Como alguns amigos já sabem - e postei aqui no Fórum (
comunidade.motonline.com.br/forum/off-to...inha-cilindrada.html
), depois de 21 felizes meses com a Kawasaki ER-6N ABS 2011 laranja, agora sou o feliz dono de uma Suzuki GSX1250FA. Quer dizer, sou dono de uma parte dela, o banco é dono de outra parte :)
De qualquer forma, vim aqui pra dizer aos bravos amigos motonliners o porquê da troca e as primeiras impressões de dono.
Segui a escadinha das cilindradas, que no meu caso só teve três degraus: Fazer 250 -> ER-6N -> GSX1250FA. Só faz 3 anos que tenho habilitação de moto, mas depois que a tirei, praticamente não andei de carro mais, só mesmo quando precisei levar a família toda (e ainda assim, terceirizo ao máximo a direção para a esposa). A motivação inicial para andar de moto foi fugir dos engarrafamentos, mas depois que comecei a andar no dia-a-dia, descobri no motociclismo uma grande paixão. Com a Fazer aprendi a me portar no trânsito diário, e com a ER-6N fui "estragado" pela segurança -- tanto no sentido de ser mais fácil de evitar acidentes quanto de transmitir confiabilidade -- de uma máquina mais potente e mais tecnológica (mas não maior), e encontrei o gosto de viajar de moto.
Como só tenho condição financeira e espaço físico para ter uma única moto, comecei a pensar em um modelo mais potente e mais confortável para servir tanto ao propósito de transporte diário quanto para passeios curtos e viagens longas com bagagem e garupa. A Tiger 800 seria uma opção interessante, e em uma faixa de preço ao meu alcance (na época que eu estava namorando), mas como a maioria das big e maxi-trails, muito grandalhona para o trânsito diário, que é onde vai ser a maior parte do meu uso. A Ninja 1000, além de ser muito cara, tem posição de pilotagem inclinada, pouco adequada às viagens longas. A Honda CB1000 também é muito cara para mim, além de inconveniente para as bagagens (sem jeito de colocar baú ou afastadores de alforges). A Yamaha não tem nada que se aproxime da minha necessidade (ou seria desejo?) nessa faixa de preço.
Assim, comecei a olhar os oferecimentos do Jão Toledo. Tinham a Bandit 650 e a Bandit 1250. Ora, na faixa de 600 cc, eu já tinha minha ER-6N, então a 650 não me interessou. Mas a 1250 era muito bacana: motor grande, moto relativamente pequena (com certeza menor que as mid/big/maxi trails), ou seja, boa para o trânsito urbano, e com uma versão com um pára-brisa e uma pequena carenagem. E o preço, imbatível. Só faltava uma coisa, que manteve meus ossos inteiros e meu couro em cima deles, onde deveria estar mesmo: o ABS. No resto do mundo, me parece que as Bandits têm pelo menos a opção de freios ABS desde 1998. Aqui no Brasil, há cerca de um ano nos foi prometido que teríamos este ano a Bandit 1250S ABS, mas até agora - setembro de 2015 -, nada. Só que percebi que eles têm uma Bandit 1250 com ABS sim, embora a Suzuki, por alguma razão, não chame essa moto de Bandit, mas pelo muito mais fácil de pronunciar nome GSX1250FA. Tem motor de Bandit, quadro de Bandit, dimensões e peso de Bandit. As únicas diferenças, pelo que pude apurar, são o freio com ABS, o painel mais modernoso (confesso que gosto mais do painel
"tradicional" das Bandits), o farol e a carenagem integral.
Agora em setembro, com as mudanças e incertezas da economia, me decidi por assegurar o negócio trocando a ER-6N pela Bandit carenada, e pegando junto uma bela "briba", em vez de esperar a boa vontade do J. Tolento em lançar a 1250S ABS por aqui.
Negócio fechado, papelada arrumada, hora de me despedir da ER-6N e tirar a Bandit carenada da concessionária. Primeiro estranhamento: os espelhos e o farol não se mexem com o guidão, como eu estava acostumado; são fixos na moto. Fui até o posto abastecer e dar um tempo para o trânsito se aliviar. Aí fui pra casa.
Véi... VÉÉÉÉI, QUE MARAVILHA DE MOTO! Apesar do estado de semi-pânico em que eu estava, já consegui aproveitar a suavidade do motor, a "cremosidade", se é que posso chamar assim, da entrega de potência, a estabilidade (talvez por causa do peso) e a agilidade (talvez apesar do peso). O som é grave, mas como o resto da moto, suave, baixo, não vai incomodar em viagens. Do pouco que andei com ela, já pude notar a excelente ciclística, deita que é uma beleza, e volta com segurança.
Hoje completei o segundo tanque e deu pra fazer uma primeira medição de consumo: entraram 15,35 litros, para 217,7 km rodados. Média de 14,18 km/l, só na cidade. Acredito que esteja dentro da média para essa moto, ainda mais com o motor em amaciamento ainda, e espero que isso vá melhorando aos poucos.
Por enquanto, é isso, pessoal. Se alguém quiser saber mais, é só perguntar.
Abraços!