Viagem 2017 - Mais de 12 mil KM de Monster Garupado (De ducati rumo ao SUL 2)

22 Ago 2017 15:41 - 22 Ago 2017 17:39 #1 por THIAGO_TAVARES
Fotos - drive.google.com/drive/folders/0B8KUOKKPqSXDTU1PbDB2S0YzbG8

Ao contrário da primeira viagem ( www.motonline.com.br/noticia/de-ducati-rumo-ao-sul/ ) que foi a extensão do plano de uma viagem menor, essa foi realmente planejada, desde 2008 eu quero fazer o trajeto até Ushuaia, o plano original era ir de GS500 mas por alguns acontecimentos acabei conseguindo comprar a minha tão sonhada Ducati em 2011, e essa viagem que estava sendo planejada para 2012 voltou para a gaveta por tempo indeterminado pois agora eu tinha uma moto nova para pagar e não sentia na Duca a mesma confiança que tinha na GS para rodar uma distância tão longa devido ao conforto e custo de manutenção.

Com o tempo aprendi (fui forçado pelo grupo “Rizzo”) a fazer manutenção na moto e e acabei me virando com as peças, o que fez com que a desculpa da manutenção morresse.

Ai em 2013 a viagem que seria até a SRR e acabou sendo até Buenos Aires, provou que com poucos ajustes para aumentar o conforto e autonomia seria possível ir de Duca até Ushuaia.

De 2013 até hoje fiz mais dois passeios até a SRR onde testei alguns ajustes, e defini o que seria necessário alterar na moto, agora finalmente depois de 8 anos querendo fazer a viagem ela voltou para o planejamento, e nos últimos anos com a Ducati no Brasil vendendo mais e incentivando a galera a rodar, acabei conhecendo um jornalista que rodou para todo o lado de Ducati sem maiores problemas, o que me incentivou ainda mais a fazer a viagem, o único detalhe é que ele vai de Multistrada e sem garupa, mas ai eu dou meus pulos para fazer o mesmo com minha monstra.



Nesse relato vou descrever tudo o que foi feito para que a viagem acontecesse, apresentação de piloto e garupa, planejamento, preparação da motocicleta, um resumo geral dos gastos exclusivos da Viagem (Gasolina, manutenção decorrente da viagem, hospedagem, alimentação e lazer), não vou inserir custos equipamentos de proteção e extras como acessórios e eletrônicos que serão uteis para qualquer viagem, além do diário de bordo igual fiz na viagem anterior.





Apresentação Piloto e Garupa



Piloto - Meu nome é Thiago tenho 30 anos pouco mais de 10 de carta, possuo motos desde 2006 quando tirei minha primeira carta, em pouco mais de 10 anos tive 6 motos, duas CBX250 Twister, Tenere 250, Burgman 125, GS500 e Ducati Monster 1100S, não possuo carro e moto é meu único meio de transporte e lazer, com as motos somadas rodei aproximadamente 220.000km.



Garupeira - Danielle tem 26 anos é minha Garupeira oficial estamos juntos desde antes de eu comprar minha primeira moto, e pelo menos em metade dessa KM ela esteve em minha garupa e em 100% das viagens, também é habilitada para pilotar motos, surrupiou minha Burgman 125, após 2 anos fez um upgrade para uma Fazer 250, e se tudo correr bem pilotará a Ducati em parte do percurso.



Primeiros passos planejar a viagem:

Definir datas e orçamento
Definir o roteiro
Equipamentos de proteção
Preparação da moto
Extras




Datas e Orçamento

Datas, igual a maioria da galera que vai ao extremo sul, a viagem será no verão, pois no inverno para minha moto e com garupa a viagem seria impraticável, no primeiro dia do ano estaremos na estrada e se tudo correr como planejado estamos de volta em casa próximo ao final de janeiro.

Orçamento, acabamos de nos mudar ainda não terminamos de montar toda a casa, então dinheiro é um problema, reservamos o 13º e o bônus de final de ano para a viagem, assim não sacrificamos com o passeio o orçamento mensal que já é apertado.



Roteiro

Ponto crítico, todos sabem que é só seguir sempre ao sul que uma hora chego em Ushuaia, mas onde parar e por qual caminho seguir.

Definimos um roteiro composto quase que 100% por vias pavimentada (por motivos óbvios), partida de Guarulhos com paradas em SC e RS, vamos entrar na Argentina pela fronteira de Uruguaiana e de la seguir para Buenos Aires, a partir desse ponto é Ruta 3 até a Terra do Fogo, na volta passaremos em Foz e Londrina.

Um ponto extremamente importante nessa viagem foi o orçamento, eu gostaria de rodar entre 400 e 500kms por dia, parar em alguma cidade e aproveitar o resto do dia, mas isso geraria um impacto considerável no orçamento, pois são mais dias de viagem, refeição e hotel.

Outro ponto foi que lugar para dormir tem que ser limpo e confortável, nada de acampar (eu toparia), e nem seguir para uma cidade tem já ter local para ficar, arriscar ficar sem hospedagem em local frio no meio do nada não rola quando se está com garupa.

O roteiro fechado foi o seguinte:

Ida: Guarulhos, Palhoça, Porto Alegre, Uruguaiana, Buenos Aires, Bahia Blanca, Comodoro Rivadavia, Rio Gallegos, Ushuaia.

Volta: Rio Gallegos, Comodoro Rivadavia, Bahia Blanca, Buenos Aires, Passo de Los Libres, Foz, Londrina, Guarulhos.

Chegamos a montar um roteiro com mais paradas e trechos menores por dia, para que um casal de amigos pudesse nos acompanhar, ai iriamos em duas motos 250cc, o que faria com que gastássemos menos com gasolina e manutenção, mas teríamos um gasto maior com hotéis e alimentação devido ao maior número de dias, a dificuldade em ir em motos menores é que a velocidade cruzeiro seria menor pois nas 250 carregados, teríamos que manter sempre velocidade abaixo de 80 ou 90km/h, os motorzinhos sofrem quando carregados, mas por haver outras prioridades nossos amigos acabaram cancelando a ida próximo ao final do ano, e voltamos para o plano original e de equipar a Ducati e reduzir o número de dias de viagem.

Para caber no orçamento, utilizamos pontos da rede de hotéis Accor que a Dani acumulou trabalhando fora da base, assim nas cidades de hospedagem mais cara nessa época Buenos Aires e Foz, nós só pagaremos o estacionamento, o hotel será de graça, em Londrina ficarei hospedado na casa de um tio, e em Palhoça ficarei na casa de um amigo.

São vários trechos longos, como já estamos acostumados a passar mais de 10hrs em cima da moto não temos problema com isso, o único agravante será o frio mesmo, conseguimos encaixar uma visita ao Glacial Perito Moreno no meio do roteiro, pois ir até lá e não visitar o glacial seria F.O.D.A., chagaremos um dia em Rio Gallegos e vamos descansar, no dia seguinte bem cedo com metade da carga na moto iremos para El Calafate, são 380km se andarmos abaixo da velocidade da via chegaremos em 5hrs, almoçamos por lá, visitamos o glacial, descansamos um pouco e ai são mais 380km na volta até Rio Gallegos, pela pesquisa e relatos o trecho é todo de asfalto e de boa qualidade o que ajuda a manter uma velocidade de cruzeiro razoável considerando as condições como vento e frio.

Após essa visita será o grande dia, entrada na ilha, passagem pelo pior trecho de todos, os pouco km de ripio dentro do território Chileno (há relatos que já estão asfaltando mas conto com o pior), e chegada na cidade de Ushuaia o “Fim do Mundo”.

Novamente por causa do orçamento será somente um dia para escolher um dos inúmeros pontos para visar, lavar todas as roupas e descansar para a viagem de volta. (o único ponto bom de não ter mais tempo para visitar tudo que tem na cidade é que assim tenho motivo para voltar lá de moto pela “Ruta 40” no futuro, quem sabe em “De Ducati Rumo ao SUL 3” ou 4)





Equipamentos de Proteção



Preparar equipamento de proteção, primeiro verificamos nosso equipamento para saber se era possível encarar toda a viagem e o frio com o que já temos.

Como utilizamos botas, luvas e jaquetas todos os dias, os que foram utilizados na viagem anterior já não estão mais em condição de encarar o role, pois não seguram mais nem garoa, e apresentam um desgaste excessivo.

Decidimos montar um kit novo, desde o início do ano começamos a pesquisar e fomos comprando conforme conseguíamos, um equipamento bom a um preço e condição melhor de pagamento, fechamos com kit impermeável completo para os dois jaquetas e calças da Revit (comprados em momentos diferentes), duas botas novas: uma Alpine para a garupa e uma Forma para mim, ambas impermeáveis.

Para o frio, além do forro dos equipamentos que para mim já muito quente, mas para a garupa deixa a desejar, investimos e conjuntos de segunda pele, fomos em uma loja de esportes pegamos dois conjuntos médios daqueles utilizados em caminhadas/montanhas e dois conjuntos grossos modelos utilizados por esquiadores, pois além do frio tem o agravante vento em cima da moto. (Acho que só vou usar lá no extremo sul, e quando subir a cordilheira para o Atacama, a garupa acredito que utilize mais vezes o dela)

No caso das luvas seguiremos com as que já temos, pois luvas impermeáveis boas são muito caras e não mantem a impermeabilidade por muito tempo, a impermeável da garupa ainda está boa, então só uma segunda pele por baixo já aquece o suficiente. Já no meu caso a minha luva impermeável não segura mais água da chuva, então vou com a de couro normal com kit chuva/inverno, nos trechos frios ou de chuva coloco a luva de couro sobre uma luva de borracha que por sua vez tem a luva de inverno por dentro. (Não consigo vestir a impermeável sobre a luva de borracha se não também iria com ela)

Capacetes e protetores de coluna seguem os mesmos que já usamos, pois estão bons e não vale a pena investir em novos.

Além das roupas impermeáveis vamos levar também as famosas capas de PVC Alba, pois não tem jeito se pegarmos chuvas torrenciais (probabilidade entre SP e PR), não tem equipamento que segure, então quanto mais camadas melhor, assim retarda a agua e dá tempo de sair da chuva.

Cheguei a cogitar até mesmo um protetor cervical daquele de espuma da EVS, mas o custo é muito alto pelo que é, e até hoje não me fez falta espero que não faça nessa viagem, na verdade espero não precisar testar a eficiência de nenhum dos equipamentos selecionados, mas por via das dúvidas vamos utiliza-los e são todos muito bons.



Preparação da moto




O mais difícil é preparar a moto para a viagem, ela foi projetada para uso urbano ou as estradas sinuosas com asfalto bom que ligam umas cidades as outras, o modelo da minha moto não é conhecido por ser aventureiro, a moto da marca para isso é a MultiStrada ou HyperStrada e mais recentemente a crossover Scrambler, ela não foi feita para longos trechos que podem conter asfalto ruim, terra batida, ripio, sal e etc., porém é a moto que tenho e gosto, com isso tem uma lista de itens que devem ser ajustados.



Conforto

Nos últimos passeios minha garupa reclamou do banco que era pequeno, o que é verdade esse até foi um dos pontos que a Ducati melhorou e usou como propaganda na nova linha, então um dos pontos importantes foi modificar o banco para deixa-lo mais macio e largo, serviço efetuado pelo Pedrinho Bancos.

Ponto importante sofri constantemente com o aquecimento excessivo entre as pernas devido a posição do escape, por isso em 2015 modifiquei o escapamento dela para um lateral (Original Ducati do modelo Evo), porém tive um problema: como mantive o bacalhau na moto e fabriquei os tubos artesanalmente esse ficou mais baixo do que na Monster Evo original então estava me limitando em curvas para a direita. Com isso em 2015 comecei a pesquisar fora do país valores de peças e consegui importar por um preço justo os frames, pedaleiras, e tubos originais (Mesmo com os impostos que não foram baratos ainda valeu a pena).

Agora no meio de 2016 devido à proximidade da viagem consegui tempo em alguns finais de semana com a ajuda de um dos meus tios e meu pai desmontei a moto e montei todas as peças novas, tive que efetuar algumas mudanças como caminho da linha de freio traseira, posição do reservatório, tamanho do abo da sonda lambda, mas foi tudo sendo resolvido aos poucos.

