Também mandei para a Deputada este e-mail
Prezada Deputada,
Eu sinceramente, já estou aqui me sentindo como se já fizesse parte do grupo dos irmãos metralhas, com número na roupa e no boné, digo no capacete, isso em função deste projeto de lei elaborado por vossa excelência.
É uma forma de constranger o motociclista! Essa é que é a verdade. Mais uma lei sem sentido, que não se presta para os fins a que se propõe. Se a deputada, quizesse realmente ajudar os motociclistas, os motoristas, e a sociedade, deveria ao invés de partir para este expediente constrangedor, deveria isso sim,estar a exigir mais segurança.
Deveria formar uma equipe em seu gabinete, para estudar as formas, bem elaboradas para melhoria da segurança pública. Mas não!Prefere agir no varejo, de forma tópica ao sabor das circunstâncias elaborando projetos de lei que não levam a nada só constrangem.
Se a deputada pensa que motocicleta é uma arma comparável a arma de fogo, deveria então realizar um projeto, no sentido de somente o proprietário poder pilotar a motocicleta ou em contrário, com um documento autorizativo por parte do proprietário, este é o recursos que muitos países adotam com relação a viajantes não proprietários dos veículos que conduzem. MAS NEM MESMO EU ACREDITO, que este expediente iria fazer reduzir os crimes cometidos em cima das motocicletas, e isto porque, há uma brutal desproporcionalidade entre o número de motos e números de policiais para fiscalizar esta lei, e a eficácia da lei só se dá se for fiscalizada. Além do que deputada, há outro problema, que a senhora não vislumbrou, a senhora haverá de concordar comigo, que existem muitos motoristas desonestos na mesma proporção de motociclistas, nem mais nem menos, e se o motorista na impossibilidade de anotar o número do real infrator, anotar o meu? Terei eu que me explicar na justiça por algo que não fiz? Que validade judicial terá o testemunho de um motorista que muita vezes não suporta motocicleta, e ainda por cima pode nomear um "infrator"? É a primeira vez que tomo conhecimento de que motoristas foram elevados a condição de escrivães e passaram a ter fé pública!!! Regredimos para a Santa Inquisição? Onde bastava uma denúncia para ser instaurado um inquérito? A senhora percebe a extensão desta lei?
Do jeito que está este seu projeto,beneficiará apenas a indústria automobilistica que já está arrepiada com o aumento de motociclistas da classe média, que já estão usando a moto para o deslocamento do dia a dia, e que agora terá que passar pelo constrangimento de serem nomeados com o se os irmãos metralhas fossem. Por favor deputada, procure soluções que nomeie os bandidos e não o cidadão. Quem tinha números pelo corpo eram os bandidos indianos lá desenrolar do séc XVIII e XIX.
A indústria automobilistica, e aqueles que odeiam motocicletas, precisam se resignarem com o fato de que moto veio para ficar não tem volta, que moto já é parte de uma solução lógistica para as cidades cada vez mais inchadas, precisam ficarem resignados com o fato de que se a moto parar, ou dificuldades forem sendo colocadas para amenizar a ansiedade da indústria automobilística, dois setores da economia serão altamente prejudicados, a moto viabiliza nos dias de hoje, a logística do comércio e da indústria. A moto já faz parte da congestionada paisagem urbana.
Lá na página do congresso, o arguemento é de que com o número no capacete e no colete o infrator estaria identificado! Nada mais falso! Ao cometer a infração, o infrator deitando em cima do tanque de combustível faz desaparecer toda a numeração e isto sem contar com as rajadas de vento que tremulariam o colete de tal forma que seja pelo tamanho do múmero, ou pela tremulada dificilmente alguém seria identificado. Além da questão é claro da má fé do motorista que não podendo alcançar Chico, nomeia Francisco.
Atenciosamente,