Olá pessoal!
Comecei a pensar em outras alternativas para o meu "upgrade", e resolvi dar uma olhada mais detalhada nas motos custom (o foco anterior era apenas nas naked, mas
já tinha pensado em uma M800R
).
Os modelos que passei a considerar foram:
Harley-Davidson 883 Roadster (R$ 27.700,00),
Honda Shadow 750 (R$ 28.880,00 STD e R$ 31.380,00 ABS),
Yamaha Midnight Star (R$ 29.990,00),
Kawasaki Vulcan 900 Classic (R$ 31.160,00 e R$ 32.160,00 Special Edition),
Kawasaki Vulcan 900 Custom (R$ 33.205,00) e
Suzuki Boulevard M800R (R$ 34.900,00). Todas modelo 2012, preços para RS (alguns valores não incluem frete, ativação (??) etc).
Como o tópico aqui é sobre a Suzuki Boulevard M800R, peço o auxilio de vocês para esclarecer alguns pontos. Lendo a reportagem
A Boa viagem
(Teste da Suzuki Boulevard M800 - modelo recém lançado), de 07.03.
2006, selecionei alguns trechos em que são apontados alguns problemas/deficiências/defeitos, que gostaria de saber se já foram sanados na versão 2012, bem como o que melhorou em algum outro aspecto.
E impressões e comentários em geral, sobre os modelos mais novos, se possível sobre o 2012.
Obrigado!
Suzuki Boulevard M800R 2012
Abaixo os trechos da reportagem que me chamaram a atenção (negativamente, pois não sei se algumas destas questões são características das custom):
Ergonomia e Conforto
"O guidão é menos aberto do que nas concorrentes da categoria e os braços ficam esticados até demais."
"Nos primeiros quilômetros ainda tentei me acostumar com a posição das pedaleiras e o guidão."
"O cano superior é tão longo que supera a linha do pára-lama traseiro! Nem pense em levar garupa com as pernas expostas, pois a chance de queimadura grave é bem grande!"
"Ainda na cidade foi possível avaliar o conforto com garupa. O banco com pouca espuma de fato compromete o conforto, mas a adoção de um apoio tipo sissy-bar ajudaria muito a vida de quem vai atrás. A principal recomendação é com o escapamento, pois como já foi explicado, é longo e muito exposto."
"Para quem está acostumado às motos custom, o vento nas pernas já é normal. Mas demorou para eu conseguir achar uma forma de manter meus pés firmes mesmo em alta velocidade. O segredo é forçar os pés para a pedaleira e manter as pernas bem fechadas, rente ao tanque de gasolina, sem deixar espaço para o vento jogar as pernas pra fora."
"...o trânsito nas praias mais badaladas mostrou uma faceta cruel da Boulevard: o absurdo calor liberado pelo motor, principalmente quando a ventoinha do radiador entra em ação. Uf! Dá vontade de sair correndo só pra arrefecer o motor e as pernas!"
Dirigibilidade / Estabilidade
"Estabilidade não é o forte das custom por questões de engenharia. Com a grande distância entre-eixos (1.655 mm) e cáster muito aberto, é uma moto feita para longas retas. Mesmo assim foi possível enfrentar as curvas de raio longo – com piso bem asfaltado – com muita segurança."
"O problema são as irregularidades no asfalto, que desequilibram o conjunto. A suspensão melhorou muito em relação à Marauder, que usava dois amortecedores hidráulicos na traseira."
"O pneu dianteiro de perfil alto e largo (130/90-16) segura bem a frente nas curvas, mas é preciso muita atenção às pedaleiras que raspam com muita facilidade."
Freios
"O disco segura bem, mas o acionamento é meio “borrachudo”, característica normal nas custom em função do flexível muito longo. O freio traseiro a tambor pode parecer arcaico, mas em motos custom o cubo de freio a tambor combina mais com o estilo do que o disco. Como a distribuição de freio numa custom é notadamente mais forçado na traseira, o uso do freio traseiro é maior do que em uma esportiva."
Consumo / Autonomia
"No primeiro abastecimento, rodando exclusivamente na estrada revelou o consumo de 16,7 km/litro. No segundo trecho, a vontade de chegar e o medo de pegar estrada à noite me fizeram girar o acelerador com vontade e o segundo abastecimento assustou 15,88 km/litro. Foi neste segundo turno da viagem que aproveitei para medir a velocidade máxima e as retomadas de velocidade. O velocímetro registrou 175 km/h de máxima, que corresponde a algo em torno de 158 km/h de velocidade real,
considerando o erro médio de 10% do velocímetro. Neste trecho o consumo despencou para 15,8 km/litro graças ao uso exacerbado do acelerador."
"Na cidade No terceiro trecho da viagem, já no pôr do sol, reduzi bem o ritmo e o consumo foi o melhor na estrada, com 18,8 km/litro, o que prevê uma autonomia de 282 km para um tanque de 15 litros. Neste ritmo a luz de reserva acendeu com 240 km rodados."
"O consumo na cidade foi de 18,9 km/litro e a média geral do teste foi de 17,5 km/litro."
Recomendações de Alterações
"As únicas alterações que faria numa Boulevar seria a adoção de pára-brisa, exclusivamente para conforto, pois o estilo dela é perfeito para dispensar esse acessório. Outro seria o encosto do garupa, também por questões de conforto."
"Como em qualquer custom, eu trocaria o flexível de freio por um com malha de aço, de especificação aeronáutica, para eliminar o efeito borrachudo."
"E, finalmente, daria um jeito de desenvolver um escapamento com apenas uma saída, menor, mais próximo à balança, por pura questão de segurança, pois do jeito que está é quase 100% de certeza que muitas garupas se queimarão na moto e com o motociclista!"