Garantia no Brasil não passa de um ledo engano...vamos acordar gente!
Garantia de 3 ou 5 anos pelo menos no Brasil não passa na prática de uma engenhosa armadilha que povos inteligentes como os sul coreanos, franceses, norte americanos, alemães....montaram e colocaram em prática, se eu fosse executivo da GM, Ford, Fiat eu também daria garantia de 5 anos ou mais para todos os meus produtos e explico porque.
1- Você tem que fazer todas as revisões na agência, não pode nem trocar o óleo do motor fora de lá, e os preços praticados são na melhor das hipóteses o dobro dos preços praticados aqui fora, ás vezes os preços pagos são mais que o triplo, eu por exemplo pago o preço no óleo tipo SL pro I30 do meu filho que colocam na agência, e por esse preço dá pra comprar um óleo superior do tipo SM e ainda sobra troco, se eu fosse comprar num supermercado, e só pra lembrar no caso da Hyundai a primeira revisão do I30 é apenas com 2000Km.
2- As revisões tem prazo de tempo e limite de quilometragem para serem feitas, se passar tanto o prazo como a quilometragem a garantia se expira automaticamente, se você é um usuário frequente da moto que precisa dela pra trabalhar ou viajar vai ter que achar outra forma de fazê-lo porque a moto ficará indisponível por pelo menos um dia em cada revisão que deve ser agendada com antecedência, e entrar numa fila de espera, ou seja, você fica preso e a disposição do fabricante.
3- Será importante não deixar de fazer as revisões porque em caso de vender a moto com por exemplo 1 ano e meio de uso e ainda tiver outro ano e meio de garantia, quem comprar a moto vai exigir seu direito de ter a moto em garantia, então o dono original vai ter de fazer todas as revisões se desejar vender a moto antes do fim da garantia ou então terá de oferecer um desconto ao novo comprador pra vender a moto sem a garantia total por ter faltado as revisões.
4- Por ocasião das revisões os atendentes empurram vários tipos de serviço desnecessários, (isso pelo menos pra automóveis até a lavagem pra manutenção é obrigatória, cara e paga à parte), então é preciso conhecer bem de mecânica pra não deixar que eles façam serviços desnecessários e caríssimos, mas também não deixando de fazer intervenções que precisam ser feitas, senão a garantia também se expira, pastilhas de freio com meia vida são trocadas sem necessidade assim como discos de freio que só precisariam de um passe no torno, amortecedores ainda em boas condições são trocados, embreagem e por aí vai.
5- A garantia em geral não cobre itens considerados de desgaste natural como embreagem, discos e pastilhas de freio, amortecedores, pneus, luzes, suspenção, motor de partida, buzina ...
6- É a fábrica que diz em caso de reclamação se é um caso de fornecer a garantia ou não, se até um motor ou câmbio, ou o próprio quadro da moto for motivo de reclamação a fábrica vai levar a peça pra fazer uma auditoria e se comprovarem após desmonte que o defeito ocorreu por uso indevido ou falta de lubificação, ou porque você passou num buraco, ou qualquer exagero, eles não darão garantia e o dono tem que assumir o prejuízo ou entrar na justiça, sabendo que no Brasil a justiça é lenta, cara e na prática não funciona, ou seja é a fábrica que diz se deve ou não assumir um defeito ocorrido, é como a raposa tomando conta do galinheiro.
Um executivo de uma multinacional por exemplo disse que o ganho da empresa é pequeno na revenda do carro novo, mas eles esperavam recuperar a rentabilidade do negócio via garantia estendida do produto, povo inteligente, diferente de muitos outros, e esse comportamento vale pra todas as montadoras que já descobriram que essa prática de garantia estendida aqui vale muito a pena.
E a gente ainda acha que garantia é outra coisa, uma segurança e uma tranquilidade, mas na prática é como disse uma forma de maximizar a rentabilidade das empresas em países de terceiro mundo onde os direitos do consumidor são relegados ao segundo plano, pois nestes países o judiciário além de ser caro e extremamente moroso na prática não funciona.
Só o fato dessa empresa nos contemplar com um produto novo em folha, com uma alimentação via carburador, nos dá ideia precisa do nível de respeito que eles acham que nós merecemos.
O dono de uma moto nova dessas já sai com o risco de numa inspeção veicular, se der uma leve desregularem no carburador, ou o combustível estiver ligeiramente adulterado ser reprovado e ter que voltar pra oficina, coisa difícil de acontecer quando uma moto tem um sistema comp**adorizado de injeção eletrônica que corrige automaticamente as não conformidades do sistema de alimentação.
Bom, mas cada um é dono não só de seu nariz como de seu bolso, quem tem conhecimento, experiência e informação tem o dever de informar, mas a decisão (e as consequências) são responsabilidade de cada um.
Abs,
Zebra