Bem, pra início de conversa tenho uma F800GS, que é a minha 55ª moto e te garanto, andar a 160km/h não é algo costumeiro e oportuno, a não ser em autódromos e raramente nas rodovias, contrariando toda norma de segurança. Primeiro pela segurança do próprio piloto, eventualmente de garupa e deve-se aditar a segurança dos outros usuários das vias. É uma velocidade que não permite a mínima faixa de erro seu e de outros (o que é bastante comum). Se você acertar uma pequena ave que seja...
Mas, outro ponto a ser observado, cavalo que anda mais também come mais, não há mágica, acima daquilo que se estabelece como velocidade cruzeiro pra cada modelo, você sempre consumirá mais e desgastará mais o seu precioso motor, observado o limite das rpms.
Determinados modelos apresentam erro de até 30% de erro em seus velocímetros, pra maior. O normal é 10%.
Certa vez, a bordo de uma Mirage 250 (Kasinski), estava a 135km/h no velocímetro, com velocidade real de pouco menos de 100km/h. Isso mesmo, cerca de 35% de erro.
Se você pegar uma Tenere 250, por exemplo, e comparar com o gps verá que o erro é de 10%, como já fiz. Portanto, os que de forma otimista asseguram que sua Tezinha ou Fazer fazem média de até 34 km/litro, devem fazer a devida correção para a distância percorrida, também 10% maior. Resumindo, essas motos chegam a 30,4 km/l, aproximadamente, no máximo, dependendo de uma série de variáveis.
Para o dia-a-dia e eventuais incursões nas rodovias, considero a Té250 ou a Fazer250 excelentes motos. As XRE e CB300, passe longe, tiveram projeto bichado. Aquela máxima de ONDA é ONDA já era há muito tempo.
Claro, há opções de algumas usadas, porém, considere a dificuldade das peças para manutenção. Vou dar um exemplo, no ano passado (2014) comprei uma XT600E, 2004, com incríveis 2800 rodados. Novíssima. Os pneus estavam zerados, ainda com cabelinhos, precisei trocá-los pois começaram a apresentar rachaduras, na medida que comecei a andar. Uma simples presilha plástica, que prende o cabo do velocímetro na canela esquerda, endureceu e quebrou. Não encontrei em nenhuma CC Yamaha, nem na internet. A tampa do tanque caiu durante abastecimento e quebrou o plástico. Ficou assim, e por aí vai...
Se ainda assim você quiser entrar no mundo da velocidade, aí o céu é o limite, mas prepare-se para os custos de manutenção e equipamentos. Já viu o preço de um macacão apropriado? De um capacete? Das botas? kkkkk...
Desculpe alongar tanto, mas a gente vê tanta coisa escrita que nos deixa boquiabertos.
Forte abraço.