua família tinha uma pequena fábrica de bicicletas quando os nazistas invadiram o país. Leon e os parentes foram mandados em 1942 para o gueto que concentrava os judeus de sua cidade, Ostrowieck. Por se recusar a sair de casa, seu pai foi morto pela Gestapo.

E Leon conheceu os horrores do Holocausto: fome, trabalhos forçados, tifo, cães pastores latindo, execuções e deportações para campos de extermínio em vagões de gado.

Para fugir do gueto, Leon usou uma identidade falsa, de polonês não-judeu. E, com o nome Jan Grabowski, entrou numa frente de trabalhos forçados que o levou à Alemanha - pior lugar possível para se estar durante o regime nazista.

Na Alemanha, Leon foi trabalhar numa fazenda. Consertava máquinas, operava o trator e arava a terra. Viu bombardeios aliados e o desespero dos nazistas. E, assim, garantiu sua sobrevivência até a chegada das tropas americanas, em 1945.

- A guerra acabou e eu não tinha nenhum parente vivo na Europa - conta Leon.

Em vez de remoer o passado, ele adotou uma filosofia de vida: "Era para eu estar morto há muito tempo. Tudo o que vier daqui para a frente será lucro". O jeito foi buscar abrigo no que sobrara de sua família: os irmãos que haviam emigrado para o Brasil antes da guerra.

Aqui, encontrou guarida com o primogênito da família, Bernardo, dono da empresa de produtos químicos B. Herzog. Desta forma, Leon voltou à sua antiga atividade: montar e vender bicicletas. De uma lojinha, a coisa evoluiu para uma fábrica no Caju, em 1951. Era a Gulliver (nada a ver com a homônima empresa de brinquedos).

Na Europa do pós-guerra, havia a onda dos pequenos motores 2T para serem acoplados a bicicletas. E foi a partir de um desses motores, da francesa Lavalette, que Leon montou, no Brasil, seu primeiro ciclomotor: a Gullivette.

Nasce a L. Herzog
A produção correu bem até que, em 1957, houve um desentendimento entre os sócios da B. Herzog, e a Gulliver foi fechada. O que sobrou para Leon foi o conhecimento para montar a empresa L. Herzog.

Ele comprou uma fábrica de baldes desativada em Cavalcante e começou a fazer as bicicletas Cacique e Roadster. Numa viagem a Frankfurt, Leon foi a uma feira de negócios e adquiriu moldes usados de um ciclomotor francês fora de linha. Depois, foi preciso adaptar as prensas de baldes para estampar tanques e quadros.

Só o motor, a transmissão e os cubos de rodas seriam importados, da então Tchecoslováquia. Eram da Jawa, na época uma poderosa marca no mundo das duas rodas.

Assim, no fim de 1960, nasceu a Leonette. O nome, óbvio, era uma referência ao fundador. Já o escudinho colorido no tanque era o brasão de Luxemburgo - país de origem do sogro de Leon, que muito o ajudara na empreitada.

O primeiro modelo tinha duas marchas, com seletor no manete, e pedais para ajudar o motorzinho de 50cm³ nas subidas.

Logo, a Leonette começaria a ser modificada. Em 1965, o motor tcheco ganhou novo carburador, que já permitia manter uns 50km/h...

Como Leon tinha um equipamento para fazer os raios das rodas, não demorou a fabricar também vergalhões e outros materiais para a construção civil.

- Dava menos trabalho e era dinheiro certo - conta o filho Alex.

Novo motor em 1967
A empresa migrou para Bonsucesso e cresceu. Dobrar e laminar aço passou a ser o negócio principal. As motoquinhas, porém, vendiam como pão quente, com representantes de Manaus a Porto Alegre. A maior evolução aconteceu no fim de 1967, com o novo motor Jawa de 50cm³, de cilindro na horizontal. Além disso, tinha caixa de três marchas acionada com o pé e partida por quique. Chegava a 80km/h.

O fundador estava cada vez mais concentrado nos negócios com aço e quem tocava a divisão de motos era o espanhol Antonio Sanchez, diretor industrial da fábrica.

Em 1967, surgiu a Leonette de maior sucesso: a Sport, com tanque na mesma posição das motos modernas. E havia a bela Super Sport, com guidom baixinho, tipo Manx. O modelo Ideal, mais simples, tinha um escudo frontal.

Na época, motos de até 50cm³ podiam ser pilotadas por qualquer maior de 15 anos sem habilitação. O sucesso era tanto que havia até grupos como o Clube dos Leonetteiros, que fazia longas excursões até... o Grumari!

Os números de produção, nem os fabricantes sabem. Mas era muita coisa: a moto era exposta em diversas lojas de departamentos, como a Mesbla. Só um dos representantes em São Paulo vendia 50 por mês.

Mas, em 1968, os soviéticos invadiram a Tchecoslováquia e os ótimos contatos com a Jawa foram prejudicados.

- Pedíamos uma peça, chegava outra - lembra Leon.

