06/10/2011 – UM DIA ANTES DA VIAGEM:
Revisão geral e montagem da bagagem na motoca. Foi
trocada a pastilha traseira, por precaução.
07/10/2011 – SAIDA PARA A VIAGEM:
Retardei a saída para o período da noite, para
testar a moto após a revisão, durante todo o dia. Rodar cerca de 100 km de Nova
Esperança a Terra Rica, foi também para testar andar a noite após a revisão e
com bagagem. Assim, por volta e 19.30h sai rumo ao Pantanal com minha XRE.
TRAJETO: Abasteci a moto, rodei apenas cerca de 100
km, pois a proposta não é rodar à noite. BR 376 que leva à divisa do Paraná a
São Paulo, pista em bom estado de conservação com grande movimento de veículo,
especialmente carreta e bitrens.
MOTOQUEIRO: Sem problemas.
MOTOCA: Sem problemas. Farol impecável, oferece
todas as seguranças para um pilotagem confortável e segura a noite, se
precisar.
08/10/2011 – SEGUNDO DIA DE VIAGEM:
Dormi em um Hotel em Terra Rica há 20 km da divisa
com São Paulo rumo a Mato Grosso do Sul. Também foi um tubo de ensaio. Havia
lava ao chegar no Hotel, meias, cueca, camisa usada durante o dia, coloquei os
celulares e notebook para carregar. Levantei, tomei café e 8.30 já havia
percorrido os 20 km, chegando na divisa de São Paulo para fazer a travessia de
balsa.Por conta da travessia e alguns ajustes na carga, celulares e outros,
perdi duas horas. Sai de Euclides da Cunha Paulista rumo a Campo Grande onde às
cheguei são e salvo às 17h.
Como estou com um baita sono e amanhã umas colegas da
minha prima me convidaram para um passeio de motoca em Terenos na casa de uns
amigos (motoqueiro faz amizade rápido), é melhor dormir. Depois conto como foi
o trajeto do primeiro dia.
TRAJETO: Dormi bem, tomei um banho, café e peguei
20 km de estrada de terra até a travessia do Paraná-Terra Rica para São Paulo-Euclides
da Cunha Paulista. Como já trabalhei no Posto Fiscal daquela divisa, sei os
horários e conheço bem os 20km que leva até a divisa. 8.30h estava na
travessia. É o horário que abastecem a balsa, por isso demorou cerca de1.30h
para concluir a travessia. A idéia era essa mesmo apreciar o belo visual do Rio
Paraná. Idéia quase estragada, pois começou a tocação de celulares (to levando
3 – VIVO, TIM e CLARO). Daí não conseguia falar com nenhum. Fiquei estressado.
Quase me ferro configurando os celulares e o farolzão da motoca acesa (problema
de descarregar a bateria), por sorte vi a tempo, rsrsrsrs. Configurações
feitas, orientações ao pessoal da loja, lembrei, to de férias caramba, nada de
stres, pulei encima da motoca e sumi. O trajeto de Euclides da Cunha a Nova
Andradina só não foi dos piores pela bela vista que o Rio Paraná e Hidrelétrica
Sérgio Mota proporcionam. A pista é horrível, um trânsito infernal de
caminhões. Por 4 vezes tiver que usar o acostamento ou as carretas literalmente
passam por cima, pois simplesmente vem de frente ultrapassando como se o
motoqueiro não existisse, daí, lógico, antes que o mal aconteça é melhor dar
passagem. Daí toda a atenção é pouca, pois em alguns trechos o acostamento é o
mato. Isso melhora de Nova Andradina a Campo Grande onde a pista é melhor,
embora constatei uma vergonha: placas do DNIT para tudo quanto é lado, e uma
obra vergonhosa, o recape é uma lama asfáltica que deixa a pista toda irregular
e um pintura fosca na sinalização, é uma pena. Fico pensando quanto estão
cobrando para fazer aquilo.
MOTOQUEIRO: Fiquei muito cansado, conseqüência de
rodar um trecho muito ruim. Mas, nada que umas boas paradas, alimentação
adequada e conversa com outros motoqueiros e pessoas não descem conta. Conheci
um biólogo que disse ter uma tornado e veio namorar a XRE. Ao parar para
almoçar em Casa Verde conheci um casal de motoqueiro que viajavam com uma
Virago, estavam indo para Rondônia. Na rodovia não dá outra, motoqueiro ao se
encontrar num posto, restaurante, já faz amizade rápido, é muito interessante,
se viaja de carro ninguém nem vê a gente.
MOTOCA: Sem problemas. Apenas o freio traseiro, com
a troca da pastilha está ainda meio borrachudo, pois praticamente não é usado.
Coloquei a pastilha da Falcon, paguei 30 reais. A original da XRE não tinha em
nenhuma CC, só encomenda por 80 a 95 reais. Onde pára com a moto tem que estar
pronto para prazeirosas explicações, desde crianças até idosos. Num dia, um
pediu licença para ligar para ver painel; outro pediu licença para tocar, olhar
ela mais de perto, perguntou quando custa, quanto gasta; parei para tomar água
e uma senhora, depois de babar, disse: “essa é grande, meu filho é doido por
motos assim, mas tenho medo”. Disse a ela que é só andar com segurança, com
cuidado, que os riscos diminuem. O consumo, andando na média de 100 km, bateu
em 28,51. A tarde andando em média de 115, com arrancadas fortes para
ultrapassagem e um vento lateral terrível, ficou em 24,9. Observe que, quanto
ao consumo, é fácil a XRE ir do céu ao inferno. A minha se enrolar o cabo mesmo
ela voa, mas o consumo fica na casa dos 20km.
09/10/2011 – TERCEIRO DIA DE VIAGEM:
Chegando na casa da minha tia ontem a tardezinha, a
primeira pessoa que sai foi uma colega da minha prima. Todo mundo ficou
assustado, kkkkkkkkk. Acharam que era a polícia. Desfeito o primeiro impacto e
feita as devidas apresentações ela já falou, ainda meio tímida, gostei foi da
calça. Quebrei o gelo e disse, você é motoqueira! Não deu outra, ela tem um
bros. Acertamos um passeio na casa de uns amigos dela em Terenos (40 km daqui).
Agora deixa eu ir senão fico para traz.