HELP J.DUARTE
25 Maio 2007 13:32 #8
por Jduarte
Respondido por Jduarte no tópico HELP J.DUARTE
pooositivo!...
Olá, Creck...
O carburador é muito bom. Costumo dizer que ele é "inteligente", em relação ao VM22 (o carbura mecânico).
Mas ele sofre mais a interferência do tubo condutor, e é um pouquinho mais difícil de se livrar disso. E realmente é difícil hoje em dia encontrar mecânicos que entendam bem o funcionamento dos carburadores, em geral.
O "tutorial" encontrado no tópico que o Kuila mencionou, não serve para vc... ele é para o VM22. Mas os tópicos relativos ao BS26, sim.
O bom funcionamento dele depende incialmente do nível correto da gasolina dentro da cuba. Esse nível é 4 milímetros abaixo da base do carburador, com tolerância de 0,5 mm. Mas essa tolerância, considero que seja boa quando é para mais, ou seja, até 4,5 mm. Como esses carburadores estão trabalhando com uma mistura muito rica (o consumo é um sinalizador disso), se o nível fosse 3,5 mm seria pior ainda, resultaria numa mistura mais "mal formada" o que gera mais consumo e prejudica um pouco o rendimento, além de interferir também no circuito da baixa, que é o que está com mais dificuldade no seu carburador.
Com o nível acertado, a próxima coisa a levar em consideração é o giclê piloto, o da "baixa". O original é 37,5 e não deve ser alterado. No circuito desse giclê, o parafuso de mistura (citado pelo Piccoli), está um pouco depois dele (*). Então, esse parafuso regula a quantidade de uma mistura ar/gasolina preparada pelo giclê, que pode passar enquanto o carburador estiver em repouso e o motor funcionando em marcha-lenta.
(*) aqui uma característica curiosa: a distância entre o ponto onde o giclê está, e o ponto onde essa mistura entra efetivamente para o motor (os orifícios de saída da baixa e da lenta) é um pouquinho grande, principalmente se compararmos com o mesmo circuito no carburador VM22. O giclê está por baixo do carburador... mas essas saídas internas, estão por cima. A mistura percorre uma tubulação que dá uma pequena volta pela lateral do carburador até chegar lá em cima. Isso deve dar de uns 4 a 6 cm de trajeto. Então, a aspiração estará puxando uma mistura de ar e gasolina através desses 4 a 6 cm de tubulação... qualquer anomalia nesse trajeto se transforma em perda de eficiência... uma pequena sujeirinha alojada em algum ponto dessa tubulação será capaz de interferir... e, é claro, se algo estiver atrapalhando a captação de ar na parte inicial desse circuito, também afetará o resultado.
Mas uma parte da "perda de estabilidade" na marcha-lenta aparece devido a uma das interferências do tubo sobre o funcionamento do carburador: uma pequena "golfada" de gasolina em estado líquido, que acaba parando junto da borboleta do acelerador. A borboleta não veda completamente a passagem de ar sendo aspirado para dentro do motor, é inclusive através da variação dessa entrada de ar que se estabelece a marcha-lenta. Ela fica com uma fresta, que é aumentada ou diminuida naquele parafuso da marcha-lenta, o lateral junto do cabo. Quando essa gasolina vai parar alí, a mistura resultante disso fica toda atrapalhada. Creio que na maioria das vezes, a pessoa acaba girando o parafuso da lenta, aumentando-a. Mas quando aquela gasolina se esgota, a rotação da lenta acaba ficando alta demais. E o chato é que já naquelas aceleradinhas que se dá, para ver se a lenta ficou boa, esse problema aparece.
Entretanto essa situação também não é estável
... já ví diferenças no comportamento dessa instabilidade acho que em 4 Intruder's vácuo... e nenhuma ficou com a mesma regulagem do parafuso de mistura, no fim das contas.
Bom, no geral, se vc diminuir a interferência do tubo (fazendo aquele afastamento de 3 a 4 mm), colocar a agulha com a travinha na posição central, confirmar o giclê (e a boa limpeza do circuito dele com ar comprimido), e o nível da gasolina, deverá obter melhoria no funcionamento geral do carburador.