Montado a minha posição de pilotagem melhorou um pouco, a posição da garupa melhorou muito pois a pedaleira nova é 2cm mais baixa, que com os 6cm a mais no banco ajudaram a mudar o angulo da perna na moto, e não me limita mais nas curvas pois a curva do escape ficou 2cm mais alta.



Segurança para Tombos

No último passeio quebrei o manente da moto em um tombo besta quase parado, por sorte foi somente a ponta que foi feita para isso, mas poderia ter terminado a viagem ali se o dano tivesse sido maior, então dessa vez resolvi não arriscar, pesquisei bastante por protetores de mão com alma, mas devido ao formato do burrinho e tamanho do manete nenhum dos que encontrei no mercado encaixam na moto, nem mesmo os originais das outras Ducatis, resolvi comprar um Protork que é resistente e não tão caro como os outros e o modifiquei, cortei a parte que trava no meio do guidão deixando igual a um modelo de outra marca, e modifiquei um pouco a curva para dar a volta no manete, depois de testado só pintar e fazer a montagem final.

Um item importante nas motos de viagem é protetor de motor, pois as vezes em um tombo besta o óleo fica na estrada ou em uma pedra e a viagem acaba, não existe nenhum no mercado que sirva em minha moto, encontrei alguns para a Multistrada, mas para a Monster não, depois de muita busca desisti e resolvi desenhar e fabricar o meu protetor, tive várias ideias mas nenhuma delas parecia ser viável, até que por acaso encontrei em um site yank um protetor de motor para a Scrambler, que tem o motor baseado na minha moto e o sistema de escape baseados no da minha moto, nesse modelo tinham resolvido o problema que eu ainda não havia solucionado no meu desenho, então com a ideia finalizada foi só fabricar, esse trabalho deixei a cargo do Artesão em Guarulhos ele já é conhecido no grupo da tenere por efetuar um bom trabalho e resolvi arriscar, o resultado final na minha opinião ficou melhor que o esperado, e o lado bom foi o preço, não fui cobrado pela moto que tenho e sim pelo trabalho que deu para fazer a peça.

Algo que minha moto necessita é um amortecedor de direção, todos meus colegas que já andaram confirmaram que a frente é leve, começa mais uma pesquisa, Gubellini, Ohlins, PGR, MaxRacing, todos tem modelos para minha moto mas sempre acima de valores que eu possa pagar, depois de muita pesquisa achei um modelo chinês que é cópia do gubellini antigo, a vantagem desse modelo é que ele não é blindado então eu posso abrir trocar retentores e óleo caso ache/ou seja necessário, amortecedor comprado agora preciso do suporte, igual sempre vou no modo “Do It Your Self”, pesquisei vários tipos de suportes utilizados no modelo da minha moto, fiz um projeto com um catado desses modelos diferentes, comprei pedaços de alumínio para fabricação de peças automotivas, peguei a esmerilhadeira do meu tio emprestada e com muita paciência fiz o suporte, para um dos pedaços tive a ajuda de outro tio na utilização do torno para parte das peças, dps de tudo pronto e testado reparei que não era 100% firme, tem um certo movimento, encontrei a diferença do meu para os vendidos no mercado, o meu cada parte é uma peça diferente enquanto nos modelos de mercado são fabricados de uma só peça ou são soldados, então recorri ao Santesso (Garagem RDN) para soldar as partes do suporte, e já fazer uma pintura eletrostática no acabamento.



Carga

Preparação para carga, já possuo o conjunto de baús GIVI 46l o traseiro e 21 cada um lateral, além de uma mala de tanque para as coisas menores que precisam estar a mão, nesse item somente instalei uma grelha acima do baú traseiro para prender capas de chuvas ou alguma coisa leve que tenha volume e não caiba no baú, e tive que ajustar o suporte dos baús laterais para fixar corretamente o apoio na pedaleira nova, serviço esse efetuado pelo artesão também.



Autonomia

Outro ponto que inviabiliza a viagem com o modelo da minha moto é autonomia, carregado pode ficar abaixo de 250km com o tanque, com vento contra na Patagônia isso pode ser ainda menor, como em vi vários relatos de viagens colegas que passaram por apuros pois postos estavam fechados ou sem gasolina, resolvi que seria necessário um galão de gasolina extra para o caso de alguma emergência. Nesse ponto tive um problema grande, minha moto não foi feita para isso, já estou com o peso na traseira dela quase que no limite recomendado, gasolina seriam mais uns quilos extras, com o problema nas mãos começa a pesquisa, encontrei vários modelos de recipientes desde galões daqueles que carregam nos porta-malas nos carros para buscar gasolina em emergências até garrafas que parecem extintores. Um problema é que no Brasil só se pode transportar gasolina em recipientes certificados pelo Inmetro (O que é bom pois exige uma segurança mínima, e ruim pois como pouca gente utiliza isso os melhores recipientes certificados internacionalmente não tem representantes oficiais no Brasil portanto não tem certificação), tentei ver os modelos a gili, mas não achei nenhum tanque que pudesse ser fixado em minha moto, a não ser um modelo que vai em cima do banco, que poderia ser utilizado acima do baú (mas cai no problema do peso), encontrei uns modelos menores que são certificados e que poderiam ser fixados na frente da moto com a fabricação de um suporte, mas custavam caro e a qualidade é aquém do desejado, chegam a ser flexíveis então uma pedra que vier de encontro na estrada pode fura-los. No final decidi pelos galões da rotopax que são reconhecidos internacionalmente por serem resistentes, e tem um modelo menor especifico para moto (infelizmente ainda não são certificados pelo inmetro, então não posso carregar gasolina neles em território nacional, o que não é problema já que o único trecho onde precisarei de combustível extra é no extremo sul da argentina).

Com os galões em mãos tive outro problema, não existe suporte para a minha moto, eles têm uma trava especifica para o galão, que por sua vez deve ser parafusada na lataria do veículo ou em algum suporte, e lá vamos nós novamente fabricar mais uma peça, projetei meu suporte para travar nas barras mais grossas do quadro da moto, fui atrás do material em uma empresa que vende retalho de aço, chegando lá por sorte o dono é um motociclista super gente fina e me forneceu o pedaço do material necessário para fabricação, com tudo em mãos fui até a Garagem RDN do meu amigo Santesso, onde pude utilizar as ferramentas dele para fabricar o suporte, com a ajuda do Santesso achei a posição ideia para os tanques onde não pegaria em minha perna, finalizei o projeto e parti para a fabricação, depois de tudo pronto me deparei com outro problema, ao esterçar totalmente a moto as setas da Monster que são grandes batiam nos tanques, nesse momento o Andre me lembrou do limitador de esterço da moto, ai foi só ajustar menos 4mm de cada lado e tudo certo, problema da autonomia resolvido.

Dica importante para quem pretende utilizar galões de gasolina é, procure modelos com o bico ante derramamento (Ant-Spill), isso vai evitar que você derrube gasolina no motor quente da moto e cause um incêndio ou que derrame gasolina na lataria da moto ou carro e acabe manchando a pintura.



Elétrica

Já tem alguns anos que instalei dois faróis de milhas em minha moto, os dois sempre ficaram presos em uma das barras da treliça do quadro, mas agora devido à instalação dos tanques de combustível foi necessário reposiciona-los no protetor de motor, por sorte quando fiz a primeira instalação utilizei conectores de qualidade e deixei o chicote um tamanho bom, foi necessário somente desconectar os plugs, reposicionar os milhas passar o fio pelo novo caminho e montar tudo.

Como os milhas ficam ligados onde antes ficava alampada pingo do painel farol, esse é um ponto de energia com 12v, o necessário para ligar o GPS, já comprei mais um conjunto de conectores, e instalei um plug na moto, que agora conta com uma tomada para o GPS, sem atrapalhar na moto.

Pretendia instalar uma extensão da luz de freio na lente do baú, mas o kit próprio para isso é muito caro, e as outras soluções não ficariam muito boas com o tempo que tenho disponível.



Geral

Devido a KM da minha moto chegou a hora de fazer uma revisão geral e trocar algumas peças, dois serviços eu não tenho as ferramentas especiais para efetuar, troca das correias, e regulagem da folga do comando, como o custo de mão de obra somente desses dois serviços é quase o mesmo da revisão de 24k quem tem os serviços, resolvi deixar a moto na Target Motos para efetuar a revisão equivalente a dos 24k, removi os itens que já efetuei, e alguns que vou fazer depois como a troca de óleo, como removi alguns serviços isso baixou o custo o que cobriu outros não previstos.

Resumo de tudo que foi efetuado na oficina:

Troca de correia

Regulagem de folga do comando

Limpeza do corpo de injeção

Troca da caixa de direção

Lavagem (a quinta lavagem da vida da moto..kkk)

Troca de guias da correia

Reset da manutenção do painel (estava acesso desde os 1000km)

Regulagem e lubrificação geral

Serviços que efetuei em casa:

Troca de fluidos de freio e embreagem (dot 5.1)

Troca de Pastilhas Dianteira – Brembo trocada por precaução porque as patilhas originais ainda estavam boas mesmo a moto tendo 36k rodado.

Troca da pastilha traseira – EBC HH, já é a segunda vez que troco.

Troca de óleo do motor – Motul 7100 3,5L (A cada 12 mil, será trocado assim que voltar)

Troca de Filtro de óleo – K&N

Reaperto Geral – Coloquei cola trava rosca de alto torque em todos os pontos necessários.

Troca de óleo da suspensão de dianteira – Pela KM será trocado novamente uns 3000km depois da viagem.



Extras

Como é uma viagem longa com muitas horas de estrada resolvemos levar algumas bugigangas uteis, GPS para navegação nas cidades que não conheço, um conjunto de comunicadores, para que possamos conversar sem ter que gritar, e para que a Dani possa me avisar de alguma coisa afrente (pois devido a posição na moto ela consegue ver um pouco mais).

Peguei uma ActionCam emprestada para filmar alguns trechos da viagem, e fazer um pequeno clipe da aventura quando voltar, vou utiliza-la o capacete, e a Dani vai fazer alguns vídeos utilizando um tipo de pau de self, espero que o resultado fique legal.

Como todos estão cansados de saber precisamos do seguro carta verde para circular na Argentina, fiz pela mesma seguradora da moto, e acabou ficando R$21 reais para 20 dias, o seguro carta verde não é valido no Chile, para o pequeno trecho de território chileno fizemos um seguro chamado SOAPEX que custou U$15, esse em alguns relatos vi que não é obrigatório, mas acho melhor ir prevenido.

Como temos muitas bugigangas elétricas, vou levar um filtro de linha com 5 saídas e um adaptador de tomada para o padrão argentino, assim conseguimos recarregar tudo (celulares, comunicadores, máquina fotográfica e a câmera filmadora).

Por via das dúvidas levo também contatos, reservas, e mapas de alguns pontos impressos, vai que dá pau na parafernália eletrônica.

Item importante em viagens, kits de higiene, saúde e primeiros socorros, já separado e com lugar garantido em um dos baús.

Kit Reparo, vou levar ferramentas básicas para manutenção da moto (algumas especiais para duca), fios, fitas, reparos de pneu, cilindros de CO² para encher os pneus, graxa para corrente e uma corda para caso seja necessário ser puxado ou puxar algum irmão na estrada.





Agradecimentos:



Andrei – Emprestou os hardwares para montar o GPS na moto

Adailton (Tio) – Ajudou na fabricação do suporte do amortecedor de direção, e na montagem da traseira nova da moto

Adilson (Pai) – Ajudou na montagem da traseira da moto

Rorato – Me emprestou a ActionCam para gravar parte do role.

Edinho (Tio) – Emprestou ferramentas para fabricar o suporte do amortecedor de direção

Donato – Trouxe os tanques reservas.

Gerson (Doidera) – Fez a arte dos adesivos da Moto Dupla

Gabriel (Loja de Aço)– Forneceu a chapa para fabricação dos suportes do tanque

Santesso (Garagem RDN)– Ajudou na fabricação dos suportes dos galões.

André Machado – Ajuda no dia da fabricação do suporte dos tanques

Adrian (Gaucho) – Ofereceu hospedagem no primeiro dia de viagem.

