Gente, andar de moto é uma filosofia e de 125 uma filosofia a parte!
Fiz inumeras viagens nos anos 80 com minhas CGs 125 (tive 3) e uma para Santiago (Chile) que ficou no projeto pois roubaram minha flamante Turuna 83 enquanto ainda estava amaciando
São Paulo /Paraty era "pão comido" na época em que morei em Paraty, assim como Sp/Cafelândia (+ou- 420 km)
Uma vez fui de SP a Campo Grande e Aquidauana (MS), tudo com a CGsinha.
Naquela época a SP 300 Mal. Rondon não era duplicada.
Sempre levava um jogo de ferramentas, rolinho de arame, camara de ar sobressalente e remendo a frio ademais de uma pequena porém gorda bomba de encher pneu. Me aterroriza até hoje ficar na mão por um pneu furado.
O que prevalecia era o bom senso e saber o que tinha nas mãos, e dá-lhe kilometros à valente motinho.
Haviam caminhões que enchiam o saco. Estes eu deixava passar tirando a moto para o acostamento, baixava um pouco o ritmo para dar distancia a ele e bola pra frente. As 125 tem disso, ficar no vai e vem dos caminhões estilo "na descida ele aperta e na subida nois acerta". Porém "olho" pois só o ultrapassava na subida para deixá-lo muito longe para não voltar a me encher o saco na descida pois cria uma situação de risco que não é desejável nem tão pouco nescessário!
Tive uma Yamaha SR 250 SP (busquem no Google) quando morei na Espanha. Esta moto tinha uns 20 hp e eu andava com ela entre 80 e 100 km/h como uma 125 . A diferença entre ela e uma 125 é que na subida não perdia velocidade e para manter entre 80 e 100 o motor ia muito na boa entre 5 e 6 mil giros.
Com a minha atual trudinha estou muito satisfeito, não sou muito de correr e a geometria de suspensão aliada a sua posição de condução me deixa bastante comodo e confortável na moto. Na estrada não sou obrigado a ter uma condução defensiva, faço por principio e o prazer de conduzir a moto está mais que garantido, mantendo uma velocidade entre 80 e 90 km/h, poupando motor, gastando uma miséria de gasolina, numa moto muito bonita e que me custou apenas 5 mil pila
.
Sinceramente não posso me queixar que em algumas subidas ela perca muita velocidade em relação a minha antiga SR 250, mas, filosofando um pouco, sempre depois de uma subida vem uma descida, como na vida mesmo...
Se na época em que eu tinha as CGs eu tivesse uma trudinha com a minha eu iria para o Alaska...
Por tanto, não tenham receio de viajar com estas motos pois elas dão um enorme prazer e satisfação, porém com bom senso e como eu disse, sabendo o que se tem na mão.