A busca pelo óleo ideal continua...

25 Jun 2008 21:11 - 05 Jun 2012 21:11 #1 por Xamã
Amigos,

há muito venho pesquisando sobre óleos lubrificantes. Sem medo, fiz da minha "Mulata" um laboratório ambulante das minhas experiências. Primeiro, troquei o óleo original pelo Havoline Premium SL 20W - 50. Depois, troquei o óleo da Texaco pelo Valvoline Durablend Synthetic 10W - 40 SM (um óleo tipicamente automotivo...) .
Tudo isto, antes mesmo que a moto completasse os 500 quilômetros rodados.
Daí, depois de visitar trilhões de sites da internet, verifiquei que há uma tendência normal dos norte-americanos em utilizar óleo automotivo nas motocicletas. Em um dos sites, inclusive ("bobistheoilguy.com"), verifiquei que é comum os consumidores mandarem o óleo lubrificante automotivo usado nas motos para análise química após o uso por um determinado período de tempo ou após certa quilometragem, o que sequer passa pelas nossas mentes no lisarb.
Lá, Mobil 1, Shell Rotella T (mineral ou sintético), Redoil e Valvoline Synpower automotivos são comumente adotados em substituição aos produtos originalmente recomendados pelos fabricantes de motos, com excelentes resultados (sem os temidos problemas com as embreagens banhadas a óleos, por exemplo).
Bom, para resumir a estória, percebi que a tendência atual é a utilização de lubrificantes multiuso heavy duty, que atendem simultanemaente às classificações API "S" e "C", em função do custo mais baixo que apresentam e pela maior resistência à perda da viscosidade após o uso mais intenso. Neste contexto, li maravilhas sobre o óleo Shell Rotella T 15W - 40 CI - 4/SM, principalmente pelo baixo desgaste dos propulsores, caixas de marcha e embreagens mesmo após ultrapassadas as 3.000 milhas (4.800 kms) de utilização.
O que os amigos acham disto?
Particularmente, adotei o Lubrax Top Turbo 15W - 40 CI - 4/SL após os 3.000 kms rodados com a "Mulata" e, curiosamente, mesmo não sendo um óleo para motocicleta (sequer possui a especificação JASO MA), a moto está tendo um comportamento exemplar, onde destaco o câmbio macio e um ruído de motor muito baixo.
Em suma, optei por um óleo mineral multiuso, do tipo "uso severo" para motores diesel e gasolina, em razão da extrema resistência da aditivação ao calor, ao cisalhamento e à perda da viscosidade. Paguei R$ 7,00 pelo litro e estou satisfeito.
Mas acho que a discussão merece prosperar. Acho, sinceramente, que há um marketing danado nestes lubrificantes de moto, vendidos a preços altos e com API de um quarto de século atrás.
Seguem, abaixo, alguns sites para consulta e reflexão sobre o tema. Sinceramente, acho que óleos automotivos 20W - 50, 15W - 40 e 10W - 40, desprovidos de aditivos modificadores de atrito, podem ser usados normalmente em motos.

www.bobistheoilguy.com/forums/ubbthreads.php?ubb=post list&Board=9&page=1

www.nightrider.com/biketech/oiltest1.htm

www.falcononline.com.br/forum/index.php?topic=3871.0

www.calsci.com/motorcycleinfo/Consumables.html

www.wootbike.com/articles.php?article_id=7&page=5

Um abraço a todos!

Suzuki Intruder 125 2008/2008 (Mulata)



Sundown Hunter 125 2010/2010 (New "Red runner")



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25 Jun 2008 21:37 #2 por Sevla
Oleos de carro tambem acho melhor que de moto, o unico problema do oleo de carro em moto são os aditivos anti atrito que os melhores oleos possuem.

se a embreagem não estiver muito boa vai patinar, conheço muita gente que só usa oleo automativo em motos, já faz tempo e nunca patinou embreagem.

oleos sintéticos mais finos 15w40-10w40 melhora a lufrificação e facilita a circulação com maior rápides pelos dutos e outras passagens do oleo.

só não é totalmente recomendado pra motos devida a embreagem ser banhada em oleo, mas se não patinar como os usuarios dizem não patinar não vejo problema algum em usar.

xt 225 sem destino
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25 Jun 2008 22:41 #3 por RaphaeL Recreio
PRA UMA MOTO 125 QUALQUER OLEO TA BOM... SE VC ANDA TODO DIA, USA O MINERAL, SE VC ANDA SO AS VEZES USA O SINTETICO... SE VC USA SUA INTRUDER PRA COMPETIÇÃO E CORRIDA E UTILIZA O MOTOR AO EXTREMO T RECOMENDO OQ ESTA NO MANUAL... PRA NÃO TER DUVIDAS... OLEO DE CARRO É DIFERENTE DO D MOTO, NAS MOTOS O OLEO TEM FUNÇOES DIFERENTES...

