Prós
A X, assim como a Lander, é uma moto leve. Seu peso aliado aos aros 17" e pneus street lhe conferem uma dirigibilidade e agilidade muito boa no trânsito. Curvas fechadas rápidas, mudanças repentinas de direção e frenagens fortes são bem legais de se fazer nessa "supermotard".
O visual, mesmo totalmente original, é um forte atrativo e por várias vezes fui questionado na rua se ela era assim de fábrica etc.
O conforto é discutível. Depende do tamanho do piloto e de sua postura, mas o banco é duro e bem cansativo se pilotada por algumas horas seguidas.
Sobre o consumo de combustível eu a considero na média ou ligeiramente melhor que outras 250cc. Fazendo alguns testes em várias situações distintas obtive dados razoáveis. O consumo variou da seguinte forma:
- Andando leve com acelerações bem graduais (até lentas, digamos assim), desligando o motor em semáforos mais demorados e engatando o neutro quando avistava um sinal vermelho: 34,6km/l;
- Andando normal sem pensar em economia, seguindo o fluxo do trânsito e mantendo uma rotação média: 29km/l;
- Andando forte com acelerações e frenagens bruscas, curvas "com emoção" e rpm sempre "da metade pra cima": 24 a 25km/l;
- Andando na pista (duplicada e tentando ao máximo acompanhar uma Z750 e uma V-Strom) com acelerador totalmente aberto quase 100% do tempo: 19km/l.
Outro ponto positivo é a facilidade de encontrar peças de reposição e seus valores. Faço as revisões em casa e o custo da manutenção é realmente baixo.
Algo que também acho interessante e digno de comentário é o painel da moto. Bem completo para uma moto pequena, com contagiros, medidor de combustível, dois odômetros parciais e um terceiro que começa a marcar assim que a moto entra na reserva. Dessa forma você sabe exatamente o quanto rodou depois que o marcador começou a piscar.
Contras
Como tudo na vida, nem tudo são flores. A X também tem seus pontos negativos e que devem ser considerados antes da compra.
Comecemos pelo acabamento dado às peças plásticas pela Yamaha. Tais peças (aletas, rabeta, farol) não possuem pintura e nem mesmo uma camada de verniz. É plástico puro mesmo e por causa disso eles riscam com uma facilidade assustadora. Dificilmente você encontrará uma Lander usada sem pequenos arranhões.
O motor poderia ter um fôlego a mais, mas a Yamaha optou por priorizar a durabilidade e a economia. Isso deixou a moto um pouco "xôxa" principalmente se levarmos em consideração o visual de supermoto.
Os freios são pouca coisa mais fracos do que deveriam. Acho que por não ser uma moto que anda forte a fabricante os deixou um pouco subdimensionados para economizar uns trocados. Resolve-se facilmente trocando as pastilhas por umas melhores e trocando os flexíveis pelos revestidos com malha de aço.
Há alguns defeitos crônicos compartilhados com sua irmã (Lander), mas que até agora não me causaram nenhum problema.