GU (Tio) – Hospedagem em Londrina

David, Antonio, Ariel – Fizeram companhia durante a viagem.





Próximos planos para futuros distantes, alguns deles tenho certeza que farei com essa moto, outros não sei se será possível, devido ao roteiro e a idade que ela terá até que seja possível efetuar o tour, não sei a ordem em que farei essas viagens mas estão no plano

Oiapoque ao Chuí – Brasil de ponta a ponta

Atacama e Machu Picchu

Descer ruta 40 até El Calafate e retornar pela costa do pacifico

SP – Ushuaia – Alasca (toda a costa da américa)

Portugal à Magadamn ( Oriente Russo)



E o que eu considero a viagem suprema, talvez plano de aposentadoria (dps dos 70 pelo ritmo atual kkkk) – SP > Ushuaia > Alasca > Magadan > Portugal > NY > Rota 66 Sentido Oeste > Costa do Caribe > Norte Brasil > SP



Números

Hotel:
R$ 3.403,20

Gasolina: R$ 2.770,61

Refeição: R$ 3.311,96

Pedágio: R$ 110,90

Moto: R$ 1.643,94 (pneu, fluidos, multa)

Outros: R$ 2.694,25 (Lazer, roupa, lembranças, farmácia)

Total: R$ 13.934,86



Litros Gasolina: 671,9

Km Total: 12.563

Média Valor Litro : R$ 4,12



Dia 1/1 – Guarulhos -> Palhoça



Saimos cedo para não pegar transito, por ser feriado e domingo a estrada estava vazia, pela primeira vez passamos a serra do cafezal na Régis sem nenhum susto ou fechada de caminhão.

Em um trecho da estrada vi um cara empurrando uma Tutu amarela, aparentemente sem gasolina, eu não tinha uma mangueira para passar gasolina, mas tinha uma corda para puxar ele, no começo ele disse que não precisava pois pararia no próximo posto ja, mas acabou aceitando, amarramos a tutu na duca, e fui de boa pela direita até o proximo posto, torcendo para não ter nenhuma viatura da PRF, pois é proibido guinchar motos, após 15 quilometros chegamos no primeiro posto, acho que ele teria empurrado bastante a moto.

Foi um trecho tranquilo com estrada boa e tempo bom nenhum sinal de chuva até passar de Curitiba.

Ja na descida para o litoral vimos umas nuvens negras, mantivemos a velocidade da via o tempo todo, para evitar multas e gastar menos gasosa, e como fomos devagar não pegamos chuva, somente a estrada molhada, chegamos no litoral catarinense minutos depois da chuva passar.

Paramos em um posto na entrada de Palhoça para encontrar o Gaúcho, que chegou poucos minutos depois de nós, fomos para a casa dele pra descansar até a hora do jantar.

Nesse periodo conversamos bastante sobre os planos para a nossa viagem, como preparei a moto, bagagem que levamos e etc, o gaucho tem uma viagem planejada para o proximo mes, e as dicas sempre são bem vindas.

Hora de jantar em uma cidade pequena, um feriado e um domingo, os tres fatores dificultaram o jantar pois não tinham opções abertas proximas, pegamos as motos e fomos até a cidade vizinha para comer alguma coisa.



Dia 2/1 – Palhoça -> SRR -> POA



Ja que paramos em palhoça que não estava no plano original, e estavamos relativamente perto de POA, resolvemos passar de novo pela SRR que fica no meio do caminho, isso aumenta pouco o trajeto e é um lugar legal de visitar.

A estrada não estava tão tranquila como no dia 1, mas ainda estava boa para andar, mas a subida da serra foi a mais lenta que ja fizemos, muitos carros e caminhões no caminho, no meio da subida quase demos de frente com um caminhão, o F.D.P. tem que abrir tudo para fazer a curva, mas ao inves de fazer isso de vagar até ter visão do que está me baixo o desgraçado jogou com tudo, se eu não estivesse devagar quase parando, e fazendo a curva tudo aberto pois havia escutado um barulho de motor, teria batido nele, como estava devagar na hora que o vi, joguei para a área de escape da curva e depois voltei para minha faixa tranquilo.

No mirante da serra paramos para tirar algumas fotos, descansamos alguns minutos, e voltamos para a estrada, descer a serra no meio de um monte de carro e seguir para POA, na última vez que passamos por lá e seguiriamos para o RS, pegamos a estrada por Treviso, porem no meio do caminho retornamos pois ela não estava totalmente pavimentada, mas dessa vez antes da viagem vi algumas matérias falando da finalização da estrada ai resolvemos seguir por Treviso, Siderópolis e Criciúma até chegar na 101.

Descobri que meu GPS quando utilizado por mto tempo trava e não responde a nenhum comando, é necessário desconectar da bateria e forçar o reset no botão.

Chegando na BR101, seguimos toda vida até Porto Alegre, esse foi o último hotel que fechamos, e um dos mais baratos, meio zuado o lugar, é um motel que aluga quartos pelo booking, porém os quartos que alugam não tem garagem privativa, e tivemos que trocar de quarto, pois no primeiro que entregaram haviam tacado algum produto com cheiro forte e eu não conseguia respirar la dentro.

Na hora do jantar fomos de Uber para o shopping iguatemi, pois ai não tem erro, varias opções e preços.

Voltando só preparar as malas de novo, pois logo cedo tem mais estrada.



Dia 3/1 – POA -> Uruguaiana



Tomamos café da manhã bem cedo para sair da cidade antes do transito, dps de pegar algumas ruas erradas para sair da cidade, graças ao pequeno atraso de resposta da porcaria no do GPS, entramos na estrada para Uruguaiana BR290. O gps é um lixo atualização muito lenta, e para de funcionar do nada, perde sinal a toda hora mesmo com tudo aberto.

A estrada tem uns trechos bons, mas a maior parte dela é meio ruim, colocaram um asfalto novo em cima do velho, mas ele está escamando, então tem trecho cheios de degraus, entre asfalto novo e velho, e por incrivel que pareça, o velho está em melhor condições que o novo, a obra de recapeamento deve ser mais uma daquelas que só foi feita para alguem ganhar muito.

Há varios trechos com sinalização ruim, acho que tomei uma multa em um dos perimetros urbanos da BR, a estrada de 80, mudou para 60 até ai tudo bem mas em menos de 30 metros onde ainda estava a placa de 60 tinha uma lombada eletrônica de sinalizada 50, o problema é que era 60 e não 50 como estava no radar, ou é de proposito pra ferrar quem passa, ou vandalizaram as placas e aquela de 60 na verdade é 50 que alguem pintou.

Tinham muitos argentinos na estrada, e como de costume eles correm muito, em trechos de 100 por hora, eles me passaram como se eu estivesse parado, teve um ponto de uma reta vazia, que acelerei até 160km/h e o carro que me passou continou afastando não reduzi a distancia, então ele estava a pelo menos 170/180km/h

Por causa do calor na estrada eu abri todas as entradas de ar da jaqueta, com isso um marimbondo maldito conseguiu ficar preso em uma delas e picar o meu braço através da telinha, puta dor bem na parte da dobra do braço enquanto estava pilotando, parei no acostamento p tirar os restos do bixo da jaqueta.

A Dani reclamou da dor na coluna :(, ja estava ruim antes de viajar, então colocou salompas e vai continuar tomando o remédio conforme o médio mandou.

Como de costume na maioria dos postos onde paramos a galera fica perguntando sobre a moto, ela é um pouco diferente do que estão acostumados a ver.

Chegamos em Uruguaiana umas 15hrs, o local é o inferno na terra, muito calor, eu não estava aguentando ficar parado na rua, sorte que o hotel é legal e tem um ar condicionado bom, depois de uma ducha gelada, fiquei uns 30 minutos embaixo do ar condicionado a 17ºC.

Na hora de jantar foi um problema, como é a primeira semana do ano, vários lugares estavam fechados, acabamos escolhendo uma lanchonete que fica proximo a praça principal da cidade, na hora do jantar começou um vendaval que tombou as cadeiras e mesas que estavam na calçada, mó correria todos pra dentro do restaurante, pois alguns postes começaram a soltar faísca, depois do jantar descobrimos o motivo das faíscas, haviam umas decorações de natal entre os postes, eram uns arcos de metal com luzes e ornamentos, o vento foi tão forte, que detonou alguns deles e acabou puxando o fio de energia no qual ele estava ligado.

Dia 4/1 – Uruguaiana -> Buenos Aires




Logo cedo descemos para tomar café e preparar a moto, o estacionamento do hotel está cheio de motos, um dos grupos vai para Machu Picchu, eles são bem organizados, tem camisetas com estampas do grupo e tudo mais, o outro são dois casais, em uma BMW e uma Tnr660, eles vão para Mendonza.

Saímos do hotel direto para a fronteira, efetuar os tramites de entrada até que foi bem rápido, de lá fomos direto para o posto encher o tanque com gasosa pura, e para surpresa meu cartão está bloqueado, ligo no banco, e por algum motivo o aviso viagem foi excluído, sisteminha de merda esse deles, agora com o cartão já liberado podemos seguir viagem.

Depois de mais ou menos meia hora rodando na Ruta14, começa a chover, hora testar a gambiarra da minha luva de chuva, e não é que funciona bem ... :D

No primeiro posto que paramos mais uma surpresa o carregador do GPS parou de funcionar, já tinham me avisado que o carregador original dele é ruim, mas pensei que aguentaria pelo menos uns 20 dias, e não 3 de uso como foi.

A chuva ficou caindo forte por mais ou menos uns 200km, perto de Concepción del Uruguai mais uma surpresa, a polícia me parou pois minha moto estava toda apagada, só que o baixo da minha moto nunca apaga ele liga junto com o farol, o policial falou só parei porque está apagado, só ligar e pode seguir, só que não ligou porque ela resolveu queimar justo hoje, e na hora que ele viu que era gringo ai ferrou, multa na cabeça, a multa para farol baixo apagado é de quase 4000 pesos, a moto fica presa e você vai no banco pagar um boleto, ou paga na hora em dinheiro, eles registram no sistema te emitem um recibo e você segue viagem, na conversa achei alto o valor e questionei, ai o policial me mostrou a tabela de preço dele por infração, nisso eu vi que pagando na hora é com 50% de desconto, isso ele não falou, o cara já ia ficar com metade da grana.

Depois disso entrei na primeira cidade C. del Uruguai, para achar uma lâmpada e trocar, por azar dessa vez esqueci de trazer a lâmpada reserva, tinha na lista para trazer mas acabei esquecendo de pegar, e aproveitando já entrei na cidade para fazer o deposito de 50% da diária da pousada de Comodoro Rivadavia, nessa cidade percebi uma coisa muito comum na Argentina fora de Buenos Aires, tudo fecha meio dia para o almoço e só abre de novo as 16, e fica até as 20.

Graças a lâmpada, deposito e multa, perdemos duas horas, depois disso seguimos para Buenos Aires, daqui pra frente sem chuva, chegamos tranquilos, fiquei surpreso novamente com a quantidade de gente andando sem capacete, inclusive na Autopista de 130km/h, motinhos pequenas que não tem massa nenhuma, balançando do lado dos carros que estão rápidos e mesmo assim a galera sem casco numa boa.

Chegando em BsAs minha corrente começou a fazer um barulho não sei se é idade ou se a lubrificação foi embora com a chuva, no hotel vou lubrificar de novo e ver se some, se der certo fica assim, se não já fico esperto com ela.

Foi fácil de achar o hotel, o Ibis fica bem do lado do congresso e eu já conheço bem aquela região, saímos para passear, e fomos andando até Porto Madeiro para jantar, achamos um restaurante bom e barato do outro lado das docas, ficamos surpresos com o tamanho do prato, na descrição era para duas pessoas, mas servia umas 4 tranquilamente, teve até direito a fotinhos, como não podia faltar a sobremesa foi no Freddo, pois a Dani ja estava surtando de ter chego em BsAs e ainda não ter tomado o sorvete.

E volta para o hotel foi de taxi, primeira vez que vejo um taxista perdido em BsAs o tio não sabia onde ficava o hotel Ibis Congresso, eu que fui explicando o caminho.