SuZuki EN125 YeS PreTa V8 GTi

Rodas 18" ConversiveL
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25 Jun 2008 22:44 #4 por RaphaeL Recreio
POIS BEM , CADA UM FAZ OQ QUER COM SUA PROPRIA MOTO... EU NORMALMENTE USO O MOTUL PRETO... TROCO D 3MIL EM 3MIL

SuZuki EN125 YeS PreTa V8 GTi

Rodas 18" ConversiveL
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26 Jun 2008 07:40 #5 por Xamã

Sevla escreveu: Oleos de carro tambem acho melhor que de moto, o unico problema do oleo de carro em moto são os aditivos anti atrito que os melhores oleos possuem.

se a embreagem não estiver muito boa vai patinar, conheço muita gente que só usa oleo automativo em motos, já faz tempo e nunca patinou embreagem.

oleos sintéticos mais finos 15w40-10w40 melhora a lufrificação e facilita a circulação com maior rápides pelos dutos e outras passagens do oleo.

só não é totalmente recomendado pra motos devida a embreagem ser banhada em oleo, mas se não patinar como os usuarios dizem não patinar não vejo problema algum em usar.


Sevla,

a questão que me chamou mais atenção foi exatamente a ausência de diferenças químicas entre os óleos de moto e de carros analisados nos EUA.
Em um dos links que passei, se fala da experiência prática que um tal Dr. Woolum realizou em 1500 milhas com diversas motocicletas e diversos óleos automotivos e motociclísticos.
Qual vc acha que foi a conclusão do teste?
Bom, quem dizia que o molibidênio contido nos óleos automotivos faria a embreagem patinar, se impressionou ao saber que houve óleos de motos com maior quantidade de molibidênio do que alguns automotivos. Quem dizia que os óleos de moto eram mais resistentes ao "break down" (quebra das móleculas dos aditivos melhoradores dos índices de viscosidade e que leva à rapidíssima queda da viscosidade dos óleos), se horrorizou ao ver que alguns óleos, como o próprio Rotella T da Shell, seguravam os padrões de viscosidade mesmo após longos períodos de stress e que óleos como o Motul 300V perderam até 41% da viscosidade original após submetidos a maiores esforços.
Contraditório, não???
A questão da discussão é essa. Achei muit legal os caras terem colocado dúvida em se realmente existe a diferença entre óleo automotivo e motociclístico, pois, pelo menos até agora, o tal JASO MA não representou aditivação extra, mas sim uma proriedade natural de óleos desprovidos de modificadores de atrito.
No meu caso, o Lubrax Top Turbo não repreentou qualquer diferença na moto. Ficou tudo igual e vou trocar a cada 1.500 kms, pois o óleo é bem barato (antes, usei o Valvoline 10W - 40 SM).
O que parece ser um consenso no meio é a máxima de que "Moto gosta de óleo novo e limpíssimo", pois o que causaria danos à embreagem seriam exatamente os residos metálicos distribuídos no lubrificante e que se depositariam nos discos durante o uso da motoca.
Tô começando a achar que realmente algo não cheira bem na diferenciação de óleos para carros e motocicletas. Já reparou que um carro leva, em média, 3 litros de óleo a cada troca? E a moto? Será que o maior preço do lubrificante não sria uma maneira de compensa a menor escala de venda dos óleos para moto? Sinceramene, não consigo entender como um óleo heavy duty para frota mista com API SL consegue custar 7 paus e um óleo vagabundo, mineral, e com API SG para moto consegue custar mais de R$ 10,00...
E se eu disser que 90% dos óleos chamados de sintéticos não são realmnte sintéticos, pertencendo, na verdade, ao grupo de bases III, que são óleo minerais hidrocraqueados e muito aditivados, para atingirem desempenho parecido com os óleos de grupo IV (PAO's) e V (Ésteres)? O que os amigos dirão?
Mas estou deixando a mensagem e o tópico para uma reflexão mais profunda. O que estudei sobre o assunto quando a dúvida começou a bater na cabeça, o amigo nem imagina...
No fórum das Falcon e das XT660 a coisa pegou fogo!