Ainda há duas observações a serem feitas: se o pistonete está corretamente alinhado (na moto do Thales, haviam deixado o pistonete girado uns 70 a 80 graus para a direita), e se não há folga excessiva (ou o contrário) entre o pistonete e a sede dele.
Como vc pode ver, há mais de uma possibilidade para as causas do problema. Difícil acertar? nem tanto... uma observação mais atenta e coerência no raciocínio, e vc chega a uma solução, pelo menos paliativa.
Olá, Creck...
O carburador é muito bom. Costumo dizer que ele é "inteligente", em relação ao VM22 (o carbura mecânico).
Mas ele sofre mais a interferência do tubo condutor, e é um pouquinho mais difícil de se livrar disso. E realmente é difícil hoje em dia encontrar mecânicos que entendam bem o funcionamento dos carburadores, em geral.
O "tutorial" encontrado no tópico que o Kuila mencionou, não serve para vc... ele é para o VM22. Mas os tópicos relativos ao BS26, sim.
O bom funcionamento dele depende incialmente do nível correto da gasolina dentro da cuba. Esse nível é 4 milímetros abaixo da base do carburador, com tolerância de 0,5 mm. Mas essa tolerância, considero que seja boa quando é para mais, ou seja, até 4,5 mm. Como esses carburadores estão trabalhando com uma mistura muito rica (o consumo é um sinalizador disso), se o nível fosse 3,5 mm seria pior ainda, resultaria numa mistura mais "mal formada" o que gera mais consumo e prejudica um pouco o rendimento, além de interferir também no circuito da baixa, que é o que está com mais dificuldade no seu carburador.
Com o nível acertado, a próxima coisa a levar em consideração é o giclê piloto, o da "baixa". O original é 37,5 e não deve ser alterado. No circuito desse giclê, o parafuso de mistura (citado pelo Piccoli), está um pouco depois dele (*). Então, esse parafuso regula a quantidade de uma mistura ar/gasolina preparada pelo giclê, que pode passar enquanto o carburador estiver em repouso e o motor funcionando em marcha-lenta.
(*) aqui uma característica curiosa: a distância entre o ponto onde o giclê está, e o ponto onde essa mistura entra efetivamente para o motor (os orifícios de saída da baixa e da lenta) é um pouquinho grande, principalmente se compararmos com o mesmo circuito no carburador VM22. O giclê está por baixo do carburador... mas essas saídas internas, estão por cima. A mistura percorre uma tubulação que dá uma pequena volta pela lateral do carburador até chegar lá em cima. Isso deve dar de uns 4 a 6 cm de trajeto. Então, a aspiração estará puxando uma mistura de ar e gasolina através desses 4 a 6 cm de tubulação... qualquer anomalia nesse trajeto se transforma em perda de eficiência... uma pequena sujeirinha alojada em algum ponto dessa tubulação será capaz de interferir... e, é claro, se algo estiver atrapalhando a captação de ar na parte inicial desse circuito, também afetará o resultado.
Mas uma parte da "perda de estabilidade" na marcha-lenta aparece devido a uma das interferências do tubo sobre o funcionamento do carburador: uma pequena "golfada" de gasolina em estado líquido, que acaba parando junto da borboleta do acelerador. A borboleta não veda completamente a passagem de ar sendo aspirado para dentro do motor, é inclusive através da variação dessa entrada de ar que se estabelece a marcha-lenta. Ela fica com uma fresta, que é aumentada ou diminuida naquele parafuso da marcha-lenta, o lateral junto do cabo. Quando essa gasolina vai parar alí, a mistura resultante disso fica toda atrapalhada. Creio que na maioria das vezes, a pessoa acaba girando o parafuso da lenta, aumentando-a. Mas quando aquela gasolina se esgota, a rotação da lenta acaba ficando alta demais. E o chato é que já naquelas aceleradinhas que se dá, para ver se a lenta ficou boa, esse problema aparece.
Entretanto essa situação também não é estável
Bom, no geral, se vc diminuir a interferência do tubo (fazendo aquele afastamento de 3 a 4 mm), colocar a agulha com a travinha na posição central, confirmar o giclê (e a boa limpeza do circuito dele com ar comprimido), e o nível da gasolina, deverá obter melhoria no funcionamento geral do carburador.