Dia 5/1 – BsAs -> Bahia Blanca



Acordamos muito bem, a cama do hotel e muito boa e por causa da soneca do celular somado a nossa preguiça vamos sair somente as 8 do hotel, hoje de acordo com o maps serão mais 688km até Bahia Blanca, e inicia a viagem na Ruta 3, só sairemos dela perto de Ushuaia para cruzar o Chile.

Pista boa mas com muitos caminhões, por sorte os motoristas de caminhões aqui não são iguais aos de carro que correm muito, eles mantem a velocidade da via quase que o tempo todo, foi tudo tranquilo sem sustos, a Dani está sentindo dores na polpa por causa do banco, então estabelecemos um esquema e de vez em quando ela fica de lado, mesmo o banco mais largo ainda não foi o suficiente.

Em um dos postos no caminho percebi que o anel elástico que segurava o pino da pedaleira esquerda soltou e o pino estava quase caindo, por sorte vi isso antes da pedaleira cair, como levei vários parafusos de tamanho diferentes e porcas travantes, o conserto foi fácil, e o resultado ficou melhor que antes.

Chegamos na cidade as 17:30 demoramos para entrar no AP, primeiro perdemos uma meia hora para achar, pois o número que a mulher cadastrou no booking é o código postal e não o número do prédio, e depois de achar o prédio tivemos que esperar ela chegar para entregar a chave, para o estacionamento foi outra enrolação, pois o prédio não tem estacionamento, então a dona do apê tem convenio com alguns estacionamentos terceiros, mas ai está o problema, vamos sair as 6 da manhã, e o estacionamento só abre as 8, não podemos perder duas esperando, pois o trecho de amanhã é de 1200km, depois de perdemos mais 40 minutos, fomos a outro estacionamento que vai abrir no horário que precisamos.

Saímos para jantar e conhecer o centro da cidade, algumas fotinhos nos monumentos do centro, e esperar dar 20hrs que é a hora que abrem os restaurantes a Dani já está com frio, o clima na cidade final do dia deve estar entre 15 e 20 graus no máximo, comemos em um restaurante bem de frente para a praça principal chamado Victors Resto, a comida estava muito boa e o serviço também.

Voltando para o Apê deixamos tudo pronto para sair bem cedo amanhã, pois será um dos dias mais longos.



Dia 6 – Bahia Blanca -> Comodoro Rivadavia



Saímos as 6 da manhã do ap, avisamos a dona que sairíamos as 6 quando foi 5:30 ela já estava na porta esperando, ela me levou de carro até o estacionamento para buscar a moto, voltei montei os baús na moto e saímos.

No geral a pista é boa em todo o caminho, entre Puerto Madryn e Trelew há um trecho duplicado no qual com vento a favor em alguns momentos estava a mais de 160km/h sem nem perceber, hoje teve um trecho de 100km que percorremos em 40 minutos, uma média muito boa para ganhar tempo.

Todos os postos que paramos na estrada tinham fila, acredito que isso é porque quase todos ficam a mais de 150km uns dos outros, ai sempre tem bastante gente quase no final do tanque.

Conhecemos um motociclista argentino em um dos postos ele está fazendo o trajeto de tornado, ele é de um motocuble de Olavarría, e pelo que disse a galera das pequenas gosta de ir pra longe por lá.

Encontramos um grupo na beira da estrada, uma bandit e algumas trails, pensei que estavam com algum problema na moto, mas o que ocorreu foi que perderam a gopro que estava presa na moto :S, dificil de achar mas espero que tenham sorte (depois que chegamos conseguirmos localizar o grupo na internet e descobrimos que eles acharam a gopro, em partes mas acharam :D)

Os últimos 80km antes de Comodoro foram os piores, além de já estarmos bem cansados, foi o trecho onde finalmente pegamos o famoso vento patagônico, os ventos que tínhamos pego até agora nos fazia reduzir para 110 as 100, mas esse nos fez reduzir para 80km/h, foi o pior até agora.

Chegamos na pousada aproximadamente 20hrs, o lugar é bem simples, e o primeiro sem wifi, conhecemos dois brasileiros que estão indo para ushuaia, o David e o Antônio, combinamos de fazer o trajeto de amanhã junto,

Comemos lanches vendidos em uma conveniência próxima, estamos quebrados depois de rodar 1200km e fomos dormir cedo pois amanhã as 6 pegamos a estrada de novo.



Dia 7 – Comodoro -> Rio Gallego




Combinamos com o David e o Antonio de sairmos as 6h da pousada, porem quando era 5h eles já estavam prontos do lado de fora, as 5:30h em ponto saímos, esvazieis os galões dentro do tanque, para rodarmos os 150kms(+-) até a primeira para planejada pelo David.

Logo cedo ao ligar a moto ela apresentou um erro no painel FUEL, achei estranho já que a gasolina é boa, e não nenhum sinal de falha, então seguimos assim mesmo e vamos ver no que dá, no primeiro abastecimento o erro sumiu mais tarde vou procurar no manual para ver o que é a mensagem.

O David tem impresso um planejamento com a posição de cada posto YPF na estrada até o destino final, a moto dele tem uma autonomia de 220km, e ele tem mais um galão de 5litros, se pegarmos postos sem gasolina igual vi nos relatos de outros viajantes estamos ferrados.

A estrada foi tranquila, frio pela manhã e temperaturas agradáveis no meio do dia, algumas curvas legais na saída de Comodoro, porem com asfalto ruim, de Caleta para frente o asfalto melhora, mas começa o trecho de animais na pista, muitos Guanacos, e umas aves que são miniaturas de Emas.

Em um dos pontos logo no começo do trecho em uma reta beirando o mar o baú do Antonio abriu, aproveitamos a parada para bater algumas fotos que por sinal ficaram muito boas.

Chegamos cedo em Rio Gallego, vantagem de sair bem cedo e manter uma média de velocidade boa, nos despedimos do Antonio e do David no posto na entrada da cidade e fomos para o hotel, chegando lá uma surpresa, primeiro hotel que não tem tomada com entrada no padrão europeu (dois pinos redondos) junto ao padrão argentino, resolvemos tomar banho descansar um pouco e depois vamos sair para comprar o adaptador (aqui tem um ponto legal, os comércios fecham meio dia para o almoço e abrem novamente as 16, ai ficam abertos até as 20 ou 21).

Durante o dia conversamos com o David e o Antonio e resolvemos mudar um ponto no plano, no lugar de amanhã fazermos um bate e volta em el calafate, vamos até rio grande, para no dia de ir para Ushuaia irmos mais tranquilos e pararmos nos mirantes para as fotos (essa também foi a dica de uma moça no tenere club), e na volta separamos um dia para ir a El Calafate, e ficar por la, assim passeamos mais tranquilos no parque.

Quando foi aproximadamente 18 horas saímos para comprar o adaptador para a tomada, e para nosso azar de sábado alguns comércios fecham mais cedo, e outros nem abrem depois do almoço, compramos um de 40 reais que diz servir para tudo mas que não serviu, por 1 minuto consegui voltar na loja antes dela fechar para devolver. Com isso vamos ficar sem comunicador, e celulares amanhã, por sorte as câmeras ainda tem bateria.

As 20 saímos para jantar e comemos um cordeiro patagônico muito bom, e uma dica para os viajantes, na Argentina tem um suco de laranja de caixa da marca Citrics que é muito bom, em qualquer kiosko custa 15 pesos a caixa, porem em alguns restaurantes eles vendem cada copo a 90 pesos, então quando fizer o pedido, não pergunte apenas se é natural, mas também se é espremido na hora.

Voltando para o hotel, reservamos para o dia 8 um quarto no hotel cassino de Rio Grande, e combinamos com o Antonio e o David que vamos encontrar eles por lá, pois vamos acordar mais tarde para tomar café no hotel, e como o trecho é menor não precisamos correr tanto.



Dia 8 – Rio Gallego -> Rio Grande


Logo cedo acertamos tudo no hotel, tínhamos duas diárias para ir hoje a El Calafate, mas como mudamos o plano, mudamos para a volta no dia 13.

Combinamos de encontrar o David e o Antonio lá em Rio Grande direto no hotel, saímos depois do café da manhã, uma parada para abastecer e calibrar, já enchemos os galões para não ter que abastecer no Chile, pois já alertaram que a gasosa la não está muito boa, dps de tudo cheio bora para estrada.

Um pouco antes de cruzar a fronteira com o Chile encontramos o Antonio e o David na estrada, eles também deixaram para sair depois do café da manhã, se tivéssemos combinado não teria dado certo.

Passamos a fronteira sem problemas, encontramos uma galera de moto que havíamos visto ontem, colamos alguns adesivos p registrar a passagem pelo local :D. Chegando na balsa para cruzar o estreito de Magalhães vimos gente do mundo inteiro, caminhonetes, Jeeps, motor-homes, o David até encontrou um casal de alemães que moravam perto da casa dele na Alemanha. Ficamos conversando com um grupo de argentinos na balsa, a maior moto no grupo era uma XRE, tinham duas 200cc de uma marca indiana, eles carregavam galão de 10litros de gasosa, tripé para máquina fotográfica profissional, um monte de mala, tudo preso com elástico, é aquele esquema saíram de BSAS e já estavam lá, só não viaja de moto quem não quer mesmo.

Depois de sair da balsa paramos para abastecer as motos com os galões antes de entrar no ripio, e para tirar umas fotos na placa de entrada na Terra do fogo, tem gente que fala que quem vai de moto para tão longe é doido ou algo do tipo, nessa viagem ficou claro que tudo é questão de referência, pois encontramos uma galera indo de bike, saíram da Europa e já cruzaram quase que a américa inteira, só cortaram o brasil, mas tem uns que vão andando no meio do caminho também.

Após rodar alguns quilômetros chegamos na placa tão temida “Fim de Pavimento”, agora começa o ripio e la vamos nós sofrer outra vez, igual quando fomos para Cambará do Sul, nesse trecho mantemos velocidades baixas e médias, muita poeira e vento, cada caminhão que passa na mão contraria, são alguns segundos a cegas na estrada, boa parte do trecho já tem uma pista de concreto praticamente pronta ao lado, mas ainda fechada, e mesmo sendo domingo a galera está a mil trabalhando na pavimentação, mais ou menos no meio do trecho duas motos passaram por nós muito rápidas, uma BMW 1200 e uma tiger 800, a moto certa para o local é outra coisa, e um dos trechos foi possível chegar a 90 por hora a pista estava muito boa, mas de repente ficou toda esburacada, e não posso travar no freio ai é segurar e reduzir a aceleração tomando pancada no guidão, perto do final do trecho pegamos um pouco de ripio fofo bem em uma curva e com vento lateral, ali pensei que iriamos cair, simplesmente acelerei e deixei a moto seguir o caminho que ela quis, chegamos na fronteira com a Argentina uns 15 minutos do depois do resto da turma, fomos os mais lentos no trecho por motivos óbvios, la encontramos as motos que nos passaram dois mineiros com sotaque de carioca, o piloto da tiger achou que sou doido por ir la em uma monster e ainda por cima com garupa, nessa hora eu pensei que ele deveria ter trocado uma ideia com o pessoal das motinhos pequenas que estavam fazendo o mesmo caminho, os dois são super gente boa, aproveitamos e mais uma pausa para a foto com novos amigos e bora p rio grande daqui p frente é asfalto.

Enquanto estávamos fazendo os tramites na alfandega, caiu o mundo do lado de fora, chuva extremamente forte mas bem rápida, foi cerca de 10 minutos até o vento a levar embora para o meio da ilha, abasteci com o segundo galão logo após a fronteira agora somente em Rio Grande, no meio do caminho pegamos um pouco de chuva, ai paramos para colocar as capas, enquanto estávamos estacionados parou um carro e veio oferecer ajuda, o motorista se identificou como sendo Motoqueiro del Hielo de Ushuaia, passou o contato e disse que se tivermos qualquer problema na ilha é só avisar que um membro do grupo vem ajudar, achei bem legal isso.

Chegamos no hotel próximo do horário planejado, descarregamos e fomos para o quarto, a primeiro momento achei o hotel bem caro, mas depois da explicação da atendente passou a ser um dos mais baratos, pois é completo, na diária está incluído, café da manhã, lanche da tarde, e jantar com bebia, além do quarto ser um dos melhores que já ficamos.