Um abraço grande a todos os amigos.

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26 Jun 2008 16:23 #6 por zarolha666
comprarei o automotivo mesmo!

agora HABILITADO!



[YES PRETA!]"nega gostoza"

Nova Iguaçu - RJ

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26 Jun 2008 16:55 #7 por Jduarte
eu prefiro gastar R$ 12,00 a cada 2.500 km, do que gastar 14 em 3.000...


A Doutora Zuki já está com quase 62.000 km, e desde os 15 mil faço a troca do óleo simultaneamente com o filtro dele, a cada 2.500 km, usando o Yamalube e filtros Valflex... embreagem e tudo mais se mantêm ótimos. Não preciso ter nem sequer preocupação com se existe algo melhor, pq o uso desses continua plenamente seguro e satisfatório...
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27 Jun 2008 04:28 #8 por Xamã

Jduarte escreveu: eu prefiro gastar R$ 12,00 a cada 2.500 km, do que gastar 14 em 3.000...


A Doutora Zuki já está com quase 62.000 km, e desde os 15 mil faço a troca do óleo simultaneamente com o filtro dele, a cada 2.500 km, usando o Yamalube e filtros Valflex... embreagem e tudo mais se mantêm ótimos. Não preciso ter nem sequer preocupação com se existe algo melhor, pq o uso desses continua plenamente seguro e satisfatório...


Saudações JDuarte!

É uma honra tê-lo neste tópico.
A "Mulata" ainda não fez o macete do tubo, mas, em breve, estará devidamente afinada. E conto com Vossa Senhoria para isto!
Bom, sobre o que o amigo disse, só posso dizer que não optei pelo Yamalube (que é a mesma coisa que o Havoline Premium 20W - 50 API - SL, só que mais caro...) pelo fato de ser um óleo com viscosidade 50 aos 100ºC, quando o projeto original do motor previu um óleo com SAE quente 40. Além disso, a impressão que tenho, até hoje, rodando com óleo 10W - 40 desde os 327 kms, é de que a moto fica mais "solta", com engates de câmbio mais macios também.
Se eu elencar uma razão mais técnica para a escolha de um óleo heavy duty CI - 4/SL com SAE quente 40, poderei falar na temperatura do cabeçote das Intruder depois de apenas 10 minutos de funcionamento e, em função disto, de ocorrer mais fácil desnaturação de óleos SAE 50 nestas condições.
A escolha do amigo, no entanto, também demonstra uma insatisfação com o óleo originalmente escolhido para as Suzukis - o antiquado Lubrax Moto Gp, com API de vinte anos atrás (SG) - em função obviamente da superioridade em qualidade e tecnologia de um lubrificante como o Yamalube.
Uma das razões de eu ter aberto este tópico está exatamente no fato de querer fazer uma reflexão sobre a qualidade do "sangue" que corre nas veias das Intruder e Yes do fórum. Outro motivo é pelo fato de não achar certo, por exemplo, que o amigo pague R$ 12,00 num Yamalube simplesmente porque a Texaco não quis apor um simples "Atende à JASO MA" na embalagem do Havoline Premium SL, que custa coisa de R$ 9,00 nas boas casas de autopeças.
Qual o porquê disso? Ora, porquê já está solidificada a imagem de que "óleo para carro não serve em moto".
Mas como se explica a identidade entre Yamalube e Havoline Premium e entre o Valvoline autmotivo e o motociclístico?
Simples, a indústria do óleo não quer vender menos óleo (motos usam menores quantidades de lubrificante, em geral...) por um preço igual ao que pratica para compradores de maiores volumes, como são os casos dos automóveis e dos caminhões.
Há até uma estória da década de 60, nos Estados Unidos, que diz respeito às técnicas de propaganda negativa para induzir os compradores a utilizarem produtos específicos para motocicletas. Nela, o vendedor fala para um consumidor o seguinte: "Você não vai ter coragem de botar este óleo na sua moto, vai?"
Pergunto: depois de um terror desses, quem se aventuraria com um produto que não fosse "o único a conter tais e tais aditivos", hein!?!
Mesmo assim, digo que nem todo óleo automotivo serve para as motocas. Óleos classificados pelo American Petroleum Institute (API) como "energy conserving", com viscosidade muito baixa, tipo 0W - 30, 5W - 30, 0W - 20 e 5W - 20, possuem os chamados "aditivos modificadores de fricção", que podem sim levar à patinação da embreagem banhada a óleo, apesar de nada ainda restar comprovado neste sentido. Por outro lado, óleos do tipo 10W - 40, 15W - 40 e 20W - 50 dificilmente apresentam estes aditivos em sua composição, podendo ser usados sem sustos.
Para uma escolha mais correta, vale ambém a análise do índice de viscosidade do óleo. Um número muito alto ("160", por exemplo) num óleo 10W - 40 pode ser uma bela de uma roubada.
E qual o porquê disso?
Bem, quanto mais alto o número em um óleo mineral ou semi-sintético (falarei destas classificações mais tarde...), mais provável é a utilização dos chamados VII (Viscosity Index Improvers), ou melhor definindo, dos "melhoradores do índice de viscosidade".
Ora, estes aditivos não possuem propriedades lubrificantes, não ajudando em nada na tarefa de bem "azeitar" o motor. Em suma, quanto mais estiverem presentes, menos óleo de fato existirá na embalagem. Em segundo lugar, é muito normal que quando submetidos a stress mecânico e térmico - muito comum nas caixas de marchas e embreagens das nossas Suzukis - estes aditivos se decomponham, fazendo com que a viscosidade do lubrificante caia rapidamente e exponha a risco a integridade dos componentes mecânicos. É por essa razão que, em muitas análises de óleos usados em motos, um óleo que possuía SAE 50 a 100ºC apareça com uma viscosidade típica de óleo SAE 30 a 100ºC, o que não é nada bom.
Tá aí mais uma bela razão para a minha opção por um lubrificante que mantém pressurizadas bronzinas que, às vezes, puxam pesos de 50 toneladas em motores de mais de 400 cv.
Muito dificilmente, este lubrificante perderá viscosidade rapidamente, pois que foi desenvolvido para possuir pouca aditivação de VII's e para suportar muito calor (motores diesel trabalham geralmente com turbinas...) e stress mecânico.
Vou ficando por aqui e vamos conversando mais, no decorrer do tópico, sobre o que seria o óleo ideal.
Mas, digo e repito: JDuarte, a esolha do Yamalube é boa.

