Honda aposta na injeção eletronica para a linha 2009: CG, Bros, Tornado e Twister ficarão mais econômicas no consumo de gasolina, e caras para compra.
Motor mais eficiente, econômico e amigo da natureza. Assim a honda pretende divulgar os beneficios da injeção eletrônica para o consumidor de motos de baixa cilindrada como a CG 150, que em 2009 contará com o sistema PGM-FI. A novidade, no entanto, virá acompanhada de aumentos nos preços. Esta decisão, às vésperas da nova legislação de emissões, foi estratégica: enquanto a concorrência (que é cada vez maior) se mobiliza para manter o carburador e não elevar preços, a honda preferiu se diferenciar.
Com essa aposta, e a ajuda de uma ampla campanha publicitaria para convencer o consumidor a pagar mais pelas motos, repete a estratégia já adotada em paises asiáticos como a Tailândia, cujo mercado é dominado por motos de baixa cilindrada. Mais que repetir o que já foi feito em outros países de terceiro mundo, a Honda provavelmente olhou para trás e estudou a história recente da industria brasileira de automóveis. Quinze anos atrás, para ser mais específico, quando as fabricas tiveram de decidir se instalariam a injeção eletrônica ou manteriam o carburador com catalisador nos carros de passeio mais populares. Naquela época, quem preferiu economizar se deu mal: o consumidor provou pelos números de vendas que dava preferência à injeção eletrônica, e quem manteve o carburador teve de correr atrás do prejuízo injetando os motores nos anos seguintes.
DUAS RODAS apurou que a equipe de desenvolvimento da Honda trabalhou nos últimos meses com o objetivo de calibrar a injeção eletrônica para modificar o minimo possivel os motores existentes. Isso significa que as motos da linha 2009 sofrerão duas mudanças principais aos olhos do consumidor, gastarão menos combustivel mantendo potência e torque semelhantes, e aposentarão de vez o afogador.
Na tailândia, caso que parece ter inspirado a iniciativa da Honda brasileira, a marca investiu numa campanha com o mote "injeção para todos", apesar de ainda manter parte da linha carburada. Deu certo, e por lá agregou simpatia à marca. Tudo planejado, já que há mais de uma decada a Honda trabalha para associar a imagem de pioneirismo tecnológico à responsabilidade ambiental. Se o resultado de injetar a campeã de vendas for o mesmo alcaçado na Tailândia, a marca se posicionará num patamar superior e deixará as chinesas brigando por preço. À Yamaha e outras marcas tradicionais, restará escolher com quem competir.
Fonte: Revista DUAS RODAS nº 396 setembro/08
não alterei nem uma virgula do texto original, e não escaneei pq não tenho scaner!
que acham?!