Logo depois de deixar as coisas no quarto descemos para tomar o café a tarde, e depois banho e descanso até a hora do jantar, na hora do jantar combinamos com o Antonio e David, e todos estavam de acordo a parada ali valeu muito a pena.

O único inconveniente do dia é que todas as fotos tiradas antes do dia 7 aparecem como corrompidas, acho que deu algum erro na câmera, quando voltar vou tentar recuperar.



Dia 9 – Rio Grande -> Ushuaia

Saímos logo após o café para poder curtir bem o dia, a estrada nesse trecho é muito boa, pegamos poucos trechos com ventos fortes, e um pouco de garoa, minha luva de chuva funcionou bem, não posso dizer o mesmo da de frio, o único lugar que senti frio foi nas mãos.

Até chegar a cidade fizemos algumas paradas nos mirantes para bater fotos do lago que tem bem no meio da ilha, o visual é muito loko, em um dos pontos encontramos mais alguns ciclistas, porem esses não puxam carretinhas iguais os outros, eles têm alforjes na altura das rodas na frente e atrás da bike.

Na entrada da cidade finalmente, sensação de missão cumprida depois de 8 anos querendo chegar la de moto, finalmente chegamos, parada para fotos no portal da cidade para provar que a moto chegou ....kkkk

Saindo do portal fomos direto para o parque o objetivo é chegar no final da RN3 no KM 3079, para meu azar os últimos 15km são de ripio novamente, um dos trechos estava mais perigoso pois tinha muita pedra solta mas o resto foi tranquilo, chegando la mais fotos, na placa tem a distancia de uma viagem futura 17.848km Ushuaia - Alaska, após as fotos um pouco de descanso apreciando a paisagem, vista do lago e parte do final da cordilheira.

Voltamos para a cidade nos separamos e fomos procurar no chalé, ele fica perto da entrada da cidade em um lugar bem bonitinho, mas com um inconveniente a garagem é aberta, é como se fosse um quintalzinho na frente do lugar mas sem portão, descarregamos e fomos direto atrás de uma lavanderia pois as roupas estão acabando, nesse momento identifiquei um problema na moto, vazamento no retentor da bengala direita, nada de grave, mas resolvi passar em alguma oficina para ver como, perguntando na cidade fiquei sabendo de um tal de Pablo que é quem mexe em todas as motos que passam por la, o David havia comentado dele pois iria trocar o óleo la, chegando na oficina a primeira impressão é foda, é mais feia que aquelas borracharias de beira de estrada, o que me tranquilizou foi uma KTM e uma triumph paradas na porta, quando entrei na oficina ai a coisa mudou, tudo bem simples, mas a parede de ferramentas especiais que ele tem lá deixa as grandes concessionárias de SP com inveja, o que eu mais gostei foi o preço 2500 pesos (500 reais) para trocar óleo e os dois retentores, em sampa sai mais caro que isso, o diagnostico do Pablo foi parecido com o meu só não deixar pingar o excesso de óleo no freio e dá p voltar, e eu prefiro pois já tenho retentores em casa e eu mesmo faço o trampo, um detalhe a Tiger que estava parada na porta é do mineiro que encontramos na estrada, quebraram vários raios da roda traseira.

Voltamos para o chalé, deixamos a moto e saímos para passear apé, jantamos no hardrock (atendimento muito bom por sinal, e a garçonete se perdia não sabia se atendia em inglês ou espanhol), compramos algumas lembranças, e anoite encontramos o David e o Antonio novamente por acaso, combinamos de jantar juntos amanhã, pois o cardápio será Centolla, aproveitamos para comprar algumas lembranças e tomar um sorvete para encerrar o dia.



Dia 10 – Ushuaia

Primeiro dia da viagem sem estrada, hoje é só passeio, logo cedo fomos para o museu da prisão que fica bem perto do chalé.

O lugar é legal e altamente recomendado para visita, se parar para ler todos os textos da parte que é considerada museu marítimo, e os primeiros da história da prisão você fica a par da história de Ushuaia, a cidade existe basicamente por causa das navegações na região e da prisão do fim do mundo. Visitamos cada uma das salas, eu li tudo que estava lá, desde a história de alguns presos, até as histórias de exploração da Antártida e das navegações.

Novamente sem combinar, encontramos o Antonio e o David, logo cedo eles voltaram ao parque visitaram o correo do fin del mundo para carimbar o passaporte, enquanto visitávamos a prisão caiu uma chuva muito forte, pelo visto o dia será todo assim chuvas fortes intercalada com garoas finas. Saindo do museu fomos ao porto bater uma foto na placa da lei que proíbe a entrada dos “Malditos piratas Britânicos”, passamos no centro de informações turísticas onde pegamos um certificado de chegada em Ushuaia e mais carimbos no passaporte, como eu e a Dani estamos sem passaportes resolvemos carimbar a parte de trás da CNH depois ela vai para um quadro, e nós pedimos uma segunda via.

Almoçamos bem comi a tal merluza negra que um colega do trabalho tanto recomendava, de acordo com ele um dos melhores peixes que tem, para mim foi só mais um peixe (não sou fã de nada do mar), andamos bastante, compramos mais lembranças até uma placa de bronze com um certificado de conclusão da ruta 3 para decorar minha sala.

Voltamos para o hotel para descansar um pouco, ducha e cama, acabamos perdendo a hora do jantar, fomos para a cidade parei na frente de um dos restaurantes que tenho o wifi no automático e falei com o David, eles haviam acabado de entrar no restaurante Kuar onde íamos comer a centolla, e nós estávamos a só uma quadra de distância, de novo por sorte tudo deu certo. O rango estava muito bom, o caranguejo gigante tem bastante carne mas não tem jeito, nada substitui um bife ainda mugindo. kkkk

Saímos tarde e voltamos para o hotel, no caminho paramos para bater uma foto em frente a base da marinha argentina, dia começando a escurecer as 23:30, chegando no chalé já arrumamos tudo, pois amanhã sairemos cedo e iremos direto para Rio Gallego, dessa vez não vamos com o Antonio e o David, pois eles vão bem mais rápido no ripio, e irão para Punta Arenas, depois de amanhã nos encontraremos em El Calafate

Dia 11 – Ushuaia -> Rio Gallego

Saímos atrasados e com um puta frio, paramos no primeiro posto para encher o tanque e os galões para evitar a gasosa no chile, o próximo posto em rio grande para o tanque e dps na divisa como lá é só no dinheiro então já vamos com galões cheios.

Nos primeiros KMs novamente sem combinar nada o David e o Antonio alcançaram agente, e seguimos viagem juntos, hoje pegamos ventos fortes, de acordo com um dos funcionários da fronteira os ventos estavam entre 80 e 100km hr, fui bem difícil segurar a moto no ripio, ela quer ir p lado e vai deslizando sobre as pedras, passamos perto de umas turbinas eólicas as quais tem na base uns cata ventos para medir a velocidade do vento, eles pareciam que estavam com o turbo ligado, quando não dava para ver as pás de tão rápido que estavam girando, alguns trechos cheguei a rodar a 20 por hora por causa do vento, e das pedras soltas, e trajetos fizemos sozinhos, como somos mais lentos e vamos para outro ponto nos despedimos do pessoal na fronteira com o chile, o David o Antonio e os dois mineiros que encontramos de novo na fronteira, vão direto para Punta Arenas.

Quando chegamos na balsa fomos os últimos a entrar cabia somente mais a moto dentro dela, paguei a passagem e ficamos na moto descansando um pouco, qual a surpresa ao descer da balsa, o pessoal estava na mesma viagem só que eles foram os primeiros a entrar, nós não os havíamos visto pois tinham muitos caminhões e ônibus de turismo na balsa.

Paramos para descansar no restaurante que há do lado do desembarque, descobrimos o motivo de alcançarmos eles, a mola do descanso lateral da moto do Antonio quebrou ai eles pararam algumas vezes no meio da estrada, e chegando na divisa eles tiveram que esperar a balsa chegar para embarcar, logo na saída de lá nos despedimos, eles seguem para o chile e nós voltamos para a argentina.

Exatamente 1 minuto após nos despedirmos do David, na primeira curva minha moto ficou fraca e travou a roda traseira, puta desespero p mover a moto, na hora passa um monte de merda na cabeça, como o motor girava fiquei tranquilo, forcei um pouco fui para o acostamento e comecei a investigar, por algum motivo o freio traseiro travou não sei por que, mas não consigo sangrar a merda do freio pq a pinça traseira é chave nº 11 e essa é a única que não trouxe, após alguns minutos o sistema esfriou e seguimos viagem mas agora mais cauteloso, e sem usar o freio traseiro, a moto travou mais duas vezes antes da fronteira com a argentina, aqui eu senti falta do suporte dos Motoqueiros del Hielo, se fosse na ilha eles ajudariam, chegando em Rio Gallego fui direto na loja de ferramentas e comprei uma chave 11 para sangrar o freio e descobrir o que rolou.

Chegando no hotel descarregamos tudo, e fui direto mexer na moto, depois de muito investigar achei o problema, o pedal tem um parafuso de regulagem que distancia ele do suporte e regula a altura, ele estava com a regulagem no máximo e a contra porca apertada, isso por causa do ripio, como usei muito o freio traseiro, e além da vibração da moto tinha o ripio, nem a cola trava rosca segurou ele no lugar e o fez subir travando o freio, na beira da estrada eu não identifiquei isso por que a bosta da contra porca estava trava ai pensei que estava na regulagem que deixei antes de sair, para confirmar abri uma foto que tirei antes de entrar na ilha e dá p ver o pedal com a regulagem no mínimo, e na volta estava no máximo. Problema bem besta mas que quase me fez tirar o fluido e deixar a moto sem freio por não o identificar logo de cara, para evitar que ocorra de novo além de travar a contra porca, coloquei mais uma porca auto travante na parte de baixo dele.

Hoje conseguimos chegar a tempo para comprar o adaptador de tomada, dessa vez não ficaremos sem celular e comunicador, além de seguirmos a dica de um dos atendentes no hotel e irmos jantar no Clube Britanico, comida muito boa, ambiente de primeira, e preço baixo, comparado com os demais restaurantes da região.



Dia 12 – Rio Gallego -> El Calafate


Acordamos bem cedo, tomamos café no hotel e bora p estrada queremos chegar no parque cedo para aproveitar bem, a estrada até lá e muito boa, e pegamos pouco vento na estrada, no trecho inteiro só vimos mais 3 motos, dois brasileiros, e uma Alemã essa última viajando sozinha em uma tiger muito bem equipada, parecia que ela era patrocinada pela Touratech, uma coisa que achei legal é que ela parou a moto do lado da placa de vento Patagônico, montou um tripé gigante para a maquina e bateu uma foto dela da moto e da placa.

Nós ficamos com nossas fotos no meio do nada como sempre, um guanaco cruzando a estrada numa boa como se não tivesse ninguém passando, e algumas da paisagem, nada a frente, nada a direita, nada a esquerda e nada atrás, acho que é um dos lugares mais isolados que já andamos, paramos em um mirante para tirar fotos do lago azul formado pelo gelo dos glaciares, a visão é animal, um deserto no meio a agua azul bem clara e ao fundo a cordilheira.

Entre as duas cidades só há um posto, e aproveitando disso só aceitam dinheiro nada de pagamento em cartão, acho que na volta venho com os galões cheios para não ter que abastecer aqui.

Chegamos cedo em El Calafate e fomos direto ao parque, acho que teria dado para ir e voltar em um dia, conforme o plano original, a distância é curta e a estrada é um tapete.

No parque cada mirante é uma foto, conforme nos aproximamos do Glacial a fotos vão ficando mais bonitas, chegando no ponto principal fizemos os dois melhores caminhos o amarelo e o vermelho, que nos levam aos principais mirantes, a visão é sensacional, o glacial é gigante, o barulho do gelo se mexendo e rachando parece trovão, várias fotos e algumas panorâmicas que em breve irão para a parede de casa, eu fiquei zuando que iria bater uma foto só de camiseta na frente do glacial, mas não é que fiz isso mesmo e não foi zueira, eu estava derretendo de calor com a jaqueta de moto, fiquei só de camiseta em metade do passeio.