Um abraço a todos!

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27 Jun 2008 06:01 #9 por BSM
Galera, ontem quando li esse tópico me lembrei que tinha que trocar o óleo. Daí cheguei no mecânico e para minha surpresa ele só tinha óleo Gulf 15w40 para competição.

Ele me garantiu que o óleo era bom e que estava usando em todas as motos (será que tá na sua Monteverdi?). Como eu já tava lá e fiquei curioso depois desse tópico e do tópico do Falcononline, eu aceitei o óleo.

O que posso dizer é que a moto tá muito solta, menos barulho no motor, câmbio muito melhor e não patina. Ainda tenho que dar umas esticadas para ver como fica em giros altos.

Vou passar lá hoje para conseguir as especificações do óleo e depois eu posto aqui.

B12 / Factor 125
BH / MG
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27 Jun 2008 19:05 #10 por Xamã
BSM,

não conheço este óleo Gulf, mas por ser um 15W - 40, deve ser bem estável e conter menos aditivos VII's.
Fico particularmente feliz ao ver que o tópico está sendo um ponto de referência para reflexões acerca dos lubrificantes que usamos nas nossas Suzukis.
No que eu puder ajudar a melhorar o desempenho e a durabilidade das motocas, farei o possível.

Um abraço pessoal!

Suzuki Intruder 125 2008/2008 (Mulata)



Sundown Hunter 125 2010/2010 (New "Red runner")



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27 Jun 2008 21:16 #11 por GuilhermeRS
Xamã, se vc poder, gostaria que olhasse pra mim o óleo da REPSOL 15W-40 SJ, é que meui tio trabalha com a REPSOL e me consegue a 7 reais o litro deste óleo, é óleo proprio pra motos (quer dizer vem escrito nele- motos 4T)...

Eu estou quase decidido a comprar 1 caixa com 15 unidades, mas precisava etstar ele primeiro pra depois comprar essa quantidade toda...