Ainda há duas observações a serem feitas: se o pistonete está corretamente alinhado (na moto do Thales, haviam deixado o pistonete girado uns 70 a 80 graus para a direita), e se não há folga excessiva (ou o contrário) entre o pistonete e a sede dele.
Como vc pode ver, há mais de uma possibilidade para as causas do problema. Difícil acertar? nem tanto... uma observação mais atenta e coerência no raciocínio, e vc chega a uma solução, pelo menos paliativa.
25 Abr 2008 21:15 #13
por mr_fahrrad
Recordar é viver!
Cara, parece eu escrevendo isso!
sempre que mexeram no carburador da minha, tive esses problemas aí da moto morrer ou ficar com a lenta muito alta!
Da última revisão ficou tão ruim(excesso de gasolina) que ela morria e demorava a pegar (vela encharcada?)
Afastamento do tubo, afastamento da caixa de ar, parafuso de mistura em 3 voltas e limpeza do filtro de ar fizeram a moto voltar a ser como antes!
Eu já desisiti de levar a moto em mecânica, faltamente vou ter que levar algum dia (não tenho conhecimento nem ferramentas pra fazer tudo) mas agora já sei, vou levar para a revisão numa sexta feira, assim pego e eu mesmo regulo ela sábado... tive que andar uma semana com a moto desregulada e morrendo pois não tinha tempo para mexer
Anterior: Intruder 04 (poderosa)
Atual: Fazer 07 vermelha (Poderosa II)
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Respondido por mr_fahrrad no tópico HELP J.DUARTE
creckboy escreveu: J.Duarte, como mago dos carburadores das Suzy me ajuda nessa:
Minha Intruder 2004 portanto com carburador a vácuo acaba de retornar de uma revisão e toda vez que ela vai para a revisão independente de minhas opções de autorizadas ( Já mudei duas vezes devido a isso ) ou volta morrendo ou fica com o giro elevado ao acelerar a moto parece que o motor agarra nos 3000RPM e após um tempo volta a marcha lenta normal.
Não adianta levar a autorizada de volta como fiz já por duas vezes pois ou é oito ou oitenta ( ou fica muito lenta e morre ou agarra a aceleração por um curto período na faixa dos 3000RPM e depois cai para o normal )
E olha que desta vez trocaram o diafragma a agulha difusora e o coletor de admissão ou seja as peças do carburador estão novas.
Ressalto que desde zero Km ela apresenta este problema que por sinal esqueci de mencionar a medida que vou rodando a moto volta ao normal ou seja só acontece quando sai da oficina e "regulam válvulas e carburação" parece que quando desrregula fica uma beleza.
Pergunto:
ISTO É UMA CARACTERISTICA DO CARBURADOR A VÁCUO COMO JÁ DISSERAM DOIS MECÂNICOS DE DUAS AUTORIZADAS DISTINTAS DA SUZUKI OU É FALTA DE COMPETÊNCIA DOS MECÂNICOS NESTAS REGULAGENS, E MAIS MINHA MOTO NUNCA FEZ MAIS QUE 28KM POR LITRO NESTES 44000 KM RODADOS É NORMAL PARA O BS 26 A VÁCUO OU TENHO SÉRIOS PROBLEMAS DE OFICINAS AUTORIZADAS COMPETENTES EM BELO HORIZONTE.
Recordar é viver!
Cara, parece eu escrevendo isso!
Da última revisão ficou tão ruim(excesso de gasolina) que ela morria e demorava a pegar (vela encharcada?)
Afastamento do tubo, afastamento da caixa de ar, parafuso de mistura em 3 voltas e limpeza do filtro de ar fizeram a moto voltar a ser como antes!
Eu já desisiti de levar a moto em mecânica, faltamente vou ter que levar algum dia (não tenho conhecimento nem ferramentas pra fazer tudo) mas agora já sei, vou levar para a revisão numa sexta feira, assim pego e eu mesmo regulo ela sábado... tive que andar uma semana com a moto desregulada e morrendo pois não tinha tempo para mexer
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