Fomos para o restaurante do parque pensando em almoçar mas o plano não deu certo, eles só tem bandeijão até as 13, e depois só uns lanches a lá carte, mas não agradou muito, o que chamou a atenção foi o whisky com gelo do glacial (alguns milhares de anos), mas como estou de moto tive que passar, caminhamos até a beira do lago para ver como é, conforme chegando perto o tom da agua vai mudando e aquele azul claro fica cada vez mais longe, peguei a agua do lago e ela é muito gostosa, gelada e fresca, batemos mais umas fotos panorâmicas para a parede de casa :D.

Saindo do parque fomos direto para o hostel que reservamos pelo booking, logo chegamos problema 1: no anuncio do site constava estacionamento, mas não tinha todos param na rua, a dona tem um quintal privativo e deixou eu parar a moto lá, qualquer um pode entrar mas é escondido então ninguém vai ver a moto, problema 2: o wifi quase não funciona por pouco quase não conseguimos combinar o jantar com o David e o Antonio.

Fomos andar na avenida principal da cidade, comprei uma faquinha artesanal (mais uma para minha coleção), e comemos uma pizza muito boa, após isso o que não poderia faltar um belo sorvete artesanal :D.

Voltando para o hostel problema 3: muito barulho, a galera faz zona la na área comum, e as paredes são de drywall sem isolamento acústico, então parece que estão no meu quarto, como ainda não deu 22 blz, vou esperar até a hora de parar.

Resolvi tomar uma ducha abri a agua quente que saiu fervendo normal, ai abre a gelada e equilibra, nesse momento surge o problema 4: em menos de 1 minutos a agua começou a esfriar e fui fechando a gelada até que ficou somente a quente aberta e a agua continuava fria, se fosse no Brasil com temperatura ambiente de 30 graus blz, mas aqui com quase negativa o esquema fode.

Eu precisava de 3 coisas: estacionamento para a moto, banho e descanso Não consegui nenhum dos 3, depois disso eu já extremamente puto com a bosta do lugar, dá 23, 23:30 e a merda do barulho só piora e eu não consigo descansar, ai chamo a dona do local a resposta que ela dá é que é assim mesmo, lá eles ficam até tarde e é permitido, até ai ok é hostel então construa a merda direito e coloque isolamento nos quartos, a desculpa para o banho frio é que o tanque demora p esquentar depois que esvazia ai um teria que esperar um tempo dps que o outro terminasse o banho p começar, como se a agua tivesse mantido a temperatura adequada para pelo menos 1 tomar banho, guardei todas as coisas e sai daquela merda de lugar resolvi procurar algum hotel na cidade, e qual não é a minha surpresa somente por 50 reais a mais pegamos um hotel 4 estrelas, que não constava como tendo vaga nos sites de reserva.

Se já não bastasse a merda que deu na hospedagem, fomos ver as fotos que tiramos no dia, e todas estão corrompidas na câmera, é como se não tivéssemos tirado foto nenhuma com a máquina.

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22 Ago 2017 15:44 #2 por THIAGO_TAVARES
Dia 13 – El Calafate -> Rio Gallego

Acordamos na hora do café, a Dani desceu na frente pois ela ainda está brava por causa de ontem, me parece que ou a pizza ou o sorvete não me caíram bem, espero não ter problemas durante o dia.

Logo na saída da cidade completei o tanque da moto e os galões dessa vez não vou pagar a gasosa no posto em dinheiro não, fomos direto sem muitas paradas, pois queremos tentar resolver o esquema das fotos, e parar na SM motos, o David reparou que a moto dele está fazendo um barulho na relação e pediu para pegarmos uma corrente com passo 525 para ele trocar.

Paramos no posto bem no meio do caminho, e completamos o tanque com a gasosa dos galões, seguimos para Rio Gallego tranquilos, poucos trechos com ventos fortes e a estrada quase toda vazia, chegamos na SM motos exatamente 12:34, mas eles fecham para almoço as 12:30, agora só depois das 16.

Fomos para o hotel e como o quarto estava livre pudemos fazer o check-in duas horas antes do previsto sem nenhum custo extra, descansamos um pouco e saímos para arrumar a máquina fotográfica, no hall do hotel tem uns computadores e vamos utilizar eles, instalei um programa de restauração de dados (valeu pela dica Rodox) e comecei a rodar na máquina, depois de 40 minutos rodando com quase 1500 arquivos identificados, a máquina fotográfica travou, na segunda tentativa foi mais rápido, parece que o programa piorou o problema, agora quando liga a máquina no computador ela trava, saímos pelo centro da cidade atrás de um leitor de cartão de memória que leia um memory stick pro duo da sony, descobri que isso saiu de linha a alguns anos e é difícil achar o leitor, em uma das lojinhas de tranqueiras compramos um de 70 pesos, mas ele não funcionou, por sorte a moça da loja já tinha falado que poderia devolver, rodamos o centro todo, até vimos parte de um show de rock a céu aberto, muito bom por sinal, e percebemos que o vento começou a ficar forte, depois de muito rodar achamos um leitor bem simples em um kiosko no meio de um monte de doces, a vendedora achava que era um pen drive ela até disse que era pequeno que tinha só dois gigas, pois era um modelo 2.0, voltamos para o hotel e continuamos a via sacra de restauração, mas como dessa vez o computador está lendo direto no pente de memória acho que vai funcionar.

Saímos para comprar a corrente do David, e gostei do produto uma corrente RK 525/124, além disso ele vem com os dois tipos de emenda, uma rápida para colocar no meio da estrada e a de rebite para fazer direito quando tiver tempo, como ela é maior já passei na loja de ferramentas e comprei uma serrinha para aço, assim podemos cortar os elos extras no meio da estrada para montar.

O David chegou no hotel na hora que estávamos terminando de recuperar as imagens da câmera, por garantia fizemos uma copia em cada celular, pois vai que né. Mas como ele é impaciente não aguentou esperar a corrente dele chegar no limite para trocar, saio logo dps de descarregar para procurar uma oficina e já trocar a corrente, acabou achando uma oficina de carros diesel, na qual o dono deixou ele usar o espaço e algumas ferramentas, mas ele mesmo que fez a troca, se ele soubesse que o barulho que a corrente dele começou a fazer a minha faz desde que chegamos em Buenos aires no 4 dia de viagem.... :D, só lubrificar direito que ela roda muito ainda.

Depois de tudo resolvido, subimos para descansar um pouco e combinamos um horário para jantar, voltamos ao clube Britanico pois a comida é boa, e dessa vez provei um sorvete de Calafate, frutinha muito boa e sorvete top, estou cada vez curtindo mais os rangos no role.



Dia 14 – Rio Gallego -> Comodoro Rivadavia

Saímos cedo, completamos os tanques, calibramos as motos, lubrificamos as correntes e bora p estrada, o hoje o trecho é longo, ontem percebi que o outro lado da suspa começou a vazar acho que foi o trecho da volta no ripio, mais um lencinho de flanela na moto e vamos embora, em casa eu arrumo isso.

Por sorte não pegamos muito vento forte, porem tinham vários animais na pista, muitas aves (parecem emas), guanacos e Zorros (uma raposinha da Patagônia), e um dos pontos uma SUV que havia nos passado saiu da estrada na hora que um grupo de guanacos cruzou a pista até achei que ele fosse capotar, mas por sorte conseguiu voltar p pista, sem acertar nenhum animal.

Hoje a regra do dia foi andar de boa, o David tem um ritmo mais tranquilo que o nosso, então fizemos varias paradas e mantivemos uma velocidade média de 110 à 120 km hora, dessa vez não conseguimos reserva para o David com antecedência, então vamos na sorte ver se tem vaga onde vamos ficar.

Foi bem fácil de achar o hotel, e o atendente foi super gente fina, a vaga é paga aparte, ai ele fez um esquema colocamos as motos juntas e só pagamos uma, além dele fazer o mesmo preço com desconto da net para o David, por azar esse hotel também tem o padrão de tomada somente argentino, ai o David não tem como carregar o celular, o atendente do hotel ofereceu o carregador particular dele emprestado para usarmos.

Saímos para jantar e achar um adaptador de tomada, por sorte a primeira parte foi fácil em um kiosko na rodoviária da cidade tinha e não era caro, depois paramos em um restaurante e comemos mais um prato legal, o ambiente não foi tão top como os últimos mas foi bom tbm.



Dia 15 – Comodoro Rivadavia -> Sierra Grande



Tomamos café no hotel e preparamos para mais um dia de estrada, antes de sair o atendente do hotel emprestou o computador da recepção para encontrarmos uma cidade de parada entre Comodoro e Bahia Blanca, decidimos ficar no em Sierra Grande uma cidade pequena que fica a uns 500 km do destino final, além de emprestar o computador o atendente ligou no outro hotel que encontramos e fez nossas reservas, após tudo certo saímos para estrada, Ruta 3 todo o tempo

Os primeiros 80Km da saída de Comodoro foram chatos, pois pegamos ventos fortes, então tivemos que manter velocidades mais baixas, acredito que não por coincidência foi exatamente o mesmo trecho que pegamos ventos alguns dias atrás.

Mantivemos uma média de 120km/h com paradas a cada 200km, por causa da autonomia da Vstrom, logo na primeira parada fila no posto pois é o primeiro posto em 200km e muitas motos, alguns descendo e outros subindo, conversamos bastante com um argentino que está com uma motinho 250, uma marca vendida somente na Argentina mas que pertence ao mesmo grupo que comprou a Kasinski no Brasil, a moto me chamou a atenção por sem bem completa, vimos uma tenere 250 branca passar pela estrada indo sentido Comodoro, anoite conversei com o Rico pelo whattsapp, e acredito que era ele na tenere branca.

Na segunda parada encontramos novamente o Ariel com sua motinho, ele está indo na mesma direção que agente, como estamos indo devagar convidamos ele a se juntar ao grupo, agora estamos em três motos, a velocidade segue a mesma 120km/h média, com alguns pontos a 130km/h, a motinho me surpreendeu, uma 250cc cheia de ferragens, e bagagem e está mantendo 120/130km/h tranquilamente mesmo nas subidas, se fosse minha tenere 250 nas subidas cairia para 90km/h e o motor estaria explodindo.

Daqui até Sierra Grande seguimos sem sustos, muitos animais pequenos na pista hoje o que mais vimos são grupos das aves patagônicas que parecem miniaturas de emas, mas nenhum veículo saiu da pista por causa delas, muito calor na estrada e pouco vendo, estou circulando com as entradas de ar da jaqueta abertas e o ar que entra está quente.

Chegamos cedo no hotel ele fica na pista local bem ao lado da Ruta, apesar de simples achei o local bom, conseguimos uma área com sombra para encostar as motos, anoite trocamos de lado pois ao amanhecer o sol estará do outro lado.

Saímos as 8h para jantar porem para a surpresa o único restaurante que abre hoje na cidade só abrirá as 9h, compramos um suco de pomelo no posto ao lado do hotel, e ficamos na frente do hotel conversamos, encontramos uma família de Argentinos que vivem em Ushuaia e estão indo passar as férias na praia, o pai nessa família que agora não me lembro o nome é argentino e sua esposa é chilena, ele nos contou bastante sobre como é a vida em Ushuaia, e alguns detalhes que eu não conhecia cobre a Argentina, ele tem uma CBR900 e uma Chevelle os dois ele restaurou cada parafuso, porem com dificuldade, atualmente é proibido importar autopeças pelo correio, não sei os motivos mas quando vivi lá não era assim, e uma coisa que achei interessante, como a esposa é chilena ela pode trazer veículos do Chile mesmo que usados, aqui em Lisarb se não for veículo antigo para coleção isso não é permitido não importa sua nacionalidade e o tempo de residência. Outro ponto interessante é o clima na terra do fogo, ele comentou que acontece as vezes de saírem de Ushuaia sentido Rio Grande pela manhã e estar um dia bonito, mas na volta ficarem presos na cordilheira, pois do nada começou uma nevasca e a pista ficou coberta de gelo, fiz o paralelo com são Paulo, no qual saímos no frio, pegamos calor infernal ao meio do dia, e chuva torrencial ao final do dia.