Abraços e se souber alguma coisa dele me avise por favor!

INTRUDER AZUL 07/08 "GURIA"

DT180 PRETA 82

Cachoeirinha-RS
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27 Jun 2008 21:20 #12 por Sevla
Xama, quando voce diz que oleo mineral mais moderno possui menos aditivos anti atrito, não seria o contrario?

Os fabricantes dizem serem melhore justamente por possuir maior aditivação em relação aos mais antigos.

Já usei oleo de carro, mas era SF e SG em relação com os de moto de mesma especificação era melhor mesmo, o motor parecia menos ruidoso, o cambio funcionava macio e nunca tive problemas com embreagem.

Agora com oleos mais modernos e classificação mais variada ainda não usei, somente por receio da embreagem, pois são melhores que de moto sem dúvida.

xt 225 sem destino
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28 Jun 2008 04:50 #13 por Xamã
Pessoal,

o tópico está tendendo ao aprofundamento da discussão, o que é excelente.
Mas vamos ao que interessa, respondendo às dúvidas.
Quando compramos um óleo para moto e na embalagem do mesmo vem escrito "15W - 40", precisamos saber que o óleo surgiu a partir de um lubrificante com viscosidade 15W e não 40, como muitos poderiam imaginar.
O que dota um óleo a base de petróleo (quase a totalidade, nos dias de hoje...) de um SAE 40 a 100ºC são os aditivos de que tenho falado e que são conhecidos como melhoradores do índice de viscosidade (os VII's em inglês).
Já sabemos que quanto mais aditivos deste tipo, maior será o índice de viscosidade em si. Mas, nas motos, por conta das engrenagens de câmbio e da embreagem, mais propício à perda precoce da viscosidade será também um óleo muito aditivado com os melhoradores (VII's), pois estes (os aditivos) não resistem ao stress mecânico destes componentes e as moléculas destas substâncias acabam por se desnaturar.
Como fugir deste fenômeno e obter um óleo que dure mais e proteja melhor o motor, a caixa e a embreagem?
Simples, basta que se obtenha um óleo que não necessite dos melhoradores de índice de viscosidade ou, pelo menos, que os tenha em menor quantidade.
Assim, se um óleo mineral é 10W - 40, já sei que, partindo de um óleo com SAE 10 frio (0ºC), terei de chegar, por meio dos VII's, a uma viscosidade SAE 40 a 100ºC.
Mas sei também que será mais fácil fazer o mesmo se eu tiver como ponto de partida um óleo base que é mais viscoso, ou seja, que é 15W ou 20W. Nestes dois casos, para obter uma melhora do índice de viscosidade, necessitarei de menor aditivação.
Assim, estou afirmando que, no caso de um óleo mineral de motocicleta, para as gradações 15W - 40 ou 20W - 40, haverá mais estabilidade que em um lubrificante de grau 10W - 40.
Será que fui claro?
Mas por que será que fiz questão de falar sobre um óleo mineral, ou seja, derivado de petróleo?
Ahhh, porque há óleos que, dependendo da sua composição, não necessitarão dos aditivos melhoradores do índice de viscosidade e, por isso, serão muito mais estáveis e resistentes ao stress mecânico e térmico dos nossos motores refrigerados a ar.
É o caso dos óleos genuinamente sintéticos.
Genuinamente sintéticos são, hoje em dia, os PAO's (óleos cuja base são as polialfaolefinas), mais baratos, estáveis, mas ainda dependentes de uma certa dose de aditivação e os Ésteres (são compostos orgânicos que reagem com a água para produzir álcoois e ácidos orgânicos ou inorgânicos) e Poliolésteres, estes últimos, lubrificantes surgidos dos aditivos que compõem os lubrificantes.
Nestes casos, como a base do óleo é formulada pela própria engenharia química, muitas vezes são compostos que dispensam o uso de aditivos VII's (os tais melhoradores) e que conseguem suportar o stress mecânico e térmico com muito maior marge do que qualquer composto mineral.
Mas até nestes casos, a formulação, às vezes, é falha. Um exemplo disso é o Mobil 1 0w - 40 SuperSyn para carros. No meio automobilístico é um óleo aclamado. No motociclístico, desprezado, pois várias análises desse óleo, quando usado em motocicletas, revelaram acentuada perda da viscosidade em um curto período de tempo, o que evidenciou sua inadequação para o uso nestes tipo de veículos.
