ai...
(não, não é aí... é ái... dói!!!)...
pois é, gente... é para pensar muito mesmo. Um acidentezinho trivial, mas que poderia ter um resultado muuuito pior...
A minha experiência de 28 anos de pilotagem de moto, e de observar o comportamento dos veículos e seus condutores, não me livraram da inexperiência de um jovem, 21 anos...
A última foto é a do local, e esperei esvaziar para tirar a foto (feita hoje... o acidente foi ontem às 16:30 aproximadamente.
Fiz a brincadeira do "batí porque não bebí", porque realmente não tenho mais andado de moto quando bebo... só o quiosque escapa às vezes, mas tomando certas precauções (saudáveis, não trambicáveis). Então, ontem era um dia de folga... e eu poderia tomar algumas long-necks durante o dia. E claro que se tivesse feito isso, não teria sofrido esse acidente, especificamente.
Mas minha esposa pediu que eu a levasse a um consultório, tinha horário às 17 hs... passei o dia limpo, em branco, fui buscá-la no trabalho e vínhamos vindo. Poucos metros antes desse local tem uma saída da Anchieta, contornando um posto de gasolina. Eu vinha do trevo da Vergueiro, e ao chegar nesse posto, um carro entrou, velocidade normal, manteve-se à direita... e como sempre, fiquei recuado, creio que uns 5 metros e prestando atenção. O motorista mantinha-se estável naquele rumo. Mais ou menos onde está uma imperfeição do asfalto, no meio da foto, eu começei a girar o acelarador suavemente, pq considerei que o motorista não poderia virar mais... e esse foi o meu engano: ele ia com as duas rodas direitas aproximadamente na emenda do asfalto com os paralelepípedos... no final daquela imperfeição ele simplesmente virou para a esquerda, para entrar naquela rua. Quando ele fez isso, eu estava a uns 4 metros atrás, e ao mudar de direção a velocidade dele em relação a mim simplesmente se reduziu instantaneamente... não houve tempo para reação alguma, apesar de que na minha mente está uma inclinada meio estranha, que não sei se foi um reflexo, e que provavelmente foi o que facilitou nosso vôo para o chão, quando a moto bateu na traseira esquerda do carro... era um Gol. Do choque até o chão, lembro apenas do final de uma escorregada curta, de costas, na qual batí a parte traseira do capacete no chão, mas sem exagero de força nessa batida. Minha esposa deu uma batida com o capacete dela também, meio de lado.
Ambos nos chocamos com o solo com os quadrís. Eu não me lembro do toque no chão. Aí sentamos e ela já estava dizendo "ah não... não" e ví sangue num dedo do pé. Como eu não sabia a forma com que ela caiu, tratei de tirar da cabeça dela sairmos do meio da rua, comigo aparentava estar tudo meio sob controle, apenas suspeitando que eu tivesse quebrado um dedo na mão direita, apareçeram alguns moto-boys e já começaram a fazer um escudo para nos proteger... o motorista do carro já estava por perto... aí fica aquela bruma que parece se formar na mente da gente, e ví a moto caida no chão, com a roda traseira girando... mais gente, buzinas, aí resolví chamar eu mesmo o resgate, mais preocupado com a perna da esposa...
Foram rápidos, acho que do momento em que liguei até chegarem, deu 6 ou 7 minutos (tem uma base perto)... em algum monento eu ainda ví novamente a moto com a roda girando, mas no meio da confusão que resta na mente não lembro quando foi... aí o rapaz a levantou e levou para a calçada.
Com a chegada dos bombeiros, checaram minha esposa e viram que não tinha nada quebrado aparentemente. E levantaram-na... a seguir, me deram a mão para levantar também... aí deu uma fisgada na região lombar no lado direito e começou a doer quando tentei pisar com a perna direita no chão. Imediatamente acusei a dor, e disse que eu já tinha feito uma cirurgia de hérnia de disco, e que aquela dor me preocupou... bom, de pé mesmo me colocaram o colete para o pescoço, e encostaram a prancha nas minhas costas, e em poucos instantes me deitaram novamente e depois levaram para o carro de resgate e estacionaram mais para a frente, liberando o trânsito. Daí em diante, foi uns 40 minutos, esperando a polícia chegar, e depois fomos para o hospital.
Alguns raio-x e exame de urina para nós dois, e depois tomografia cerebral e lombar para mim... como mencionamos ter batido os capacetes, verificaram nossas cabeçinhas também...
Sei que eu fiquei mais de 5 horas deitado naquela prancha do resgate...
Depois mando mais...