Hoje tivemos um dos piores jantares da viagem até agora, como é unica opção de restaurante eles fazem o que querem, parte do cardápio não tem, o atendimento não é lá essas coisas parece que está la forçada para atender, além da caixa/garçonete/proprietária reclamar de ter que dividir a conta pelo que cada um comeu e não simplesmente dividir o total pelo número de pessoas.



Dia 16 – Sierra Grande -> Bahia Blanca

Seguindo a mesma tocada dos últimos dias acordamos bem cedo e saímos do hotel logo após o café, como o hotel fica na beira da Ruta3, já paramos no primeiro posto logo na saída da cidade, com todas as motos abastecidas seguimos viagem.

Conforme previsto o dia foi tranquilo, entre 120 e 130km/h com paradas a cada 200km, como o techo é relativamente curto as paradas são um pouco mais longas, um destaque para o dia é o calor, está difícil de aguentar ficar na estrada, na ida a temperatura estava agradável, mas hoje parece que estamos andando de moto dentro de uma estufa.

Chegamos em Bahia Blanca aproximadamente as 16:30, uma surpresa desagradável foi o valor do AP, simplesmente trocamos o dia da reserva a proprietária disse que não tinha problema algum pois tinha lugar livre, ai quando chegamos ela cobrou 135 pesos a mais pelo lugar novo ser maior, isso não estava combinado, não é nem pelo valor, e sim pela atitude, se era outro valor podia ter falado no dia que efetuamos a troca da reserva, assim não seriamos pegos de surpresa. Conseguimos um para o David também na quadra ao lado, um pouco maior que o nosso mas ficou o mesmo preço.

Na entrada da cidade nos despedimos do Ariel, que segue viagem ele ainda tem mais 300km para percorrer até o destino final.

De acordo com a proprietária do ap, a temperatura passou dos 40º hoje, ruas desertas e os ares condicionados dos prédios fazendo verdadeiras cachoeiras nas calçadas.

Na moto estou com dois problemas, o pneu que já apresenta desgaste desde que saímos de Rio Gallegos, e chegando na cidade começou a ficar um pouco pesado para baixar marchas, chegado em Buenos Aires, vou procurar um lugar para ver isso. A parte do pneu a Dani pesquisou na Argentina mas desistimos de trocar aqui, pois é muito caro, um PR2 que no Brasil sai uns 600 ou 700 aqui custa mais de 1000, como não encontramos nada barato aqui, já deixamos um reservado em uma loja de Uruguaiana, única opção disponível no caminho um PR2 que queria um 3 ou 4, igual ao que está nela, mas não achei em nenhuma das lojas.

Perto das 8h saímos para jantar, íamos na praça da cidade para jantar em um dos restaurantes que vimos no outro dia que passamos por aqui, mas na rua do AP do David, há alguns restaurantes que parecem ser muito bons, escolhemos o Tributos Resto Bar, ambiente, comida e serviços muito bons, eu recomendo conhecer se por acaso for passar pela cidade.

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22 Ago 2017 15:45 #3 por THIAGO_TAVARES
Dia 17 – Bahia Blanca -> Buenos Aires

Saímos cedo de Bahia Blanca, aproximadamente 8hrs, dessa vez pelo menos a dona do apê não nos acordou no meio da madruga, fui a pé até o AP do David, ajudei ele com a bagagem, de la fomos para o estacionamento, e depois fomos para o meu AP carregar a duca para sair.

O Ariel havia dado a dica de seguirmos viagem por Sierra Ventana, mas resolvemos ir pela Ruta 3, apesar do outro caminho ser mais bonito ele é um pouco mais lento por ser de serras, e como não saímos muito cedo o melhor é seguir pelo caminho mais rápido.

Na estrada tudo segue como planejado médias de 120km/h com paradas a cada 200km, tenho utilizado a gasolina mais top da argentina a maior parte do tempo, com ela a moto responde um pouco melhor, e obtive um novo recorde mais de 24km/l utilizando Podium e Vpower.

Minha moto segue ruim para baixar a marcha quando tenho que engatar segunda ou primeira o câmbio fica bem duro, acho que será necessário ver isso em BsAs. O primeiro problema ocorre com a moto do David, o parafuso que segura o pedal do cambio soltou e ele ficou sem poder trocar marcha, por sorte ele viu em um momento que não haviam carros na pista ai conseguimos parar sem nenhum problema, como o parafuso fica preso no pedal por um anel elástico ele não foi para a estrada, então é só limpar parafuso e rosca, e prender novamente no lugar, paramos em um local com sombra para efetuar o reparo, lá havia uma família fazendo um picnic à beira da estrada, eles até chegaram a nos oferecer um pedaço de pizza.

Reparo efetuado montamos na moto e vamos seguir viagem, nesse momento percebo o que é o problema de baixar a marcha da minha moto, estou quase sem embreagem, a alavanca está mole, somente no final do curso ela tem alguma pressão, o que não é o suficiente para desprender os discos, então a troca de marcha é no tempo. Paramos no primeiro posto que encontramos para ver qual o problema e aparentemente é o fluido contaminado ele foi trocado antes da viagem e é DOT 5.1, não sei qual o motivo da contaminação pois foram apenas alguns dias de viagens, mas como quando fica em ambientes muito úmido é recomendada a troca antes do prazo, acredito que frio umidade e gelo anoite deve ter contribuído para isso.

Aqui começa a via sacra, paramos em todos os postos pelo caminho e nenhum deles tem fluido de freio para efetuar a troca, há somente DOT3, mas esse não vai funcionar bem na moto, finalmente em um YPF encontro um DOT4 mas somente frasco de 1 litro, vou levar bastante fluido para casa, nesse momento descubro que uma das coisas que levei na outra viagem e não trouxe nessa faz falta, uma mangueira fina na largura do respiro do fluido para efetuar a troca, depois de muitas tentativas o David conseguiu um tubo rígido que pode ser moldado com calor para efetuar a troca do fluido. Não há fotos desse reparo, pois no momento do serviço a fotografa oficial da viagem estava tomando sorvete.

Após tudo feito seguimos viagem, chegamos tranquilo em Buenos Aires, e como la é terreno conhecido fomos direto para o hotel sem erros, uma das melhores sensações na viagem e sair de cima da moto em um calor infernal e entrar em um quarto com ar condicionado... :D

Tínhamos planejado de jantar no San Juanino, pois ainda não comi nenhuma empanada de lá nessa viagem e é um sacrilégio passar por BsAs sem aquelas empanadas, porem o David teve a ideia (ordem da mulher) de ver um show de tango, pedi uma indicação ao Adrian pois no hotel os caras não sabiam de nenhum lugar, fomos ao café Torton que tem um teatro no sub solo onde há shows regulares de tango, achei a entrada meio cara, mas como é algo 100% turístico está na média, o local é legal, o garçom que nos atendeu é uma figura aparte parte da diversão foi ele, o show me surpreendeu, já havia visto alguns aqui, mas esse foi mais legal, com teatro e história, não só a dança com os outros, no final teve até DVD do show que o David vai levar de presente p mulher.





Dia 18 – Buenos Aires -> Uruguaiana

Saímos do hotel logo após o café, direto para estrada com uma parada p abastecer no primeiro posto da Autopista.

Como tenho horário para chegar em Uruguaiana para conseguir trocar o pneu da moto, definimos que serão somente paradas curtas, o trecho é pequeno são aproximadamente 600km, então com duas ou 3 paradas no máximo conseguimos chegar no horário na fronteira.

A surpresa do dia foi a alfandega, antigamente para brasileiro sair da argentina, era ir com o veículo direto na cabine, passar os dados do doc e estava ok, agora nós temos que pegar a mesma fila quilométrica que os argentinos para fazer o tramite, mesmo o nosso sendo muito mais simples, aqui fiquei com medo de não conseguir passar a tempo de ir na loja.

Passando a fronteira argentina ai é tudo tranquilo, pois na nossa para brasileiro é só passar não estamos importando nada então não tem o que declarar.

Fomos direto para o hotel pois não sabíamos se teria quarto, como tive que mudar as datas solicitei a alteração por e-mail mas não tive resposta, e não conseguimos reserva para o David com antecedência, então mais uma vez será com emoção, por sorte o hotel estava tranquilo e haviam quartos disponíveis, já deixei a Dani para descansar e desfazer a mala.

Fui na loja para trocar o pneu, foi fácil de encontrar ela, fica a duas quadras do hotel, e também já tinham o meu pneu separado, pois era o único na medida disponível na loja, o problema foi a troca, a balança da minha moto é um monobraço com um eixo de uns 35mm e a porca para soltar a roda é de 42mm, a loja tem chaves até 35 e dps uma 45, o mecânico saiu atrás de chave, voltou umas 3 vezes com um monte e nunca servia, até que achou uma oficina que tinha uma p emprestar. Foram terminar de montar e balancear 1h dps de fechar a loja.

No jantar fomos o restaurante da praça, rodizio com carne de cordeiro :D, comida muito boa e como era nosso último dia juntos o David fez questão de pagar a conta, e não deixou nós pagarmos nada.





Dia 19 –Uruguaiana -> Foz


Acordamos bem cedo para tomar café no hotel e nos despedir do David, hoje o caminho dele será mais longo que o nosso e não temos pressa para chegar em foz.

O meu carta verde venceu ontem 18/01, como vou cruzar por dentro da argentina até foz, tenho que fazer um novo, comecei a pesquisar na cidade e achei uma corretora de seguros perto do hotel, fui lá para fazer o carta verde e descobri que eu tenho direito a ele grátis para o ano todo pela minha seguradora, já está incluído na apólice, e eles fornecem o certificado sem cobrança extra, pelo visto o que paguei no meu foi comissão da corretora, para meu azar o sistema da minha seguradora estava fora do ar. A corretora de Uruguaiana não tinha como emitir o certificado, pediram para eu esperar voltar o que ocorre normalmente por volta do meio dia, ai eles emitiram o certificado sem cobrar nada, ou se eu tiver pressa teria que pagar para efetuar por outra seguradora, como tenho que pegar a estrada logo, paguei os 48 reais por mais 3 dias, a ida até foz, e mais alguns dias para entrar na argentina para ir em Puerto Iguazú ou no parque das Cataratas Argentinas.

Saída do Brasil como sempre tranquila, o PRF só olhou a placa viu que sou brasileiro e desejou boa viagem, sem nenhum tipo de processo de transito, para entrar na Argentina também foi tranquilo, tinha o processo de transito mas separado para brasileiros e estava sem fila, perguntaram o destino e dessa vez não pediram o certificado carta verde, abasteci no YPF e bora p estrada.

A ruta não é mais o tapete perfeito que peguei em 2013, a faixa sentido norte tem dois trilhos fundos no asfalto de onde passam os caminhões, está bem claro que os caminhões sobem carregados e voltam descarregados por aquele caminho, ou não voltam pela mesma estrada, pelo menos não tinham buracos na estrada somente o trilho fundo mesmo, mas nada que atrapalhe.

Uma coisa que me deixou chateado foi o maldito Murphy, dessa vez não fui parado em nenhuma blitz ou posto policial, ninguém perguntou em momento algum sobre o seguro carta verde, foram 48 reais jogados fora.

Chegamos em Foz no horário planejado, foi fácil de achar o hotel, e em pouco tempo estávamos no quarto, um inconveniente foi a reserva, tínhamos planejado pagar o hotel com o voucher, e estava tudo ok, no meio da viagem efetuamos a troca da data e por algum motivo que não sabíamos qual a tarifa estava ainda mais barata do que antes, mas na hora de pagar com o voucher descobrimos que a condição daquela tarifa barata é que a cobrança foi efetuada diretamente no cartão cadastrado na conta accor, com isso resolvemos estender mais um dia em Foz, e usar o voucher pois ele tem data de validade, o que vai sobrar será utilizado mês que vem em algum passeio de final de semana.

Na hora de abrir as malas, descobrimos que graças aos dias a mais de viagem algumas roupas acabaram, teremos que achar uma lavanderia urgente, e por desencargo comprar algumas peças simples no mercado para usar amanhã (cuecas e meias...kkkk).

Como de costume nosso primeiro jantar em Foz foi no Madeiro, eu sou viciado em hambúrgueres e o deles é muito bom.