O que teria acontecido neste caso?
Bom, tenho em mente que deve ser muito complicado, partindo-se de um óleo SAE 0W chegar a um SAE 40 a 100ºC, mantendo esta viscosidade na fase quente com boa dose de estabilidade.
Sentiram como a coisa é complicada, galera?
Bom, desta forma, corri para uma solução que passo para vocês: troquem o óleo sempre antes do prazo colimado pelo fabricante!
Um óleo, qualquer que seja ele, perderá suas características básicas em um determinado momento, mas isto não quer dizer que ele ainda estará dentro dos nossos motores quando isto acontecer, não é mesmo!?!
O melhor óleo é aquele que tiver um API superior, ou seja, que possuir um API de última classificação, haja vista a maior resistência às temperaturas altas, a maior carga de aditivos contra a formação de vernizes, borras e de proteção contra o cisalhamento, além de maior basicidade (poder de neutralização de ácidos).
Aí, Guilherme, é com você. Se há óleos com API já no grau SL e o amigo optará por um que tem API SJ (quanto mais alta no alfabeto a letra após o "S", mais avançado é o lubrificante...), é questão de opção. No entanto, é bem verdade que se levarmos em comparação o óleo que é indicado para as Suzukis (o Moto GP, cujo API é ainda "SG"), este óleo da Repsol é coisa deveras mais avançada.
No que concerne à viscosidade, um óleo 15W - 40 me parece bem estável.
Acho que será bem difícl o amigo ter problemas.
Se o preço compensar, não vejo o porquê de não comprar. Mas, pessoalmente, eu preferiria correr atrás de um óleo com API SL ou até mesmo SM.
Bom, sobre os aditivos para redução do atrito, Sevla, eles realmente existem nos óleos convencionais com API mais elevado. Muita gente os aborda quando se refere à presença de molibidênio na composição dos lubrificantes, mas a pergunta que jaz não respondida, até os dias atuais, é: o que exatment causa a patinação das embreagens úmidas/banhadas a óleo?
Um estudo americano revelou que o mais comum é a patinação ocorrer pela deposição de detritos metálicos em suspensão no óleo por sobre os discos de embreagem, o que me leva apensar que óleo velho e contaminado com limalha é que pode acabar com a embreagem e não o óleo novinho, seja ele do tipo que for.
Realmente, a questão das embreagens banhadas a óleo foi um prato feito para a publicidade terrorista das empresas petrolíferas. Até agora, depois de 3000 kms rodados com óleos tipicamente automotivos, não tive sequer uma patinação de embreagem e isto tem me deixado cada vez mais certo de que a causa dos problemas nestes componentes não tem correlação com o óleo em si.
Mas houve redução de atrito nos óleos sim, conforme houve a elevação do nível do API. Os óleos padrão SL promovem discreta redução nos níveis de cosnumo se comparados com os SJ, mas isto não os classifica como "energy conserving", como acontece com os óleos que apresentam viscosidade mais baixas, com SAE 20 ou 30 a 100ºC, no geral.
Bom, espero ter ajudado aos amigos e tenham creteza que este papo vai continuar. Pena que não tenhamos uma cerveja geladíssima para melhorar ainda mais o ambiente...

Um abraço senhores!!!

Suzuki Intruder 125 2008/2008 (Mulata)



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28 Jun 2008 15:18 #14 por GuilhermeRS
Vlw XAMÃ, vou ver esse findi com meu tio pra ele me conseguir um litro de brinde pra testar, se eu gostar vou começar a usá-lo...

Já que é um óleo mto melhor que Mobil e Motul e vai me custar 7 pilas...

Meu tio disse que esse repsol (espanha) é muito usado lá pq facilita a partida em dias frios da europa (e aqui no sul não tá nada diferente o frio) e o motor fica mais solto com ele...

Só acredito vendo...

INTRUDER AZUL 07/08 "GURIA"

DT180 PRETA 82

Cachoeirinha-RS
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28 Jun 2008 15:47 #15 por -=wcg=-
otimo topico eu sempre pensava q oleo de carro em moto daria certo, isso nao passa de extrategia das grandes industrias, e a mesma coisa de um pneu de moto, olha so o tamanho dele pra ser caro se q com mesmo preço tu compra um de carro e daria pra fazer 2 de moto.
O tópico foi trancado.
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