05/10 – De Salinas a Montes Claros/MG, faltavam apenas 220
km a percorrer. Depois de dormir bem e tomar o café da manhã com calma, montei
a bagagem na moto e engraxei a corrente. Não chovia, mas resolvi assim mesmo
colocar a capa de chuva sobre a roupa de viagem. Até sair da cidade, abastecer
e cair de fato na estrada fez um calor infernal. Entretanto, valeu a pena. Não
havia rodado 50 km quando a chuva começou a cair. Chuva fina, quase sempre.
Porém, suficiente para molhar a pista e Como já mencionei, a BR 251, que liga
M. Claros a BR 116 (Rod. Rio Bahia) passando por Salinas, é caminho para grande
parte dos caminhoneiros/carreteiros que corta o país do sul-sudeste para o
nordeste-norte. Apesar de ter presenciado algumas sérias situações de
imprudência por parte de alguns deles em ultrapassagens, devo fazer justiça. A
maioria, felizmente, é muito cordial. Neste trajeto, há longos trechos de serra
nos quais a imensa maioria dos caminhoneiros/carreteiros oferece livre-passagem
aos veículos mais rápidos, usando o acostamento e indicando na seta o momento
ideal para ultrapassagem. Também há muitos trechos com longas retas, nas quais,
a 110-115 km/h ultrapassava-os com facilidade (o que significa que estavam
muito acima dos 80-90 km/h permitidos para a categoria), excetuando os
cegonheiros e caminhões pequenos-leves que andam quase tão rápido quanto os
automóveis de passeio – estes sim, cabe registrar, representavam real perigo
por evidente excesso de velocidade: rodando a 100-115 km/h, basta piscar para
ser surpreendido pela ultrapassagem de um automóvel de passeio, não raro, em
faixa contínua, raspando o motociclista. Por isso, é fundamental ficar o tempo
todo ligado no retrovisor. A chuva, com curtos períodos de estiagem,
acompanhou-se até em casa. Como ficará claro nas imagens abaixo, a moto ficou
muito suja, até parece que eu estava rodando em estradas de chão. Motivo: há
trechos da rodovia que atravessam extensas plantações de eucalipto em que
carretas entram para carregar, passando por estradas de terra, e retornam para
a BR 251, deixando um rastro de lama vermelha. Assim, foi preciso mandar lavar
a moto para tirar o grude da viagem.
Edii2011-10-20 12:02:21