Dia 20 – Foz – Cataratas Argentinas


Depois do café fomos direto para as Cataratas Argentinas, logo na fronteira a primeira surpresa, antigamente a passagem para quem vai ao parque ou ao cassino era rápida, agora ela demora, os argentinos estão registrando todo mundo que entra e sai, e dessa vez me perguntaram sobre o certificado carta verde, mas não pediram para ver, só perguntaram se tinha eu disse que sim ai mandaram seguir, ainda acho que desperdicei 48 reais, pois mesmo se não tivesse acredito que até o parque poderia ir sem ele.

Levei todos os baús, para guardar jaquetas, calças e botas de andar de motos, assim deixei tudo guardado, e andei de tênis e bermuda tranquilo o dia todo.

Chegando no parque tive uma grande surpresa, nossos hermanos deram uma boa investida no lugar, quando fui, havia uma cabine na entrada, nenhuma área coberta de controle nem nada e as trilhas todas de terra.

Agora tem uma entrada toda estruturada, os caminhos principais estão pavimentados com pedras, até as passarelas foram trocadas, é possível ver pedaços da passarela antiga que leva as cataratas se desmanchando no meio do rio, os caminhos novos estão mais largos, e parecem bem mais seguros.

Andamos muitos, fizemos quase todos os circuitos que estavam abertos, com direito a banho ao lado de uma das quedas, muitas fotos da paisagem e de alguns animais, como não poderia faltar sempre tem uma múmia, FDP, a qual eu espero que sofra muito de câncer antes de morrer, fumando onde não é permitido, e na hora que o funcionário do local diz que é proibido, ela apaga na arvore e joga a bituca no meio do mato.

Para finalizar o passeio, um último sorvete no freddo, agora de novo só daqui a alguns anos, a rede deles no brasil é uma bosta, deixa muito a desejar em qualidade e variedade, então só comemos quando estamos na argentina.

Na volta paramos o duty free para comprar algumas tranqueiras, como era esperado com o dólar alto, a maioria das coisas não valem a pena, mas acabamos pegando duas encomendas, chegando perto do hotel paramos em um encontro de carros, dessa vez nada de carros clássicos antigos e motos com quase 100 anos, igual na outra viagem em Rosário, mas sim o encontro do VW Clube de Foz, vários fuscas, brasílias e kombis, alguns estavam originais, e outros totalmente personalizados.

Depois de descansar um pouco saímos para deixar todas as roupas na lavanderia, e percebi algo que deveria ter visto ontem, acabaram também minhas camisetas, estou utilizando a última, tentei lavar e secar com o secador de cabelo do hotel, mas não deu muito certo, a Dani acabou saindo para comprar uma nova.

No jantar fomos em um lugar chamado O Buteco, a comida estava boa e o ambiente estava legal, a única coisa estranha é que toda hora chegava uma galera vestido como se tivesse indo em uma festa, o inconveniente foi que do nada começou música ao vivo no lugar, um sertanojo de bosta, só não cancelei o pedido e fui embora na hora pq a comida já estava vindo, mas praticamente engoli tudo para sair daquele lugar o mais rápido possível. (Dica de viagem quando for jantar em algum lugar mesmo que seja um buteco, pergunte se tem música ao vivo como se fosse balada, as vezes tem essas bostas mesmo sem indicação em lugar nenhum)

Depois de engolir a comida para fugir daquele som proveniente do inferno (o capeta não aguentou e mandou p Brasil), bora tomar mais um sorvetinho na Oficina do Sorvete (altamente recomendado), e depois descansar pois amanhã tem mais role.







Dia 21 – Foz – Compras Paraguai

Resumo do role “Furada”.

Primeiro definimos os objetivos, comprar um tênis para a Dani, pois ela já veio com o mais velho justamente para trocar no meio da viagem, e comprar uma luva nova para andar de moto pois a minha luva nova (só tem 4 anos de uso todo dia :D ) abriu o bico.

Depois de muito rodar, encontramos 3 lojas onde vendem equipamentos de motos, originais e com procedência, os preços não estavam ruins as luvas que no brasil custam uns 1000 reais la estavam na faixa dos 600, porem que quero as que custam uns 400 no brasil, ai dei azar, as lojas até tinham varias opções algumas até com goretex, mas nada no meu tamanho, só tinham pequenas e médias, quase pegamos uma nova para a Dani, pois a dela também está quase chegando no final da vida útil (como ela não pilota todo dia a dela dura mais a atual foi comprada em 2009).

Ocorreu basicamente a mesma coisa com o tênis para a Dani, os que no Brasil beiram os mil reais, la estavam entre 500 e 600, porem os mais baratos quando não estavam o mesmo preço que no Brasil, estavam mais caros, chegamos a ver um nike la por 300 reais, o mesmo no Netshoes estava 250 e parcela a perder de vista, desistimos do tênis também.

Para não falar que não gastamos nada lá, compramos duas garrafinhas d’agua... :D

Uma coisa que estava em um preço muito bom e me segurei para não comprar foi a Gopro 5, ambas as versões estavam entre 10 e 15 dolares mais caro do que no mercado yank, isso nas lojas de renome onde é seguro comprar, se pesquisar nas lojinhas menores, cheguei a ver até mais barato, mas na minha a pouca diferença do valor não vale o risco. Se eu tivesse 315 dolares a disposição teria comprado uma.

Fomos embora para o hotel um pouco decepcionados por não encontrarmos as coisas que procurávamos, ou pelo menos não encontrar mais barato do que no Brasil.

No final do dia resolvemos seguir a dica de uma taxista e visitar o marco das 3 fronteiras, de acordo com ela foi reformado e vale a pena conhecer, da última vez que fomos era só uma praça, um totem e uma loja de lembranças, vamos ver como está agora.

Chegando la tivemos uma surpresa boa, foi construído todo um complexo do marco das três fronteiras, com direito a cinema contando história do Cabeça de Vaca, exposição de artefatos utilizados em cinema, e obras da região, há uma iluminação na fonte que fica muito legal depois que escurece.

Eu gostei muito do restaurante que há no local, o ambiente dele é bom, e foi o lugar onde comi o melhor hambúrguer fora de SP, só tem uma opção de hambúrguer no cardápio e um funcionário/proprietário do local, é receita dele, colocaram para ver se a galera curte, além da comida ser boa o preço também, estava bom, abaixo do esperado para um local turístico (onde normalmente as coisas são caras e ruins), mas o ponto do valor o cara me disse que logo muda, terão que subir o valor de revenda, pois salários e matéria prima subiram.

Tiramos muitas fotos, inclusive algumas no por do sol, para variar gastamos um pouco na loja de lembranças, e bora para o hotel, amanhã tem mais estrada.





Dia 22 – Foz – Londrina




Acordamos não muito cedo, tomamos café no hotel e montamos tudo para pegar a estrada.

Conforme esperado a estrada é mediana, mas quando se paga o primeiro pedágio ela passa a ser horrível, pois pelo valor cobrado, deveriam ter 10 faixas pavimentadas com ouro puro.

Somente hoje, gastamos mais de pedágio do que em todo o resto da viagem.



Em uma das paradas encontramos mais dois viajantes, dois Noruegueses que disseram morar no Rio de Janeiro, eles estavam em duas buells e tiveram como destino final Ushuaia igual agente, porem ao invés de fazer ida e volta pela ruta 3, eles pegaram a ruta austral. Mesmo a suspensão mais elevada da buell não aguentou esse trecho, depois de mais de 1000km de ripio e buracos a moto dele estava com um lencinho na suspa igual ao da minha.



Maior parte do tempo pegamos tempo bom, só tivemos que parar entre Maringá e Londrina pois começou uma tempestade na estrada.



O único inconveniente do dia foi um fusível queimado logo após um dos pedágios, o esguela gato (recurso técnico alternativo) que segurava o conector do milha no lugar quebrou, fazendo com que o cabo dele ficasse solto, o cabo acabou encostando no escape derretendo parte da capa do fio até o positivo ficar exposto o que causo o curto, por sorte esse erro a moto avisa no painel, fusível substituído, fita isolante no cabo que derreteu e mais um pedaço para substituir o esguela gato quebrado.



No final da tarde chegamos em nossa última parada, a casa/hotel do meu tio, pensão all inclusive, com direito a jantar e almoço na pizzaria.





Dia 24 – Londrina -> Guarulhos (home)


Tomamos café com meu tio e a esposa dele, nos despedimos e todo mundo e bora para estrada.

Chegando no primeiro pedágio pergunto para Dani se ainda tem dinheiro suficiente e ela diz ter bastante, mas na hora de pagar a surpresa o maldito pedágio no meio de uma estrada basicamente abandonada custa 10 reais, la se foi o “muito”, depois dele começamos a procurar um caixa eletrônico, mas sem sucesso, no meio do caminho só cidades pequenas e nenhuma delas tem caixa da rede 24 hrs, de acordo com um PRF há mais um pedágio no Paraná, e mais uma vez ficam 10,5 no assalto legalizado promovido pela concessionaria da rodovia, dessa vez foram quase todas nossas moedas, mas como estamos quase entrando em SP, agora é tranquilo não castelo não pagamos pedágio.

Antes de chegar na castelo há mais dois pedágios o dinheiro deu certinho sobraram poucos centavos, foi mais 5,65 nos dois, aqui pelo menos a pista é duplicada, e com várias faixas, bem melhor que a pista simples e esburacada no Paraná.

Chegando em SP a surpresa, mesmo antes do horário do rush estava um transito infernal na marginal, nesse momento me lembrei de um detalhe amanhã é feriado na cidade, muita gente saiu mais cedo para poder pegar a estrada.

Chegamos em casa aproximadamente 17hrs, agora só descarregar, desfazer as malas e descansar.

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22 Ago 2017 15:46 #4 por THIAGO_TAVARES
Fechamento



A moto provou que vai e volta sem maiores problemas, o motociclista é uma raça unida pra caralho, em todas as paradas todos trocam ideias, nossos Hermanos nos deixam com vergonha no requisito infra, estradas no meio do nada tem asfalto bom (mesmo com muitos caminhões), e outras auxiliares não são pavimentadas mas tem uma boa camada de ripio o que para os carros já é suficiente.

Como previsto não fizemos a viagem toda sozinhos pois conseguimos companhia e fizemos bons amigos que com certeza encontraremos em outras viagens.

A primeira coisa depois de retornar foi procurar as peças para a manutenção da duca, já comprei óleo e filtro antes de ir, e já tinha um par de retentores, mas a relação não, essa última não entra no custo da viagem pois não foi só aa da viagem que gerou desgaste e sim a os últimos 28000km que ela rodou, a título de curiosidade o kit de engrenagens custou 500 trazendo dos EUA, aqui o mesmo kit custa 1500 na loja a corrente RK comprada aqui foi mais 600.
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Patriarca

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22 Ago 2017 17:21 #5 por Dedenis
Parabéns irmão!!!!!

Espero um dia também desfrutar de uma experiência dessas com a patroa.

Abçs e bons ventos!

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22 Ago 2017 20:19 #6 por Patriarca
Obrigado pelo relato Thiago, vou lendo aos poucos para curtir mais a história. B)

"Bons amigos são a família que nos permitiram escolher..."
"Memento te mortalem esse"
“Não é o trânsito que te educa, você leva sua educação por onde vai."

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23 Ago 2017 08:48 #7 por THIAGO_TAVARES

Dedenis escreveu: Parabéns irmão!!!!!

Espero um dia também desfrutar de uma experiência dessas com a patroa.

Abçs e bons ventos!


Vlw, amigo.... só planejar direitinho que dá...

Patriarca escreveu: Obrigado pelo relato Thiago, vou lendo aos poucos para curtir mais a história. B)


Eu tento registrar tudo sempre durante a viagem, algumas coisas são úteis para quem quer fazer o role, mas muitas são relatos pessoais que servem como um passa tempo pra quem gosta desse tipo de história.

Assim que tiver tempo, vou tentar separar pelo menos algumas fotos pontuais para deixar em destaque no tópico, como não tenho paciência para ter blog, aqui é onde publico os dados das viagens e todos podem ver...

obs.: tbm não tenho facebook...kkkk minha mulher até tem mas eu não entro la, então lá só tem fotos nada de relato.
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Patriarca

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