Para piorar, o regime militar brasileiro endureceu, criando obstáculos aos negócios com países comunistas.Eis que um dia, em 1969, o filho de um ministro morreu em Copacabana, num ciclomotor. Quase imediatamente, os menores foram proibidos de pilotar. As vendas caíram a 1/4 do que eram.

Ao mesmo tempo, o milagre brasileiro fazia as encomendas de aço para a construção civil acelerarem, concentrando todas as atenções na L. Herzog. A pá de cal foi a invasão das motos japonesas. Era o fim da Leonette: a última, chamada Mustang M20, foi feita em 1971.

A Honda chegou a entrar em contato com Leon, para montar motocicletas no Brasil.

- Eu só faria se pudesse usar o nome Leonette. Não foi adiante - conta o empresário.

A fábrica de Bonsucesso continuou os negócios com aço e foi vendida para a Gerdau em 1992. Hoje, aos 90 anos, Leon gosta mesmo é de jogar golfe.

- Meu pai já estava de saco cheio de fazer motos - brinca Alex.

Viva e deixe viver.
INTRUDER 125, YS250, Bayou250 e Fourtrax420, GSR125, MT-09
www.youtube.com/user/Clipoteca/videos?view=0

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16 Dez 2009 10:54 #396 por MÁRIO_SÉRGIO
Alguns posts anteriores o saudoso Nivanor Bernardi foi citado e alguma curiosidade ficou no ar. Vamos corrigir isso então.

http://marios.blogs.sapo.pt/4552.html

O cara realmente foi uma lenda viva, que dava show em qualquer competição que participasse. Eu era fã de carteirinha do Nivanor, pena que nos deixou muito cedo.

Nunca ande mais rápido que seu anjo da guarda consiga voar.

Mário Sérgio - Curitiba - Pr.

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16 Dez 2009 11:20 #397 por MATUSA
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16 Dez 2009 12:06 #398 por MÁRIO_SÉRGIO
Matuza

Essa foi minha primeira moto, uma vermelhinha. O motor era um capetinha, dava 110 km/h no velocímetrom brincando e quando colocávamos gasolina verde (de aviação) aí ela encapetava de vez.

O ruim dela era a somente a má qualidade dos parafusos e porcas e também os raios das rodas que incomodavam. De resto era só alegria.

A galera das 125cc de 4 tempos não se conformavam de andar de igual para igual com uma cinquentinha.

Nunca ande mais rápido que seu anjo da guarda consiga voar.

Mário Sérgio - Curitiba - Pr.

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16 Dez 2009 12:14 #399 por MATUSA
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Detalhe: Ela vinha com cavalete central !!!!!!!!





Hoje é opcional até nas motos caras...

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16 Dez 2009 12:43 #400 por Soueu
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RD 50 foi minha primeira moto.. .

Sempre na boa / sempre de moto - Biker since 1975.

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16 Dez 2009 17:07 #401 por Correa
Respondido por Correa no tópico História - imagens

MÁRIO_SÉRGIO escreveu: Alguns posts anteriores o saudoso Nivanor Bernardi foi citado e alguma curiosidade ficou no ar. Vamos corrigir isso então. http://marios.blogs.sapo.pt/4552.html O cara realmente foi uma lenda viva, que dava show em qualquer competição que participasse. Eu era fã de carteirinha do  Nivanor, pena que nos deixou muito cedo.


Valeu mesmo Mário_Sérgio,
Ele foi meu professor em 1969, devo muito ou quase tudo que sei sobre motos a ele.
Quando somos bem "alfabetizados", o resto vai bem.
Nivanor Bernardes, " O Touro do Paraná "



Valeu mesmo.

Correa40163,7979976852

Viva e deixe viver.
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23 Dez 2009 20:17 #402 por Velcy
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Esseera fera, mas me parece que era mais com as Yamaha, e não com Agrale.

Velcy - Cascavel
Ninja 1000ABS

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23 Dez 2009 20:26 #403 por Correa
Respondido por Correa no tópico História - imagens
Velcy,
Realmente ele pilotou mais pela Yamaha, achei aqui em casa algumas revistas das décadas de 70 e 80, tentarei escaneá-las para postar aqui, achei também mais algumas estórias sobre o Nivanor.
Deixarei passas as festas e postarei-as.

Viva e deixe viver.
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25 Dez 2009 15:30 #404 por ribeiro
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Arquivo Anexo:
Arquivo Anexo:
ribeiro40172,7310763889

250 FAZER MARAVILHA

São gabriel do oeste MS

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26 Dez 2009 13:43 #405 por Velcy
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Correa escreveu: Velcy,
Realmente ele pilotou mais pela Yamaha, achei aqui em casa algumas revistas das décadas de 70 e 80, tentarei escaneá-las para postar aqui, achei também mais algumas estórias sobre o Nivanor.
Deixarei passas as festas e postarei-as.






Correa, valeu, gostaria muito de ver imagens e outros do Nivanor.


Abraço.

Velcy - Cascavel
Ninja 1000ABS

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